Jornais do Brasil neste domingo 23 de abril de 2017
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23 de abril de 2017
O Globo
Manchete : ‘Não será a corrupção que irá parar o pais
Temer diz que o governo trabalha para melhorar ambiente de negócios
Em entrevista à imprensa espanhola, presidente elogia o trabalho do juiz Sérgio Moro à frente da Lava-Jato, mas lamenta que 24 senadores e 39 deputados estejam sendo alvo de investigações
O presidente Michel Temer afirmou ontem à imprensa espanhola que o Brasil não vai parar por conta do “efeito de atos de corrupção’! Ele admitiu ser “triste” o fato de 60 parlamentares estarem sob a mira de investigação, mas ressaltou que é preciso esperar para ver se os políticos serão ou não condenados, e que o Brasil trabalha para melhorar o ambiente de negócios. Temer disse que Sérgio Moro cumpre “adequadamente” seu papel como membro do Judiciário e evitou falar sobre a Lava-Jato: “Qualquer consideração negativa que eu faça será muito ruim neste momento porque poderá importar na ideia de que se quer acabar com a Lava-Jato.” (Pág. 3)
Pezão recebeu propina, diz delator
Em delação homologada pelo STJ, o doleiro Álvaro Novis disse que entregou dinheiro em espécie para Luiz Carlos Barroso, operador indicado pelo governador Pezão, revelam Chico Otavio e Daniel Biasetto. A propina, segundo o delator, era paga pela Fetranspor. Pezão disse que nunca recebeu recursos ilegais. A Fetranspor também negou o envolvimento em práticas ilícitas. (Pág. 8)
Vencedor vai depender de eleições em junho para governar
Os franceses vão às urnas hoje numa situação inédita na 5^ República, iniciada em 1958. Quatro candidatos disputam com chances reais as duas vagas no segundo turno das eleições presidenciais, em maio. O país vota sob segurança reforçada após o atentado de quinta-feira em Paris, que deixou um policial e o terrorista mortos e três pessoas feridas. Segundo analistas, a única certeza é que o vencedor terá o desafio de obter maioria no pleito parlamentar de junho para poder governar. (Págs. 35 e 36)
FMI se cala sobre protecionismo
O comunicado final da reunião deixou a palavra de lado: apenas citou o comércio como fonte de crescimento. A Alemanha, porém, alertou para o recuo na globalização. (Pág. 31)
Efeitos muito além da aposentadoria (Pág. 32 e 33)
Rio perde R$ 35 bi com trânsito ruim
Estudo revela que perdas com engarrafamentos já somam R$ 35,7 bilhões. Total equivale à renda que seria produzida nas horas em que trabalhadores ficam no trânsito. (Pág. 12)
Merval Pereira
Resposta ao advogado de Lula. (Pág. 4)
Miriam Leitão
País preso entre tempos político e jurídico. (Pág. 30)
Elio Gaspari
O mistério das 4 palavras: “Setiver, você destrua.” (Pág. 6)
Lauro Jardim
Controlador da Camargo Corrêa fará delação. (Pág. 2)
Cacá Diegues
Lava-Jato é ponto de partida para reconstruir o país. (Pág. 19)
Fernando Gabeira
Delação do fim do mundo prenuncia um novo mundo. (Segundo Caderno)
Ancelmo Gois
Marcelo Bretas quer leiloar bens apreendidos. (Pág. 14)
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O Estado de S. Paulo
Manchete : Falido, Rio deve passar pelo menos uma década em crise
Para superar as dificuldades, agravadas pela corrupção, o Estado tenta cortar gastos e aguarda socorro federal
O caos econômico, político e social que atinge o Rio de Janeiro – o segundo maior Estado pelo Produto Interno Bruto (PIB), atrás apenas de São Paulo – expõe o lado mais dramático das dificuldades enfrentadas pelo setor público no País. Atolado numa crise financeira sem precedentes, o Rio foi vítima da inépcia administrativa, da recessão, de um rombo bilionário na previdência do funcionalismo e do apagão na indústria de petróleo e gás, fundamental para a arrecadação estadual.
