Jornais do Brasil neste domingo 04 de deembro
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04 de dezembro de 2016
O Globo
Manchete : Empresas investigadas param obras que já gastaram R$ 55 bi
Há empreendimentos suspensos desde 2014, sem prazo para retomada
Dificuldades financeiras, após as investigações que revelaram formação de cartel e pagamento de propina, estão entre as razões que levaram ao abandono dos projetos, incluindo usina nuclear e refinaria
Pelo menos 11 grandes obras executadas por empreiteiras investigadas na Operação Lava-Jato estão paradas pelo país, depois de já terem consumido R$ 55,7 bilhões, contam RUBEN BERTA e RENATA MARIZ. Entre as razões para essa paralisação em série, que inclui a Usina Nuclear de Angra 3, o Complexo Petroquímico do Rio (Comperj) e parte da transposição do Rio São Francisco, estão as dificuldades financeiras que essas empresas passaram a sofrer com as investigações da força-tarefa, que revelaram a formação de cartel para dividir contratos e o pagamento de propina a agentes públicos. Alguns projetos estão com os canteiros de obra abandonados desde dezembro de 2014, sem prazo para serem retomados. (Pág. 3)
A ‘riqueza’ de Cabral
Chamada de “minha riqueza” pelo marido, a ex-primeira- dama do estado Adriana Ancelmo é descrita como alguém de temperamento explosivo e que tentou influenciar em nomeações de Cabral. (Pág. 8)
Emoção e dor no adeus em Chapecó
Numa cerimônia carregada de emoção e debaixo de forte chuva, a cidade de Chapecó se despediu ontem de 50 das 71 vítimas do desastre aéreo que levava a Chapecoense para a final da Copa Sul-Americana em Medellín, na Colômbia. Os corpos foram recepcionados no aeroporto da cidade pelo presidente Michel Temer, que também compareceu à Arena Condá, mas sem discursar. Ao fim da homenagem, parentes e amigos próximos dos jogadores, funcionários do clube e jornalistas deram uma volta pelo gramado carregando cartazes com as fotos dos mortos. (Págs. 46 a 48)
Consumo só se recupera em 2020
A queda no consumo das famílias brasileiras foi tão intensa que só em 2020 esses gastos voltarão ao patamar de 2014, quando bateram o recorde de R$ 3,989 trilhões. (Pág. 37)
Desemprego em alta até outubro
O desemprego vai continuar subindo até o terceiro trimestre de 2017, segundo um estudo do Ministério da Fazenda, revela LAURO JARDIM. (Pág. 2)
Enem 2016 – Insatisfação na segunda prova (Pág. 43)
Colunistas
MERVAL PEREIRA – ONG reafirma o apoio internacional à Lava-Jato (Pág. 4)
ELIO GASPARI – Doutores da Lava-Jato devem crer na Justiça (Pág. 9)
FERNANDO HENRIQUE – Algoritmo da política mudou: o foco é nas redes (Pág. 10)
MÍRIAM LEITÃO – Acordo mostra que subiu o custo da corrupção (Pág. 36)
FERNANDO GABEIRA – Aproveitam o luto para golpear a Justiça (Segundo Caderno)
ANCELMO GOIS – ‘Revolução’ peemedebista completa um ano (Pág. 30)
LAURO JARDIM – Cabral consegue melhorar refeições em Bangu (Pág. 2)
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O Estado de S. Paulo
Manchete : Planalto teme que protestos virem onda contra governo
As manifestações previstas para hoje em todo o País preocupam o Palácio do Planalto. O receio é de que os protestos sirvam para puxar uma onda de mobilização pela saída do presidente Michel Temer, como ocorreu com Dilma Rousseff, deposta por um processo de impeachment.
Para o governo, o Congresso contribuiu para aumentar a tensão política, ao aprovar um pacote que desfigurou medidas anticorrupção. Pesquisas em poder do Planalto indicam que o desemprego, a falta de dinheiro e a revolta com os malfeitos na política jogam combustível nas manifestações de rua e podem impulsionar o “Fora Temer”. Sob ameaça das delações de executivos da Odebrecht – que fecharam acordo com a Operação Lava Jato –, o governo avalia que o atual cenário de instabilidade deixa o País à beira de uma crise institucional.
