Jornais do Brasil neste domingo 17 de setembro
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O Globo
Manchete : Sem reforma, Supremo pode barrar coligações
Congresso não chegou a consenso sobre mudanças
Até líderes de partidos admitem que modificações poderão acabar sendo feitas pelo Judiciário
Diante do impasse no Congresso que pode impedir a aprovação de uma reforma política a tempo de valer nas eleições de 2018, o Supremo Tribunal Federal se prepara para tentar garantir, ao menos, o fim das coligações proporcionais. Já há uma articulação, que envolve parlamentares e integrantes do STF, para julgar ação que trata do tema. Pelo menos três ministros do STF se declararam contra as alianças proporcionais. Líderes partidários na Câmara e no Senado reconhecem que, se o Congresso não atuar, o Supremo fará as modificações por conta própria. (Pág. 3)
Raquel Dodge trocará dois procuradores da Lava-Jato
A nova procuradora-geral da República, Raquel Dodge, que tomará posse amanhã, já decidiu trocar dois procuradores da força-tarefa da equipe montada por Rodrigo Janot para a Lava-Jato. Rodrigo Telles e Fernando Júnior receberam ontem sinalização de que serão substituídos. Dos dez integrantes do grupo, três já haviam se antecipado e saíram. Outros três estão perto de fazer isso. (Pág. 4)
Hartung pode ser candidato no Rio
Está em curso uma articulação, que envolve Armínio Fraga, para que o governador do Espírito Santo, Paulo Hartung, dispute o governo do Rio. Lauro Jardim, (Pág. 2)
Em busca de graduação no exterior
Em meio à recessão, à violência e à penúria nas universidades brasileiras, jovens têm ido cada vez mais fazer graduação no exterior. Ano passado, foram 62,8 mil, ou 50% a mais do que em 2015. (Págs. 29 e 30)
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O Estado de S. Paulo
Manchete : BNDES ameaça ir ao TCU para evitar devolução de R$ 180 bi
Recursos foram pedidos pelo governo e serviriam para reduzir dívida da União; banco alega que antecipação de pagamentos poderia trazer riscos à instituição
O embate entre o BNDES e o governo federal pode evoluir para uma disputa oficial. O motivo do confronto é o pedido da equipe econômica para que o banco devolva ao Tesouro Nacional, entre 2017 e 2018, R$ 180 bilhões que foram repassados à instituição financeira. Os recursos serviriam para o governo reduzir a dívida pública bruta. O comando do BNDES é contra a devolução do dinheiro e ameaça apelar ao Tribunal de Contas da União (TCU). Antes disso, como última cartada, vai apresentar ao governo uma série de documentos que indicam que a antecipação do pagamento dos empréstimos pode trazer risco aos interesses da instituição. A União pediu a devolução de R$ 50 bilhões este ano e de R$ 130 bilhões em 2018. O presidente do banco, Paulo Rabello de Castro, defende o pagamento por meio de ativos do BNDES, como ações de empresas, mas a proposta já foi rejeitada pela equipe econômica do governo Temer. (Economia B1)
Banco quer mudar foco
Sem abandonar a infraestrutura, intenção é financiar projetos de tecnologia e de formação de pessoas. (B4)
2ª instância da Lava Jato está alinhada ao MPF
Análise das decisões da 8.ª Turma do TRF-4, a segunda instância da Lava Jato, mostra um colegiado em sintonia com os pedidos dos procuradores – mais até do que com as sentenças do juiz Moro. (Política A7)
Tecnologia chega à zona rural
O número de startups no campo quadruplicou nos últimos dois anos. O setor aposta em soluções tecnológicas para a agricultura, como internet das coisas, big data e softwares de monitoramento. (Economia B9)
Depressão de alunos preocupa universidades (Metrópole A17)
Vera Magalhães
Quando a máfia briga
Antonio Palocci era o elo que levava o dinheiro das empreiteiras a Lula. (Política A8)
Celso Ming
A revolução do automóvel
Conectividade, automação, sustentabilidade e segurança são prioridades do carro do futuro. (Economia B2)
Notas&Informações
O STF escaldado – O procurador-geral da República deixa o cargo, mas antes de ir cria um novo imbróglio, a segunda denúncia contra Temer, que exige do Supremo Tribunal Federal medidas excepcionais de prudência (A3)
Entre a emergência e o ajuste – Governo corre para fechar a conta com déficit de R$ 159 bi (A3)
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Folha de S. Paulo
Manchete : Dois professores são atacados por dia em SP
Boletins de ocorrência mostram que agressões ocorrem dentro das escolas
No Estado de São Paulo, quase dois professores são agredidos a cada dia, em média, nos locais de trabalho, relatam Angela Pinho e Daniel Mariani. As informações foram obtidas pela reportagem por meio da Lei de Acesso à Informação. Foram registradas 178 queixas de docentes em delegacias no primeiro semestre de 2017, todas em datas do calendário escolar — dias úteis de fevereiro a junho. As agressões ocorreram em creches, escolas e universidades, públicas e particulares. Houve educadores atingidos com lixeiras, carteiras escolares, cadeiras, socos e pontapés. Um aluno é apontado como responsável pela agressão em pelo menos um de cada quatro casos — a maioria dos registros não identifica quem foi o autor. Vítima de uma rasteira, professora da zona leste de São Paulo bateu a cabeça e parou na UTI de hospital. Para especialistas, dois fatores explicam as agressões: a desconexão entre estudantes e escola e a violência na sociedade. (Cotidiano B1)
Depoimentos de Palocci sobre Lula têm contradições
Antonio Palocci deu à Justiça versões divergentes sobre encontro em que, segundo ele, Lula selou pacto com a Odebrecht para obter favores pessoais e sustentar suas atividades políticas após deixar a Presidência, informa Ricardo Balthazar. O ex-ministro, que negocia desde abril acordo de delação, relatou datas e valores diferentes ao citar reunião de Lula com Emílio Odebrecht, patriarca do grupo. A defesa do ex-presidente pretende explorar essas contradições. (Poder A4)
Sai Janot Entra Dodge
Ao entregar a cadeira para Raquel Dodge, Rodrigo Janot, 60, entra para a galeria dos procuradores-gerais com destaque ímpar e uma montanha-russa de polêmicas. O mineiro, que deixa o cargo hoje, teve embates com a PF, fechou número recorde de delações (ao todo, foram 159 acordos) e foi o primeiro a denunciar o presidente no exercício do cargo. (Poder A8)
Agronegócio, em alta, tem desafio de preservar imagem
Em meio à atual crise econômica do país, o agronegócio destoa. O setor tem dado mais espaço para as mulheres em cargos de gestão e é o que mais capta mão de obra. Por outro lado, sua imagem é prejudicada pelo desmata-mento e por denúncias de corrupção. (Especial pág. 1)
Samuel Pessôa
As bananas e nossa visão equivocada de desenvolvimento
Continuamos a ter visão ufanista equivocada do desenvolvimento econômico. República de bananas, para mim, sempre representou países com péssima institucionalidade. Para parte dos economistas brasileiros, porém, o que caracteriza essas repúblicas são as bananas, ou melhor, a exportação de matérias-primas. Esse critério incluiria no grupo países como Canadá e Austrália. (Mercado pág. 8)
Editoriais
Leia “Cronicamente desigual”, sobre pesquisas recentes que mostram estabilidade na vergonhosa concentração de renda do país neste início de século. (Opinião a2).
Redação