Jornais do Brasil nesta segunda feira 06 de março
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06 de março de 2017
O Globo
Manchete: Inflação de serviços deve ser a menor desde 2000
Previsão é que índice feche o ano em 4,2%, forte desaceleração em relação a 2016
Último a resistir às consequências da recessão, setor deve ceder de vez em 2017, o que, segundo analistas, mostra que a redução dos preços é generalizada
A inflação de serviços deve fechar 2017 em 4,2%, o menor patamar dos últimos 17 anos, segundo projeção da consultoria Tendências. O resultado mostra uma forte desaceleração em relação a 2016, quando a taxa ficou em 6,48%. Desde 2005, a inflação de serviços superou o IPCA quase todos os anos. Para analistas, essa retração evidencia que a queda de preços é generalizada, o que pode incentivar o Banco Central a cortar mais rapidamente a taxa básica de juros. (Pág. 15)
Planalto entra em alerta por reforma
Prevendo dificuldade para aprovar a reforma da Previdência e sem o ministro Eliseu Padilha (Casa Civil), seu principal negociador com o Congresso, o governo montou um grupo, liderado pelo próprio presidente Michel Temer, para tentar passar a mudança constitucional. A tarefa mais complicada é aprovar a reforma com o mínimo de alterações ao texto original e, assim, consolidar os sinais de melhora da economia brasileira. (Pág. 3)
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O Estado de S. Paulo
Manchete: Relator no TSE vê apropriação do setor público pela Odebrecht
Caixa 2 de R$ 180 milhões impressiona ministro, que aponta depoimentos da empreiteira como os mais importantes
O grau de acesso e de domínio que o empreiteiro Marcelo Odebrecht, preso pela Operação Lava Jato, contou ter sobre as diferentes instâncias do poder no País, sugerindo uma apropriação do poder público pelo poder privado, e o valor de aproximadamente R$ 180 milhões, movimentado no esquema via caixa 2, impressionaram o ministro Herman Benjamin, relator no TSE do processo que pede a cassação da chapa Dilma-Temer. Benjamin considera os depoimentos de Odebrecht e dos dois delatores da empresa, Benedicto Barbosa Júnior e Fernando Reis, como os mais importantes entre os cerca de 50 já coletados até agora, informa Luiz Maklouf Carvalho. O ministro batizou de caixa 3, ou barriga de aluguel, a doação da empreiteira para a cervejaria Itaipava repassar, modalidade que considerou novidade no esquema de corrupção. O relator, que não dá entrevistas sobre o caso, disse a advogados, durante depoimentos de Benedicto e Reis, que é inadmissível o vazamento do interrogatório de Odebrecht. (POLÍTICA / PÁG. A4)
Novas audiências
Mais três delatores da Odebrecht serão ouvidos hoje pelo ministro Herman Benjamin – Cláudio Melo Filho, Alexandrino Alencar e Hilberto Mascarenhas. (PÁG. A4)
Força-tarefa quer finalizar inquéritos
A equipe do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, tenta concluir nesta semana os pedidos de inquérito contra políticos citados na delação da Odebrecht. (PÁG. A5)
Líderes apoiam projeto de Jucá que tira sigilo de investigações
Em meio à apreensão de novos pedidos de inquérito contra políticos na Lava Jato, líderes partidários no Senado defendem a proposta que acaba com o sigilo em investigações. De autoria do senador Romero Jucá (PMDB-RR) – alvo da operação –, o projeto é criticado por integrantes do Ministério Público. Líderes de nove bancadas (PMDB, PSDB, PT, PSB, PP, PSD, DEM, Rede e PC do B) que representam 83% do Senado foram consultados. PMDB, PT e PP se manifestaram a favor da quebra total do sigilo. (POLÍTICA / PÁG. A6)
País pode ter meta menor de inflação, avalia mercado
