Jornais do Brasil neste sábado 04 de março
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04 de março de 2017
O Globo
Manchete : Odebrecht diz que financiou apoios à chapa PT-PMDB
Delatores relatam pagamentos a partidos por alianças com Dilma-Temer
No total, segundo ex-executivo relatou ao TSE, empreiteira repassou R$ 200 milhões na campanha de 2014, sendo R$ 40 milhões via caixa dois; acusados negam irregularidades
Em depoimento ao TSE, três ex-dirigentes da Odebrecht sustentaram que a empreiteira repassou, via caixa dois, recursos a partidos para garantir apoio e tempo de TV à chapa Dilma-Temer, em 2014. O pagamento teria sido pedido pelo ex-ministro da Fazenda Guido Mantega. Segundo os delatores, um total de R$ 30 milhões foi pago a PDT, PROS, PCdoB, PP e PRB. Um dos ex-executivos contou que a Odebrecht doou R$ 200 milhões nas eleições de 2014, inclusive para o PSDB, sendo R$ 40 milhões via caixa dois. (Págs. 3 a 5)
Doleiro é preso no Uruguai
Operação conjunta da polícia uruguaia e da Polícia Federal brasileira prendeu ontem o doleiro conhecido como Juca Bala, apontado como braço do esquema de lavagem de dinheiro do ex-governador Sérgio Cabral no Uruguai. (Pág. 6)
Indústria volta a abrir postos de trabalho
Após 20 meses de resultados negativos desde março de 2015, a indústria voltou a contratar. Em janeiro, foram criados 17.501 postos de trabalho com carteira, indicando o início da retomada. No geral, houve perda de vagas, sendo que 65% delas no Rio. (Pág. 15)
Portela leva Paes à Sapucaí
Em entrevista a ANCELMO GOIS, a primeira desde que deixou a prefeitura, Eduardo Paes conta detalhes do exílio voluntário em Nova York, revela que está vindo ao Rio desfilar hoje na sua Portela e critica Pezão por demorar a reagir à crise. (Pág. 14)
Suspeita nos Jogos 2016 – Propina na escolha do Rio
O empresário Arthur Cesar de Menezes é acusado de pagar US$ 1,5 milhão ao filho de um integrante do COI para favorecer o Rio na escolha da sede dos Jogos 2016. Rei Arthur, como é conhecido, é investigado na operação que prendeu o ex-governador Cabral. (Pág. 23)
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O Estado de S. Paulo
Manchete : Planalto pressiona deputados por reforma da Previdência
Para aprovar seu projeto, governo ameaça retomar cargos de aliados; Meirelles fará corpo a corpo no Congresso
O governo iniciou uma forte ofensiva para aprovar na Câmara, em abril, o projeto de reforma da Previdência com o mínimo de mudanças. O esforço do Planalto inclui a ameaça de retirada dos cargos dos parlamentares da base que votarem contra a medida, além de campanha nas redes sociais feita pelo PMDB afirmando que programas sociais como o Bolsa Família acabarão sem a reforma. Para reforçar o movimento, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, retomará o corpo a corpo no Congresso em defesa das mudanças. Ontem, uma força-tarefa liderada pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), se reuniu com Meirelles. O que seria um encontro rápido durou cerca de duas horas. Maia, que defendia regras “mais escalonadas” para a transição da idade mínima de 65 anos para aposentadoria, saiu da reunião dizendo que havia mudado de ideia. (Economia B1 e B3)
Cai ritmo de demissão
O Brasil perdeu 40.864 vagas formais de emprego em janeiro. Apesar do resultado, o ritmo de demissões diminuiu em relação aos últimos dois anos. A indústria de transformação teve 17,5 mil contratações. (B4)
França aponta corrupção na escolha do Rio para Olimpíada
Autoridades da França dizem ter encontrado indícios de corrupção na escolha do Rio para sede dos Jogos Olímpicos de 2016. Segundo o Ministério Público Financeiro francês, três dias antes do evento, em outubro de 2009, em Copenhague, que teve a presença do então presidente Lula, houve transferências de US$ 2 milhões de empresa brasileira para a família do cartola do COI, Lamine Diack. (Esportes A18)
Temer estuda medida para tentar anular depoimentos
O presidente Michel Temer deve pedir a impugnação de todos os depoimentos de delatores da empreiteira Odebrecht ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O argumento é o de que tanto a convocação de Marcelo Odebrecht quanto a de outros empresários pelo ministro do TSE Herman Benjamin, relator do processo que pede a cassação da chapa Dilma Rousseff- Temer, basearam-se em ato ilegal. (Política A4)
