Jornais do Brasil neste domingo 16 de abril

Por - em 7 anos atrás 541

16 de abril de 2017

O Globo

Manchete : Bens de três em cada dez políticos da lista dobraram

Patrimônio de 36 dos 108 que responderão no STF subiu mais de 100%

Levantamento feito pelo GLOBO revela a evolução da vida financeira oficial de deputados, senadores e ministros que foram citados pela Odebrecht e disputaram pelo menos duas eleições desde 2002

O patrimônio declarado de um terço dos políticos que serão investigados com base na delação da Odebrecht pelo menos dobrou nos últimos 15 anos. O levantamento contabiliza os bens de 91 dos 108 alvos de abertura de inquérito no STF que disputaram no mínimo duas eleições desde 2002. Na lista, entre os 36 que tiveram o patrimônio dobrado, há oito senadores, 18 deputados e três ministros, informam SÉRGIO ROXO E TIAGO DANTAS. A evolução foi verificada nas declarações à Justiça Eleitoral. Há casos em que o enriquecimento passou de 1.000%. A maioria dos políticos argumenta que o crescimento de renda se deve a heranças, doações, a suas atividades profissionais ou a negociações de imóveis. (Pág. 3)

Citados e no comando

Mais da metade dos maiores partidos é presidida por citados na lista de Fachin. O texto atual da reforma política dá a eles o comando do processo eleitoral em 2018. (Pàg. 6)

Previdência rural é alvo de fraudes

Em quatro anos, foram cancelados 37 mil benefícios irregulares, com impacto de R$ 406,5 milhões, segundo a Secretaria da Previdência. A aposentadoria rural responde por mais da metade do rombo da Previdência. (Pág. 29)

Juízes vivem rotina de medo

Com 131 juízes sob ameaça, país tem fóruns inseguros e até mesmo magistrados que enfrentam dificuldades para assegurar a escolta. (Pág. 9)

Colunistas

LAURO JARDIM

Aumentou o pessimismo do brasileiro, diz Ibope (Pág. 2)

MERVAL PEREIRA

O destino de Lula depende das decisões da Justiça (Pág. 4)

MÍRIAM LEITÃO

Corrupção explica escolhas econômicas do PT (Pág. 30)

FERNANDO GABEIRA

Roubo na Saúde merece anos de cadeia (Segundo Caderno)

DORRIT HARAZIM

Ao ser preso, Sérgio Côrtes se fantasiou de agente da Federal (Pág. 18)

ELIO GASPARI

Acordo entre ex-presidentes é de infelicidade inédito (Pág. 6)

ARTUR XEXÉO

No esquema da Odebrecht, o otário é o povo (Segundo Caderno)

————————————————————————————

O Estado de S. Paulo

Manchete : Delações fortalecem Doria na corrida presidencial em 2018

Revelações de executivos e tamanho da lista de investigados devem reforçar reação aos políticos tradicionais

A pouco mais de um ano do prazo legal para lançamento de candidaturas à Presidência da República, o Estado ouviu estudiosos e políticos de diferentes correntes e todos concordam que o prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), por enquanto, é o maior beneficiado pelo efeito das delações da Odebrecht. Além dele, Ciro Gomes (PDT), Marina Silva (Rede) e Jair Bolsonaro (PSC) podem se fortalecer para a disputa se permanecerem fora do extenso grupo de implicados na Lava Jato. A vantagem de Doria é que as revelações dos executivos e a amplitude da lista de investigados devem reforçar nos eleitores a reação aos chamados políticos tradicionais, alvo do discurso e do marketing pessoal do prefeito. “No PSDB, o grau de implicação de cada um na Lava Jato poderá desempatar eventuais disputas”, diz o cientista político Rafael Cortez. Outro fator é a judicialização da política. No PT, por exemplo, o temor é de que Lula seja impedido pela Justiça de concorrer. (Política A4 a A10)