O quadro se agravou com escândalos de corrupção em série que levaram um ex-governador, ex-secretários e conselheiros do Tribunal de Contas à prisão. “O Estado está em situação falimentar”, diz o secretário da Fazenda, Gustavo Barbosa. Segundo a Firjan, a entidade que reúne os industriais do Rio, mesmo com o ajuste nas contas proposto pelo governo local, o Estado só voltará a ser superavitário em 2029 e só em 2038 conseguirá pagar integralmente os juros e amortização da dívida com o governo federal. (Política / Págs. A4 a A6)
Fatura dolorosa
A crise financeira do Rio tem graves reflexos na segurança pública e na área social. A criminalidade está em alta e há menos remédios e médicos para atender a população. (Pág. A6)
MPF investiga canal que veicula ‘jogos perigosos’
O MPF investiga a divulgação de vídeos de “jogos perigosos” que incentivariam a automutilação e até o suicídio de crianças e adolescentes. Os promotores acionaram o Google, empresa responsável pelo You-Tube. (Metrópole/Pág. A19)
PGR pede explicações ao ministro da Justiça (Coluna do estadão / Pág. A4)
Eliane Cantanhêde
O caos na Venezuela de Chávez e Maduro é um alerta contra salvadores da pátria. (Política / Pág. A6)
vera Magalhães
O sócio do esquema que colocou em xeque a democracia brasileira atende pela alcunha de Lula. (Política / Pág. A8)
Celso Ming
Mesmo em conformidade com os procedimentos técnicos, o BNDES fazia parte do jogo. (Economia / Pág. B2)
Empresas da Lava Jato cortam 600 mil vagas em três anos
A recessão e a Operação Lava Jato tiveram forte impacto no emprego. Um levantamento feito pelo Estado com dez das maiores empresas envolvidas no escândalo mostra que o corte chegou a quase 600 mil vagas entre 2013 e 2016, sem contar os postos indiretos eliminados no período.
Segundo a Petrobrás, a queda do preço do petróleo no exterior também contribuiu para o corte. As grandes construtoras foram afetadas pela crise do setor público, que provocou retração nas obras de infraestrutura, e pela diminuição da demanda por imóveis. (Economia / Pág. B1)
Efeito Dilma
Para o economista Eduardo Giannetti da Fonseca, não se pode atribuir o desemprego à Lava Jato. “O custo da incompetência do governo Dilma é muito maior que o da corrupção”, diz. (Economia / Pág. B4)
Eleição na França é a mais acirrada do pós-guerra
Três dias após um novo atentado terrorista, a França chega hoje à eleição presidencial mais acirrada e imprevisível do pós-guerra, relata o correspondente Andrei Netto. O quadro de indefinição foi captado por todas as pesquisas de opinião nas últimas três semanas. (Internacional / Págs. A10 e A11)
NOTAS & INFORMAÇOES
Persistente queda da inflação
Projeções preliminares sobre o desempenho global da economia têm trazido resultados otimistas. Sinais de alerta, porém, vêm, sobretudo, do ambiente político. (Pág. A3)
A globalização e o risco Trump
O avanço do nacionalismo em várias economias fortes amplia a percepção do perigo. (Pág. A3)
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Folha de S. Paulo
Manchete : Temer quer aliado de Janot na Procuradoria
Sucessão, em setembro, será determinante para o futuro da Lava Jato
O presidente Michel Temer avalia indicar como procurador-geral da República alguém próximo ao atual ocupante do cargo, Rodrigo Janot. Sondado pelo governo para um terceiro mandato, Janot afirmou que prometera à família deixar o posto no mês de setembro.
A intenção do peemedebista ê passara ideia de continuidade dos trabalhos da Lava Jato e evitar desgaste público. Auxiliares de Temer admitem, em caráter reservado, que um nome ligado ao atual procurador-geral seria ideal também para dar previsibilidade às investigações.
Em setembro, o presidente indicará ao Senado Federal o substituto de Janot pelos próximos dois anos. Temer deu indícios de que respeitará a lista tríplice da Associação Nacional dos Procuradores da República, mas não necessariamente a ordem da lista, praxe desde 2003.
Blal Dalloul, secretário-geral da Procuradoria, seria o preferido do Planalto, mas ele ê visto com desconfiança no órgão por nunca ter demonstrado intenção de concorrer. Caso haja risco de não aparecer nome aceitável, pode haver pressão para que Janot fique até 2019. (Poder A4)
Dividida, França promove eleição de impacto global
Franceses vão hoje às urnas em dúvida. Às vésperas do pleito, 31% deles não sabiam em quem votar, relata Diogo Bercito, de Paris. Diante do colapso do Partido Socialista do atual presidente, François Hollande, pesquisas de opinião apontavam quatro possíveis candidatos para o segundo turno, em 7 de maio, que terá impacto na estabilidade global. (Mundo A14)
Contribuição à Previdência cresce apesar de desemprego
A onda de demissões nos últimos dois anos fez crescer o número de pessoas trabalhando por conta própria. E, embora a tendência fosse de informalidade, 0 que se viu foi um aumento do número de trabalhadores que contribuíram para a Previdência.
Do total do país, 65,4% 0 fizeram no quarto trimestre de 2016, ante 62,1% quatro anos antes. Para 0 IBGE, a razão está no maior acesso à educação. (Mercado A21)
Insone
Telefonar e enviar mensagens de madrugada faz parte do estilo Doria de governar São Paulo. Para o tucano, o ritmo da gestão precisa ser acelerado, mas na equipe há quem discorde. (Cotidiano B5)
Editoriais
“A base do ensino”, acerca de valorização da leitura e da matemática, e “Cultura e censura”, sobre trecho de música vetado em programa de TV. (Opinião A2).
Redação