Jornais do Brasil neste domingo 9 de julho
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09 de julho de 2017
O Globo
Manchete : Crise pode levar Brasil de volta ao mapa da fome
ONU receberá relatório mostrando que falta de comida assombra as famílias
Governo se defende afirmando que combate à recessão reduzirá pobreza e insegurança alimentar
Recessão, desemprego recorde e crise fiscal de União, estados e municípios podem fazer o Brasil voltar ao mapa mundial da fome da ONU, apenas três anos após ter saído dele, relata DAIANE COSTA.
Na próxima semana, durante reunião do Conselho Econômico e Social da ONU, em Nova York, 40 entidades civis, como ActionAid, Ibase e Fundação Abrinq, apresentarão documento mostrando que a fome assombra famílias brasileiras. São histórias como a da cozinheira desempregada Rita de Cássia Souza, mãe de seis crianças: “À noite, meus filhos pedem: ‘Mãe, tem leite?’ Tenho de dizer: ‘Vão dormir que a fome passa’.” (Págs. 33 a 37)
Maia atua sem romper com Temer
Aliado de Michel Temer, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, se equilibra para não levar a pecha de traidor do governo, embora políticos próximos ao deputado vejam em suas ações recentes uma preparação para assumir o Planalto. (Pág. 4)
Antes de decisão,visita ao BNDES
Três dias após pedir R$ 1,1 bi ao BNDES, Joesley Batista foi ao banco para encontro com seu presidente, Luciano Coutinho. Com aval relâmpago, operação é questionada pelo TCU. (Pág. 3)
Bloqueio afetará até 40 milhões
Contra fraudes e roubos, Anatel quer bloquear aparelhos irregulares, normalmente mais baratos, cuja demanda cresceu em meio à recessão. (Pág. 38)
Merval Pereira
Não há “golpe no golpe” com Maia na Presidência. (Pág. 4)
Elio Gaspari
O “mercado” começou a vender Temer, comprando Maia. (Pág. 6)
Miriam Leitão
Na escolha de Sofia, Janot tinha uma terceira opção. (Pág. 34)
Fernando Gabeira
Brasil, um país que não tolera roubo de chicletes. (Segundo Caderno )
José Padilha
O que acontece quando um juiz do Supremo dissemina fake news? (Pág. 8)
Ancelmo Gois
FH aconselha Aécio a deixar o comando do PSDB. (Pág. 16)
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O Estado de S. Paulo
Manchete : Corte de R$ 39 bilhões no gasto federal afeta serviços
Diversos órgãos começam a ter problemas para operar; governo diz que vai priorizar serviços essenciais
O anúncio de que não havia verba para emissão de passaportes expôs a dificuldade que vários órgãos federais já enfrentam para operar e oferecer serviços à população. O contingenciamento de R$ 38,7 bilhões no Orçamento federal deste ano estaria comprometendo o caixa e a operação de entidades como Polícia Federal e Receita Federal, entre várias outras. A Empresa de Pesquisa Energética (EPE), responsável por projetos do setor elétrico, por exemplo, chegou a pedir doações de equipamentos. Na área ambiental, falta dinheiro até para garantir alimentação de funcionários de alguns parques nacionais. O ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, nega que o aperto estrangule a prestação de serviços e o funcionamento da maquina pública. Ele afirma que o governo vai priorizar, com a liberação dos recursos, serviços essenciais para a administração pública.
(Economia / Pág. B1)
‘Não tem almoço grátis’
Mansueto Almeida, secretário de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda, diz em entrevista que não há mais espaço para cortar despesa discricionária. “Daqui para frente, teremos de cortar despesa obrigatória.” (Pág. B3)
MP e juízes põem petições da Odebrecht sob sigilo
Cinquenta e três pedidos de investigação enviados pelo ministro do STF Edson Fachin à primeira e à segunda instâncias com base nas delações da Odebrecht estão sob segredo de Justiça. A medida, tomada por procuradores e juízes de nove Estados sob o argumento de que é preciso “preservar o curso das investigações”, contraria decisão de Fachin, que determinou levantamento de sigilo das petições.
(Política / Pág. A4)
López vai para prisão domiciliar em Caracas (Internacional / Pág.A16)
Eliane Cantanhêde
Temer pode cair, Maia é uma incógnita e 2018 pode nos reservar Lula versus Bolsonaro.
(Política / Pág. A6)
Vera Magalhães
O prolongamento da agonia política já dá sinais de produzir uma situação de caos social.
(Política / Pág. A8)
Notas & Informações
A política e a economia
Desejável em toda circunstância, a prudência é especialmente preciosa num país com 13,8 milhões de desempregados.
(Pág. A3)
O PT desafia Moro
PT quer ditar decisões da Justiça: aos companheiros, impunidade; aos inimigos, cadeia.
(Pág. A3)
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Folha de S. Paulo
Manchete : Temer tem margem estreita para aprovar reforma trabalhista
Levantamento da Folha indica que 42 dos 81 senadores são favoráveis às alterações, que devem ser votadas na terça (11)
Com margem apertada, o Senado tem a promessa de votos suficientes para aprovar a reforma trabalhista do presidente Michel Temer. Segundo levantamento feito pela Folha na última semana,42 dos 81 senadores declararam apoio ao texto — são necessários 41 para que o governo vença. Contra a proposta estão 23 integrantes da Casa, e 16 não informaram seu posicionamento.
Vários parlamentares disseram que aguardam um acordo com o presidente. “[Voto a favor] desde que o governo tire o que não concordamos, como trabalho intermitente”, afirmou Simone Tebet (PMDB-MS). Nesse modelo, o trabalhador pode ser contratado por hora. A reforma também traz a prevalência sobre a lei, em alguns casos, de acordos entre patrões e empregados.
Na votação, marcada pata terça-feira (11), o Planalto defende que a proposta enviada pela Câmara seja aprovada sem alterações. Assim, a matéria seguirá para a sanção de Michel Temer. Se houver mudança, o projeto retorna para nova análise dos deputados. Senadores contrários à reforma declararam apostar na aprovação de modificações no texto. (Mercado A19)
Poder
Revolução de 1932 gera gasto público de R$ 900 mil por mês em pensões. (Poder A8)
Regra atual para aposentadorias piora desigualdade
Criada em 2015, a fórmula 85/95 para o cálculo da aposentadoria agravou a desigualdade de renda e custa ao menos R$ 200 milhões por mês aos cofres públicos. A regra elevou a diferença de benefícios entre os mais ricos, com trabalho formal, e os sujeitos a vagas com vínculos precários, que se aposentam por idade. (Mercado A24)
Lava Jato ignora em indenizações indício de crime de empreiteiras
Apesar de laudos da PF e do Tribunal de Contas da União mostrarem superfaturamento em obras de empreiteiras envolvidas na Lava Jato, a Procuradoria deixou o assunto de lado ao propor ações para cobrar indenizações das empresas. Se o tema tivesse sido incluído, os valores dos ressarcimentos poderiam ser maiores. A justificativa da força-tarefa é que a abordagem levaria a atrasos no desfecho das causas. (Poder A4)
Indicada à chefia da Procuradoria-Geral, Raquel Dodge, 55, é obstinada e discreta. (Poder A7)
Editoriais
“Cotas falhas”, sobre critérios da reserva de vagas adotada na USP , e “Ameaça norte-coreana”, acerca de programa nuclear de Kim Jong-un. (Opinião A2).
Redação