Jornais do Brasil neste domingo 06 de agosto

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06 de agosto de 2017

O Globo

Manchete : Câmara tem ‘latifúndio’ em imóveis alugados no Rio

Apesar da crise, vereadores gastam R$ 6,5 milhões anuais com locações

Maioria dos locatários é ligada ao empresário Ronald Levinsohn

Em época de crise, a Câmara de Vereadores do Rio mantém andares inteiros ociosos num edifício da Cinelândia, informa SELMA SCHMIDT. Trancados a cadeado ou usados como depósitos de entulho, os pavimentos são alugados por valores acima dos de mercado. Um deles está em obras há pelo menos um ano. Há outros espaços sem uso em imóveis locados. Ao todo, a Câmara gasta R$ 6,5 milhões por ano com sete contratos de aluguel. Os donos da maior parte desses imóveis têm endereços em comum. (Págs. 12 e 14)

Megaoperação cerca vias e favelas 

Na segunda fase da ação integrada, cerca de 5.000 homens, sendo 3.600 das Forças Armadas, ocuparam ontem a região do Complexo do Lins para combater tráfico e roubos de carga. A operação usou 78 blindados e oito helicópteros. Três pessoas morreram. Foram presos 14 suspeitos e apreendidas três pistolas e duas granadas. À noite, os militares voltaram para os quartéis. (Pág. 15)

Mercosul suspende a Venezuela

Em uma decisão política que ressalta o isolamento do governo Maduro, o Mercosul suspendeu a Venezuela do bloco por ruptura da ordem democrática. Em Caracas, a Assembleia Constituinte destituiu a procuradora-geral, crítica a Maduro. (Pág. 36)

Maia: governo precisa do PSDB

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, diz que o governo precisa deixar retaliação por traições ao presidente Temer de lado e buscar apoio para as reformas. (Pág. 3)
Brasil pesquisará PIB da vassoura

O IBGE vai calcular o peso dos afazeres domésticos no PIB. Estima-se que equivalem a 10% do total. Dado será usado em políticas públicas. (Págs. 31 e 32)
Lauro Jardim

Janot vai denunciar Moreira e Padilha. (Pág. 2)

Ancelmo Gois

BNDES volta ao tamanho de 20 anos atrás. (Pág. 16)

Miriam Leitão

Oposição tenta reescrever história econômica. (Pág. 32)

Merval Pereira

Lula joga com a morte na disputa eleitoral. (Pág. 4)

Elio Gaspari

Há risco de Janot jogar o MPF numa estudantada. (Pág. 6)

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O Estado de S. Paulo

Manchete : Moro foi ‘irretocável’ em sentença de Lula, diz presidente do TRF

Para desembargador, decisão do caso do triplex ‘entrará para a história do Brasil’

Presidente do Tribunal Regional da 4.ª Região (TRF-4), Carlos Eduardo Thompson Flores Lenz avalia que a sentença em que Sérgio Moro condena o ex-presidente Lula a 9 anos e 6 meses de prisão, no caso do triplex do Guarujá, é “tecnicamente irrepreensível”, faz um “exame minucioso e irretocável da prova dos autos” e vai “entrar para a história do Brasil”. Em entrevista a Luiz Maklouf Carvalho, ele compara a decisão do juiz à do caso Vladimir Herzog, que condenou a União pela tortura e morte do jornalista. “Tal como aquela, é uma sentença que ninguém fica indiferente.” O TRF-4 é a segunda instância de julgamento dos recursos da Lava Jato. Lenz, no entanto, não julgará a ação contra Lula, a cargo da 8.ª Turma. Sobre a Operação, afirma que “mostrou que o Brasil chegou a um nível inaceitável de corrupção”, mas que “não cabe ao Judiciário regenerar moralmente uma nação”. (Política A4 e A5)

Mercosul cobra democracia e suspende a Venezuela

O Mercosul suspendeu ontem a Venezuela do bloco por rompimento da ordem democrática, após a escalada da crise no país e a instalação da Constituinte, convocada pelo presidente Nicolás Maduro. A decisão foi anunciada durante reunião, em São Paulo, dos chanceleres de Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai. “O Mercosul se organizou depois do restabelecimento da democracia em nossos países”, disse o chanceler brasileiro Aloysio Nunes Ferreira. A suspensão amplia a pressão sobre Maduro. (Internacional A14)

Procuradora-geral é destituída

O Tribunal Superior de Justiça destituiu a procuradora-geral da Venezuela, Luisa Ortega Díaz. A sede do Ministério Público foi cercada por militares. (A14)

Quase metade do FI-FGTS foi liberada com propina

Depoimentos nas operações Lava Jato e Sépsis mostram que pelo menos R$ 11,4 bilhões do FI-FGTS, fundo bancado pelo dinheiro do trabalhador, foram liberados por meio de propina. O fundo, que usa recursos do FGTS, investiu em negócios como a fabricante de celulose Eldorado, da J&F, e Usina Santo Antônio, da Odebrecht. O valor pode crescer porque alguns suspeitos de integrar os esquemas no FI-FGTS e na Caixa, responsável pela gestão do FGTS, ainda estão sob investigação. (Economia B1 e B4)

Dinheiro barato e política

A força-tarefa identificou falhas básicas que abriram espaço para a corrupção: o baixo retorno do FI-FGTS e o alto nível de intervenção política (B4)

Ex-presidente da Transpetro vive recluso

Hostilizado em locais que costumava frequentar, o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado vive recluso em casa, em bairro nobre de Fortaleza. Ele confessou ter desviado ao menos R$ 100 milhões para políticos e sua delação lhe garantiu o direito de acompanhar o processo em liberdade. Qualquer que seja o resultado, Machado terá de cumprir três anos de prisão domiciliar. (Política A10)

USP de cara nova

Um em cada três ingressantes na Universidade de São Paulo já vem de escola pública e 19,3% são pretos, pardos ou indígenas. Estudantes como Fernanda da Silva Sampaio e Lucas Mateus Lima expõem histórias de superação (Metrópole a20)

Fernando Henrique Cardoso

O polo progressista, democrático, popular e íntegro precisa se “fulanizar” numa candidatura que encarne a esperança (Espaço Aberto A2)

Eliane Cantanhêde

O presidente Michel Temer conseguiu manter o mandato, mas ainda não mostrou exatamente para quê (Política A8)

Vera Magalhães

Aos poucos, a realidade vai se aproximando da expectativa na política, e Brasília do resto do País (Política A10)

Notas&Informações

Um concerto para todos os naipes – É preciso fazer funcionar a orquestra do governo. Só se ouvem os naipes da área fiscal. É urgente despertar os outros. Isso é trabalho para um bom regente (A3)

A voracidade dos juízes – Os Poderes são três, mas a responsabilidade pelo equilíbrio fiscal é do Executivo (A3).

Redação