Jornais do Brasil neste domingo 12 de fevereiro
Por - em 8 anos atrás 530
12 de fevereiro de 2017
O Globo
Manchete : Crise leva meio milhão de volta ao Bolsa Família
Taxa de reingresso no programa aumenta com a alta do desemprego
Para especialista, situação social só vai melhorar quando a economia do país retomar crescimento
Mais de meio milhão de famílias beneficiárias do Bolsa Família no passado e que conseguiram renda para sair do programa pediram reingresso em 2016 por causa da crise econômica e do desemprego, conta RENATA MARIZ. O número de famílias que voltam a ser dependentes do programa vem crescendo desde 2012, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento Social. A escalada acende o sinal vermelho para o aumento da pobreza após mais de uma década de queda e a necessidade de retomada do crescimento. (Págs. 3 e 4)
Em Vitória, parte da PM retorna às ruas
Policiais que estavam de férias ou de folga patrulharam as ruas, mas não houve acordo para o fim da greve. (Pág. 6)
Protestos são mantidos no Rio – Reunião do comando da PM com mulheres fracassa (Pág. 16)
Depressão afasta 75 mil do trabalho (Pág. 21)
Rio cresce sem freio e estrutura
O crescimento das cidades engole, por ano, 32 km² de área verde na Região Metropolitana do Rio, ou oito Copacabanas, informa GUILHERME RAMALHO. Faltam obras de infraestrutura. (Pág. 12)
O falso currículo da merendeira
A merendeira Kelly do Amaral, subsecretária de Transportes, não é bacharel em Direito como declarou, revela VERA ARAÚJO (Pág. 13)
Colunistas
LAURO JARDIM
Delação de Jonas Lopes é focada em Jorge Picciani (Pág. 2)
JOSÉ PADILHA
A importância da Lava-Jato em 27 enunciados (Pág. 9)
MERVAL PEREIRA
Não anistiar policiais é dar um basta na chantagem (Pág. 4)
MÍRIAM LEITÃO
Economia e política vivem momento de divórcio (Pág. 22)
ELIO GASPARI
Soberba ajuda adversários da Lava-Jato (Pág. 7)
————————————————————————————
O Estado de S. Paulo
Manchete : Em 9 meses de Temer, avanços na economia surpreendem
Baixa popularidade desafia o presidente, criticado por manter no governo caciques citados na Lava Jato
Ao completar, hoje, nove meses no cargo, o presidente Michel Temer coleciona avanços na economia e cultiva práticas da velha política. A inflação, de 10% ao ano, quando assumiu, chegou a 5,35% no acumulado em 12 meses. Após três anos de recessão, há expectativa de que o crescimento econômico em 2017 fique em 0,5% do PIB. “Para ser sincero, eles fizeram mais do que eu imaginava que seriam capazes de fazer nesse tempo”, afirma o consultor Alexandre Schwartsman, ex-diretor do Banco Central. Na arena política, Temer recrutou para o ministério vários caciques do PMDB citados em delações da Lava Jato – como ele próprio. “Se é verdade que o presidente tem legitimidade formal, baseada na Constituição, ele precisa conquistar legitimidade efetiva”, diz o cientista político José Álvaro Moisés, diretor do Núcleo de Pesquisa de Políticas Públicas da USP. (Política A9)
O Supremo de Temer
Deputado constituinte em 1987, o hoje presidente Michel Temer apresentou emenda propondo que o Supremo Tribunal Federal tivesse 19 ministros – 11 vitalícios e oito com mandato de 12 anos. (A8)
Espírito Santo apura casos de execução em meio a motim
O Espírito Santo registrou 137 mortes em oito dias. A suspeita de atuação de grupos de extermínio, com participação de policiais, no período em que PMs, em motim, se aquartelaram será investigada, diz o secretário de Segurança Pública, André Garcia. Ontem, apesar do acordo da véspera, mulheres de policiais continuavam impedindo a saída dos quartéis. Sem PMs, o clima de insegurança se manteve. (Metrópole A15)
Crise na segurança é desafio à reforma da Previdência
A crise na segurança pública adicionou um novo obstáculo para a reforma da Previdência: os militares são responsáveis por cerca de um terço do rombo das previdências estaduais, mas ficaram de fora da reforma proposta pelo governo. (Economia B4)
‘Robô’ caça corruptos
Algoritmo criado por brasileiros já identificou quase R$ 380 mil em notas fiscais irregulares, que levaram a denúncias contra mais de 200 deputados federais. (Economia B9)
Vera Magalhães
Doria 2018?