‘Palavra de delator não é prova’, diz FHC
“A palavra de um delator não é prova”, disse o ex-presidente Fernando Henrique, que saiu em defesa de Aécio Neves. Aécio foi citado por delator em depoimento no TSE sobre caixa 2. (A6)
Foto-legenda : Caminho alternativo
O governo deve anunciar na terça-feira o leilão da concessão da Ferrogrão, ferrovia de 1.142 km que correrá paralela à BR-163 entre Sinop (MT) e o porto de Miritituba (PA). Caminhões carregados com grãos estão parados nesse trecho há mais de uma semana por falta de condições de tráfego. (Economia B7)
Moro interrogará Lula sobre triplex em maio (Política A7)
João Domingos
Os bobos da corte
O conluio entre o Estado e o setor privado jogou a legislação do País na lama. (Política A6)
Adriana Fernandes
O fantasma da meta
Será preciso torturar os números para um corte no Orçamento menor do que o buraco existente. (Economia B4)
Notas&Informações
Os partidos e seus corruptos – Muitos políticos enrolados na Justiça por corrupção encontram em seus partidos o conforto da impunidade. É como se os partidos se prestassem a acoitar delinquentes. (A3)
A OMC e a ameaça de Trump – Roberto Azevêdo deverá enfrentar a ameaça de Trump de implodir o multilateralismo (A3)
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Folha de S. Paulo
Manchete : BC dos EUA indica que elevará a taxa de juros neste mês
Decisão virá com a confirmação de dados favoráveis na economia e deve afastar investidor de países emergentes
A presidente do Fed (o banco central dos EUA), Janet Yellen, indicou ontem que os juros do país devem voltar a subir neste mês. Em evento em Chicago, ela disse que “a alta gradual dos juros ainda ê apropriada” e que um aumento em março depende da evolução da economia americana. “Vamos avaliar se os dados de emprego e inflação continuam a evoluir em linha com as nossas expectativas”, afirmou ela. O Fed tomará uma decisão depois de reunião nos dias 14 e 15. O discurso de Yellen não tem relação direta com Donald Trump, já que o Fed é independente do governo. A alta dos juros ê um mecanismo que evita que a inflação suba acima do desejado. Com a economia aquecida, o consumo avança, o que pressiona o índice. Hoje, a taxa de juros dos EUA está entre 0,5% e 0,75%. A expectativa ê de elevação para entre 0,75% e 1%. Segundo analistas, o mercado já apostava nessa tendência, e os investidores não foram surpreendidos. O dólar se desvalorizou ante boa parte das moedas e ampliou a queda em relação ao real: caiu 1,20%, para R$ 3,115. O Ibovespa, principal índice da Bolsa, fechou em alta de 1,41%. Caso haja de fato uma alta nos juros americanos, investidores tendem a deixar os países emergentes, que oferecem risco maior, para aplicar dinheiro nos EUA. Com menos dólares disponíveis, o preço sobe. No Brasil, esse cenário favorece os exportadores e prejudica os importadores. (Mercado A13)
Aécio afirma que não foi acusado de pedir caixa 2
O senador Aécio Neves (PSDB-MG) disse que não foi acusado por delatores da Odebrecht de ter pedido doação ilegal para o partido. FHC endossou a defesa do tucano. O ex-executivo Benedito Júnior afirmou ao TSE que em 2014 a empresa repassou R$ 9 milhões a candidatos do PSDB após pedido de Aécio. Segundo o delator, a verba foi paga via caixa dois. (Poder a5)
Amigo de Cabral é suspeito de ter pago propina em eleição da Rio-16 (Esporte B8)
Dois meses após massacre em Manaus, 112 estão foragidos (Cotidiano B3)
Julianna Sofia
Terrorismo serve de arma para aprovar a nova Previdência
Michel Temer sabe que precisará negociar muito para reformar a Previdência. É jogando que ele diz ser terrorismo afirmar que não será reeleito quem votar pela reforma. Já no mundo financeiro, há quem defenda precificar o risco (improvável) de não aprovação. Volatilidade é munição poderosa contra infiéis. (Opinião A2)
Editoriais
Leia “Sombras sobre Minas”, acerca de doação eleitoral pedida por Aécio à Odebrecht, e “Trancos e barrancos”, sobre atrasos em obras do metrô. (Opinião A2).
Redação