Jornais do Brasil nesta terça feira 9 de maio
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09 de maio de 2017
O Globo
Manchete: Governo corre para votar Previdência ainda em maio
Planalto quer levar texto ao plenário da Câmara nos dias 24 ou 31
Ordem a deputados aliados é derrubar todas as dez emendas ao relatório final e concluir votação ainda hoje na comissão especial. Reforma trabalhista pode ser apreciada em regime de urgência no Senado
Em reunião ontem no Palácio do Planalto, o governo cobrou de líderes aliados que todas as dez emendas restantes ao relatório da reforma da Previdência sejam derrubadas, encerrando ainda hoje a votação do texto na comissão especial da Câmara. Isso permitirá que a proposta siga para o plenário, onde o governo pretende acelerar as negociações e votá-la no dia 24 ou em 31 de maio. Na reforma trabalhista, que estimula a negociação entre funcionários e empresas, a base planeja pedir regime de urgência para a tramitação. (Págs. 15 e 16)
MÍRIAM LEITÃO
MUDANÇA LENTA
País levará 20 anos para aplicar a idade mínima. (Pág. 16)
Lula agora tenta adiar depoimento
Defesa quer três meses para analisar documentos incorporados ao processo; delator diz que não tratou de propina com petista
A dois dias da data marcada, o ex-presidente Lula recorreu ao Tribunal Regional Federal da 4ª Região para tentar adiar seu depoimento ao juiz Sergio Moro, em Curitiba. Os advogados do petista pediram pelo menos três meses para analisar documentos da Petrobras incorporados ao processo no fim de abril. Enquanto isso, querem que os prazos do processo sobre o tríplex do Guarujá sejam suspensos. Moro, que já havia negado o adiamento, ontem também rejeitou o pedido da defesa para que o depoimento seja gravado por câmera móvel. Para ele, os advogados de Lula tentam transformar a audiência em “evento político-partidário”. O empresário Ricardo Pessoa, da UTC, disse que o ex-tesoureiro do PT João Vaccari cobrava propina “de obra a obra”. Pessoa disse, porém, que nunca tratou do assunto diretamente com Lula. (Págs. 3 e 4)
MERVAL PEREIRA
Defesa de Lula usa todos os meios para polemizar com Moro. (Pág. 4)
JOSÉ CASADO
Lula continua candidato 35 anos após se lançar em Curitiba. (Pág. 13)
MARCO ANTONIO VILLA
Ex-presidente hoje não passa de um réu com medo de ser preso. (Pág. 12)
CARLOS ANDREAZZA
Duelo com Moro é fundamental para a estratégia do petista. (Pág. 13)
Janot pede impedimento de Gilmar
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) que o ministro Gilmar Mendes seja declarado impedido de atuar no processo contra o empresário Eike Batista, indiciado na Lava-Jato. Janot argumenta que Gilmar não poderia atuar no caso porque a mulher dele, Guiomar Mendes, trabalha no escritório do advogado Sérgio Bermudes, defensor de Eike. No pedido encaminhado à presidente da Corte, ministra Cármen Lúcia, o procurador-geral pede também a nulidade dos atos praticados por Gilmar nos processos a que Eike responde. No fim do mês passado, o ministro concedeu habeas corpus a Eike, que estava preso desde janeiro em Bangu 9 por corrupção ativa, lavagem de dinheiro e participação em organização criminosa, e atualmente cumpre prisão domiciliar. O pedido de Janot será julgado pelo plenário do Supremo. Gilmar não se manifestou. (Pág. 4)
Forças Armadas devem atuar no Rio
O ministro da Defesa, Raul Jungmann, disse que está sendo elaborado um plano de segurança para o Rio, com a participação das Forças Armadas. (Pág. 7)
Manaus decreta emergência social
Manaus decretou situação de emergência social por causa da presença de mais de 400 índios venezuelanos acampados sob viadutos e outras áreas públicas após fugirem da crise em seu país. Há crianças e idosos em situação de risco, diz a prefeitura. (Pág. 6)
Refis ampliado custará R$ 23 bi
O governo alega que regras generosas para os contribuintes quitarem dívidas, introduzidas pela Câmara no último programa de refinanciamento (Refis), podem dar prejuízo de R$ 23 bilhões à União. (Pág. 17)
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O Estado de S. Paulo
Manchete: Janot pede que STF afaste Gilmar Mendes do caso Eike
Procurador-geral questiona isenção do ministro, já que escritório da mulher dele trabalharia para empresário
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu ontem que o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), seja declarado impedido de atuar no habeas corpus impetrado pela defesa do empresário Eike Batista. Janot também quer que as decisões do ministro no processo percam a validade, o que levaria à anulação da soltura de Eike, determinada por Gilmar no dia 28. É a primeira vez em quatro anos que Janot apresenta arguição de impedimento contra um ministro do Supremo. Caberá à presidente da Corte, Cármen Lúcia, definir quando o caso irá a plenário. O procurador-geral questiona a “isenção do ministro” para atuar no caso, uma vez que a mulher dele, Guiomar Mendes, integra o Escritório de Advocacia Sérgio Bermudes, “que prestaria serviços ao paciente Eike Fuhrken Batista, beneficiado pela decisão do magistrado”. Janot pediu depoimento de Gilmar e requereu a oitiva, como testemunhas, de Guiomar, Bermudes e Eike. Procurado, o ministro não quis comentar. (POLÍTICA / PÁG. A8)
Advogado nega favorecimento