Aliados dizem que, se for “convocado” a ser candidato a governador, não terá como recusar. (Política A8)
Notas&Informações
Os méritos da Lava Jato – Se pairasse alguma dúvida quanto aos bons frutos da Operação Lava Jato, bastaria ir aos números. Não há como pôr em dúvida os méritos da investigação. A força-tarefa deu certo (A3)
Desgraça pouca é bobagem – O Estado do Rio se vê à beira de uma crise política que torna imprevisível seu futuro (A3)
————————————————————————————
Folha de S. Paulo
Manchete : Paulistano aprova Doria em principais programas
Datafolha mostra que 44% avaliam a gestão do tucano como ótima ou boa
O prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), terminou seus primeiros 30 dias de mandato com aprovação de 44% dos paulistanos, afirma nova pesquisa Datafolha. Esse ê o percentual de entrevistados que consideram que o tucano está fazendo um governo ótimo ou bom. Outros 33% o avaliam como regular, 13%, como ruim ou péssimo, e 10% não opinaram. A margem de erro ê de três pontos percentuais. A avaliação positiva oscila nas classes sociais mais baixas. Cai para 35% entre os com renda familiar de atê dois salários mínimos. Uma das principais bandeiras de Doria, o programa de zeladoria Cidade Linda ê visto como ótimo ou bom por 59% dos paulistanos. Apesar da aprovação ao projeto, a maioria (51%) considera que as medidas não surtiram efeito e que a cidade permaneceu igual. No período, o tucano elegeu a pichação como inimiga de São Paulo. Para 61% dos entrevistados, porém, ele agiu mal ao apagar grafites na av. 23 de Maio. Para 73%, empresas têm feito doações com interesse em fechar negócios com a prefeitura. (Cotidiano B1)
79% dos que se aposentam por idade perderiam com nova regra
Oito em cada dez trabalhadores que hoje se aposentam por idade contribuem para a Previdência menos tempo do que os 25 anos que a proposta do governo Temer exigirá. Atualmente são necessários 15 anos. A mudança atinge sobretudo os mais pobres, que em geral contribuem menos por serem mais sujeitos ao trabalho informal. (Mercado A14)
Delatores da Odebrecht vão cumprir penas mais duras
Os 77 executivos do grupo Odebrecht que fizeram delação terão de cumprir as penas mais longas da Operação Lava Jato, que completa três anos no próximo mês. O grau de envolvimento e a resistência em admitir a participação motivaram penas como a de Marcelo Odebrecht, condenado a dez anos —os ex-presidentes de Andrade Gutierrez e Camargo Corrêa cumprirão menos de quatro anos. (Poder A4)
Queiroz Galvão troca sua cúpula e corta empregos após investigação (Mercado A16)
Parte da polícia do ES retorna às ruas depois de pressão
Policiais militares do Espírito Santo rejeitaram acordo com o governo e decidiram continuar com o motim neste sábado (11). No fim da tarde, após convocação do comando e pressão de órgãos oficiais, parte se apresentou a pé. Atê helicóptero retirou policiais dos batalhões. (Cotidiano B7)
Tribunal contesta rótulo de ‘1ª juíza negra’ dado para ministra Luislinda (Poder A6)
Angela Alonso
O diferente pode ser adversário, mas não inimigo
A morte de Marisa Letícia salientou registros da política de destruição do adversário que têm aparecido amiúde no noticiário. Política não é guerra. É sua evitação. É possível discordar, criticar, se opor, sem trucidar — moral ou fisicamente. (Ilustríssima 2)
Editoriais
Leia “O retrato de Doria”, acerca de avaliação do prefeito de São Paulo, e “Corrida contra o erário”, a respeito de programas de socorro a empresas. (Opinião A2).
Redação