Depoimentos indicam R$ 1,7 bi a 500 pessoas

As delações da Odebrecht mostram que ao menos R$ 1,68 bilhão foi dividido entre cerca de 500 pessoas. Tabela de delator revela que departamento de propina girou US$ 3,4 bilhão. PÁGS . (A8 e A10)

Análise – Eliane Cantanhêde

Galinha dos ovos de ouro

As MPs se transformaram numa espetacular fonte de renda para os políticos e isso não tem obrigatoriamente a ver com eleição. MPs são ‘relevantes e urgentes’ para o País ou para corruptores e corruptos? (A6)

Governo quer vender loterias para reforçar caixa

O governo conta com a privatização das loterias para dobrar a arrecadação de tributos sobre as apostas dos brasileiros. Com empresas experientes operando jogos eletrônicos em todo o mundo, a equipe econômica quer atrair investidores e acredita que o volume de impostos sobre as loterias pode saltar de R$ 6 bilhões para pelo menos R$ 12 bilhões. Antes de privatizar o setor – atualmente um monopólio da Caixa Econômica Federal –, o governo dividiu o conjunto de loterias em duas empresas que serão leiloadas: a Lotex, que já existe, e a SportBeting, ainda não criada. (Economia B1)

França terá eleição mais embolada dos últimos 50 anos

A sete dias da eleição, a França vive seu quadro eleitoral mais imprevisível em 50 anos. As pesquisas mostram que a diferença entre os quatro primeiros candidatos – 11 estão na disputa – oscila de 3% a 5%. O social-liberal Emmanuel Macron e a nacionalista Marine Le Pen estão em queda diante da subida do liberal-conservador François Fillon e do esquerdista Jean-Luc Mélenchon. (Internacional A12)

Alias – Para pensar o Brasil

A história

Fernando Gabeira investiga a política brasileira de 32 anos. (E1)

Vera Magalhães

A Páscoa possível

Novas delações só deveriam ser fechadas se completarem as peças que faltam (Política A8)

Celso Ming

Quem joga pobre contra rico é intelectual

Para trabalhador, inimigo é o Estado espoliador. (Economia B2)

Notas&Informações

A responsabilidade de Lula – Lula da Silva pôs o Estado à venda. A Odebrecht e outras empresas envolvidas no escândalo apenas compraram – sem nenhuma boa fé – o que havia sido colocado na praça (A3)

A parte de cada um – Ciente da responsabilidade na recuperação do País, o Exército se organiza para trabalhar com menos (A3)

————————————————————————————

Folha de S. Paulo

Manchete : Contratos, extratos e notas endossam teor de delações

Documentos entregues por ex-executivos da Odebrecht serão usados para tentar provar crimes

Ex-executivos da Odebrecht apresentaram documentos para corroborar acusações feitas em delações premiadas. Os investigadores usarão os papéis para tentar provar crimes descritos nos depoimentos. Políticos envolvidos têm afirmado que a palavra dos delatores não é suficiente para condenar ninguém. Parte dos papéis entregues por quem fez acordo de colaboração com a Lava Jato reúne indicativos concretos. Há extratos bancários, comprovantes de transferência de dinheiro e contratos fictícios —que, segundo delatores, simulavam um serviço prestado à empreiteira para camuflar pagamento de dívida de campanha. Outros documentos devem servir para evidenciar que os ex-executivos da Odebrecht eram de fato próximos dos delatados. São trocas de e-mails com agentes públicos, além de anotações e relações de telefonemas. As mensagens, que relatam reuniões e registram demandas, serão utilizadas na tentativa de mostrar que empresários influenciavam decisões de políticos. (Poder A4)

Clóvis Rossi

Mal-estar com a política é parecido aqui e na França (Mundo a15)

Elio Gaspari

Temer, Lula e FHC beiram formação de quadrilha (Poder a8)

Editoriais

Leia “É possível”, acerca de medidas, imperativas no atual cenário de severa restrição orçamentária, para elevar a eficiência da despesa pública no país. (Opinião a2).

Redação