O Brasil já tem condições para reduzir a meta de inflação, atualmente em 4,5%. A avaliação é de 17 de 25 instituições do mercado financeiro consultadas pelo Broadcast, do Grupo Estado. De acordo com analistas, o País poderia estipular uma meta entre 4% e 4,25%. Em um cenário favorável de arrefecimento dos preços, economistas alegam que o avanço nas medidas fiscais justificaria a redução. Uma eventual mudança poderá ocorrer em junho, quando o Conselho Monetário Nacional (CMN) se reunirá para ratificar ou não a meta de 2018 e fixar a de 2019. (ECONOMIA / PÁG. B4)
Coluna do Estadão
Greves terão regras mais duras
Texto redigido pelo presidente Michel Temer define 19 categorias como prestadoras de serviços essenciais. Em caso de greve, elas terão de manter 80% dos servidores trabalhando. (PÁG. A4)
Diretriz orienta procedimentos na hora do parto
Ministério da Saúde lança estratégia para reduzir a prática desnecessária de procedimentos durante o parto e melhorar a qualidade de atendimento. O documento traz mais de duas centenas de recomendações e é resultado de discussões realizadas ao longo de 2015 por integrantes de associações médicas e representantes da sociedade civil. A diretriz estava sendo aguardada desde fevereiro do ano passado. (METRÓPOLE / PÁG. A10)
Cida Damasco
Vem de fora um certo ânimo para a combalida economia brasileira. (ECONOMIA / PÁG. B6)
Notas & Informações
O grande temor da oposição
O PT e seus aliados torciam por uma administração débil e, a cada dia que passa, vão percebendo que o impeachment não trouxe um golpe. Trouxe um governo. (PÁG. A3)
O futuro ameaçado
Nem com a crise, que aumenta o desemprego, o brasileiro se protege. Poupa-se pouco no País. (PÁG. A3)
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Folha de S. Paulo
Manchete : Plano acelera reforma tributária no Congresso
Temer quer proposta fatiada em etapas, mexendo com PIS, Cofins e ICMS
O presidente Michel Temer encampou proposta de sua equipe econômica para apresentar uma reforma tributária fatiada em etapas ao Congresso. O objetivo é acelerar sua implementação em um momento de agenda legislativa com diversos itens. A estratégia é enviar inicialmente duas medidas provisórias para mudar as regras de contribuição do PIS e a legislação da Cofins. Com vigência imediata, serão debatidas de forma mais rápida do que se apresentadas como projetos de lei. O objetivo do governo é simplificar as regras de cobrança, mas sem alterar a carga tributária. O PIS representa 4% da arrecadação federal, e a Cofins, 16%. A reforma do ICMS, principal imposto estadual, fica para o segundo semestre. Polêmica, ela será feita por meio de uma proposta de resolução ao Senado, sugerindo reduzir as alíquotas cobradas nas operações comerciais entre os Estados. A ideia, contudo, esbarra na grave crise financeira dos governos. (Mercado A13)
Nenhum político da 1a. ‘lista do Janot’ foi julgado
A primeira “lista do Janot”, na qual o procurador-geral, Rodrigo Janot, obteve a abertura de 27 inquéritos em 2015, causou impacto político, mas pouco efeito jurídico atê aqui. Dos 50 políticos investigados, apenas 4 se tornaram réus e nenhum foi à julgamento. A PGR vê balanço positivo. A segunda lista, resultado das delações de 77 executivos da Odebrecht, deve sair nos próximos dias. (Poder A4)
Falta de farmácia é obstáculo a plano de Doria
O plano do prefeito de SP, João Doria (PSDB), de fechar farmácias em postos de saúde para distribuir remédios na rede particular esbarra na distribuição irregular de drogarias privadas, o que pode desatender a periferia. A prefeitura diz que o plano ainda está sendo formatado, e que a questão será contornada mesmo que seja necessário manter algumas farmácias de posto de saúde abertas. (Cotidiano B1)
Editoriais
Leia “Taxação dissimulada”, acerca de congelamento de tabela do Imposto de Renda, e “Quente e frio”, sobre pesquisa brasileira na Antártida. (Opinião a2).
Redação