Há também apreensão com possíveis atos de violência. (Política/Pág. A4)
Chapecó se despede de seus heróis
Os corpos de 50 vítimas do acidente aéreo com o time da Chapecoense foram velados ontem na Arena Condá. Ao contrário do previsto, o presidente Michel Temer participou da cerimônia no estádio. (Edição de esportes)
Em meio a onda populista, italianos votam futuro do país e da Europa
Com 60 chefes de governo em 68 anos, a Itália decide hoje se aprova sua mais ampla reforma constitucional desde 1948 para tentar estancar essa volatilidade, informa Andrei Netto. Mas, em meio à onda populista global, muitos deixam claro que votarão contra o premiê e mentor do referendo, Matteo Renzi, na expectativa de antecipar eleições e ligam o “não” à rejeição à União Europeia. (Internacional/Págs. A12 e A13)
‘Meirelles não vai mais mandar em tudo’
Entrevista : Luis Stuhlberger, gestor de fundos
O principal gestor de fundos de investimentos do País, Luis Stuhlberger, foi surpreendido pela piora do quadro político nos últimos dias. “Demorei a reagir, não fui rápido.” Para ele, caiu a capacidade de o governo aprovar reformas e aumentou a pressão sobre o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. (Economia/Pág. B4)
José Murilo de Carvalho, historiador
‘Mandato de Temer pode estar em perigo’. (Política/Pág. A8)
Fernando Henrique Cardoso
Onda atual é de rechaço a “males da globalização”. (Espaço Aberto/Pág. A2)
A Reconstrução do Brasil
Um lugar na arena Global (Economia/Pág. B10)
NOTAS & INFORMAÇOES
Fritar ministro, jogo perigoso
Temer precisa reafirmar com clareza sua prerrogativa exclusiva de nomear e demitir. (Pág. A3)
A crise dos leitores
A desinformação é uma grave ameaça à democracia. (Pág. A3)
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Folha de S. Paulo
Manchete : Deputados federais viajam ao exterior a cada dois dias
Câmara pagou 1.283 viagens desde 2010; gasto é essencial, dizem parlamentares
A Câmara dos Deputados bancou com passagens aéreas e diárias 1.283 viagens de congressistas ao exterior desde 2010 — média de uma decolagem a cada dois dias, informam Ranier Bragon e Débora Álvares. Levantamento da Folha mostra leque variado de motivações, destinos e explicações para as missões oficiais. A maioria defende o conhecimento in loco de realidades diversas e o estreitamento de parcerias com estrangeiros. Os destinos totalizam 69 países nos cinco continentes, com especial predileção por Estados Unidos, Suíça e França. Os líderes são Jorge Tadeu Mudalen (DEM-SP) e Cláudio Cajado (DEM-BA), que somam 21 nações nos roteiros. Procurados, os deputados disseram que as viagens são essenciais para o trabalho. A Folha solicitou os gastos com viagens, mas a presidência da Câmara disse que só os fornecerá por meio da Lei de Acesso à Informação. (PoderA4)
Celular de Cabral estava em nome de doméstica
Era de uma empregada doméstica o celular para o qual executivos de empreiteiras ligavam para marcar conversas sobre propinas com o ex-governador do Rio Sérgio Cabral (PMDB), segundo o Ministério Público. Nelma de Sá Saraça, 42, cujo CPF foi usado para registrar a linha investigada, se diz surpresa pela notícia. “Que sem vergonha”, disse ela ao receber a Folha em sua casa, de cerca de 30 metros quadrados, na zona rural de Maricá (RJ), informa ítalo Nogueira. O número foi fornecido à investigação pelo delator Alberto Quintaes, da empreiteira Andrade Gutierrez. A defesa do peemedebista não se manifestou. (Poder A11)
Sob emoção e chuva, vítimas são recebidas em Chapecó
Sob forte chuva, a cidade de Chapecó, no oeste catarinense, recebeu na manhã deste sábado (3) os caixões de 51 vítimas da queda de avião que deixou 71 mortos nesta semana na Colômbia. Milhares se despediram no estádio e nas ruas. O presidente Temer voltou atrás e compareceu à arena, sem ser vaiado. (Tragédia no futebol B1)
Antonio Prata
Estou em dúvida se vou ao protesto contra corrupção
Passei a semana discutindo com amigos e conhecidos se deveríamos ir à manifestação deste domingo (4) contra emendas ao projeto das dez medidas contra a corrupção. Ainda estou em dúvida se vou, tanto por não querer me colocar sob o guarda-chuva de Vem Pra Rua e MBL quanto por discordar de parte do projeto original. Mas lá estará uma multidão de pessoas decentes de cujos votos o Brasil precisa paia evitar um Trump ou Bolsonaro em 2018. (Cotidiano B8)
Elio Gaspari
Se Moro desconfia da Justiça, por que alguém confiará?
A ideia de que projeto aprovado na Câmara intimida, encurrala, ou amedronta os juízes, procuradores e policiais repetiu-se dezenas de vezes. Antes de concordar com o fim do mundo, fica uma pergunta: quem poderá condenar o policial, o procurador ou o juiz? Um magistrado, e só um magistrado. Se procuradores da Lava Jato, o juiz Sergio Moro e a ministra Cármen Lúcia não confiam na Justiça, por que alguém haverá de fazê-lo? (Poder a10)
Editoriais
Leia “O dilema do aborto”, acerca de decisão tomada por turma do STF, e “Futebol solidário”, sobre expressões de apoio à Chapecoense. (Opinião a2),
Redação