O advogado Sergio Bermudes diz que Eike Batista é seu cliente só na área cível. Seu nome consta, porém, em audiência de processo que tramita na 3ª Vara Federal Criminal do Rio. (PÁG. A8)
Lula tenta adiar depoimento a Moro
A defesa de Lula pediu ao Tribunal Regional Federal da 4.ª Região suspensão do processo do triplex por 90 dias. Amanhã, o ex-presidente deve ser ouvido pelo juiz Sérgio Moro. (PÁGS. A4 e A6)
Governo quer mudar lei de recuperação judicial
O governo enviará em junho ao Congresso projeto de nova lei de recuperação judicial para empresas. Com a proposta, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, prevê redução para dois anos, em média, do processo que hoje pode chegar a oito anos. O projeto encabeça lista de medidas do Plano de Reformas Microeconômicas, criado pela equipe econômica para tentar aumentar a produtividade do País e garantir que o crescimento do PIB, hoje entre 2% e 2,25%, se estabilize na faixa dos 3,5% a 4%. (ECONOMIA / PÁG. B1)
‘Sem as reformas, não tenho interesse em investir no Brasil’
ENTREVISTA – Rubens Ometto
Temer está no caminho certo ao conduzir reformas para o País crescer, diz empresário. (PÁG. B7)
Casos de dengue caem 90% no País em um ano
O número de casos de dengue, zika e chikungunya no Brasil despencou em relação ao do ano passado. Dados do Ministério da Saúde mostram que até 15 de abril foram 113.381 infecções suspeitas por dengue – 90% menos que o registrado no mesmo período de 2016. A queda de chikungunya foi de 68% e de zika, 45%. Não há epidemia em nenhuma área do País. (METRÓPOLE / PÁG. A14)
Fraude bilionária
A Polícia Federal fez ontem operação contra fraude de R$ 1,2 bilhão em compra de medicamentos de alto custo. Associação é suspeita de captar pacientes para entrar na Justiça. (PÁG. A14)
Macron iniciará mandato com reforma política
A primeira medida de Emmanuel Macron ao assumir a presidência da França no domingo será uma reforma política e de moralização da vida pública. Parte de programa de grandes reformas, a iniciativa prevê voto proporcional no sistema distrital, redução de deputados e novas regras de lobby. (INTERNACIONAL / PÁG. A9)
Notas & Informações
Em busca da liderança perdida
Liderança política não é dom messiânico. A sociedade deverá distinguir os capazes de apontar caminhos e inspirar engajamento. (PÁG. A3)
Lula arma o circo
Está armado, em Curitiba, mais um ato do grande circo populista do lulopetismo. (PÁG. A3)
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Folha de S. Paulo
Manchete : Operação Lava Jato busca apoio com ‘reféns’, diz Gilmar
Para ministro do Supremo Tribunal Federal, prisões preventivas prolongadas são parte de ‘jogo midiático’
O ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes diz à Folha que agentes da Lava Jato buscam manter a opinião pública favorável à operação fazendo “reféns”. “É uma tentativa de manter um apoio permanente. E isso obviamente é reforçado com a existência, vamos chamar assim, entre aspas, de reféns”, afirma Gilmar, em referência às prisões preventivas prolongadas.
Para ele, no contexto de combate à corrupção, não haveria “charme nenhum” em esperar pela condenação em segundo grau para que a pessoa cumpra pena. “Tudo isso faz parte também de um jogo retórico midiático.” Ele, que foi favorável à soltura do ex-ministro José Dirceu, na semana passada, diz acreditar que a libertação não prejudica a operação nem interfere na disposição dos acusados para fechar acordos de delação. “É notória a importância da Lava Jato.
Ela vai fluir normalmente e não precisa correr riscos com extravagâncias jurídicas.” O ministro falou das críticas recebidas após a decisão de soltar Dirceu. “Há uma frase de Rui Barbosa que ilustra tudo isso: o bom ladrão salvou-se mas não há salvação para o juiz covarde.” “Quem age temendo a pressão não tem estatura para estar no Supremo. (Poder A4)
Janot quer anular decisão do ministro do STF sobre Eike (Poder A5)
Doria e Alckmin avaliam privatizar marginais de SP (Cotidiano B1)
Eleito, Macron miraLegislativo em’terceiro turno’ francês
Após ser eleito presidente da França com 66% dos votos, Emmanuel Macron precisa de cadeiras no Legislativo para poder colocar em prática suas promessas de campanha.As eleições, apelidadas de “terceiro turno”, serão realizadas em junho.
Um dos desafios de Macron será transformar o movimento pelo qual foi eleito em estrutura de governo. Caso a oposição alcance maioria no Congresso, pode dificultar medidas propostas pelo novo mandatário. (Mundo A9)
Foto-legenda : Desmonte
Apoiadores da operação Lava Jato deixam acampamento em frente à sede da Justiça Federal em Curitiba após proibição de magistrada do Paraná; o ex-presidente Luiz Inácio Lula da silva depõe no local nesta quarta (10) ao juiz Sergio Moro, para quem o ‘processo não é uma guerra’ (Poder a6)
Foto-legenda : Em massa
Cerca de 150 índios venezuelanos, da etnia warao, acampam ao lado da rodoviária de Manaus, no amazonas; cidade decretou estado de emergência após a chegada de centenas deles, que fogem da crise econômica no país (Mundo A11)
Editoriais
“O desafio de Macron”, acerca de agenda do presidente eleito da França, e “Cerco à Funai”, sobre conflitos em torno do órgão indigenista. (Opinião A2).
Redação