Jornais do Brasil neste sábado 13 de maio

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13 de maio de 2017

O Globo

Manchete : Casal acusa Dilma de crime e reforça que Lula era o chefe

‘Ela sugeriu levar dinheiro para Cingapura’
‘A minha garantia (de receber) era Lula’
Graça foi criticada porque ‘fechou torneira’

Íntimos dos ex-presidentes Lula e Dilma e responsáveis por suas campanhas em 2006, 2010 e 2014, João Santana e Mônica Moura complicaram mais a situação dos petistas com depoimentos explosivos à Lava-Jato. Mônica contou que foi orientada por Dilma a transferir da Suíça para Cingapura dinheiro de caixa dois da Odebrecht — o que, para especialistas, é crime de obstrução de Justiça. Também disse que a petista avisou que o casal seria preso. Perguntada como sabia que iria receber, a delatora disse que “a garantia era Lula”. Mônica relatou até como pagou cerca de R$ 40 mil para o cabeleireiro de Dilma mesmo depois da eleição. Os ex-presidentes negaram as acusações dos marqueteiros, que comprometem também os ex-ministros Palocci e José Eduardo Cardozo. (Págs. 3 a 7)

MERVAL PEREIRA – Dilma corre risco de prisão por obstruir Justiça (Pág. 4)

JORGE BASTOS MORENO – Casal entregou um monte de provas à Justiça (Pág. 3)

MÍRIAM LEITÃO – Relação entre BNDES e JBS levanta suspeitas (Pág. 3)

PEDRO DIAS LEITE – Imagem da Dilma honesta sofre um abalo (Pág. 3)

ZUENIR VENTURA – Lula agiu como ator, com direito a inventar, criar (Pág. 17)

PAULO CELSO PEREIRA – E-mails íntimos podem ser prova contra Dilma (Pág. 5)

Palocci troca de advogado para fazer delação premiada

Decidido a fazer delação premiada, o ex-ministro Antonio Palocci recontratou o advogado Adriano Bretas, de Curitiba, especializado neste tipo de acordo, e dispensou José Roberto Batochio, que também defende Lula. Bretas, advogado de outros delatores, chegara a ser dispensado por Palocci quando Dirceu foi solto por decisão do STF (Pág. 8)

Operação da PF investiga negócios da JBS com BNDES

A Operação Bullish, da PF, investiga suposto favorecimento ilegal de subsidiária do BNDES à JBS, com intermediação do ex-ministro petista Antonio Palocci. Os negócios entre o banco e o grupo, de R$ 8,1 bilhões, teriam provocado prejuízo de R$ 1,2 bilhão aos cofres públicos. Wesley Batista, sócio da JBS, foi levado coercitivamente para depor (Pág. 23)

Foto-legenda : Olha a senha!

O presidente Temer, que completou um ano de governo ontem, observa cliente da Caixa Econômica fazer saque de FGTS durante visita de surpresa a uma agência de Brasília (Pág. 21)

Superataque cibernético afeta quase cem países

Os sistemas de empresas e governos de pelo menos 99 países, incluindo o Brasil, sofreram mais de 80 mil invasões criminosas ontem, no maior ataque cibernético já registrado. O vírus usado, o Wanna Cry (vontade de chorar, em português), impede o acesso aos arquivos do computador e foi baseado em ferramenta de espionagem roubada da Agência de Segurança Nacional (NSA) americana. Para liberar o acesso, o invasor cobra resgate. Os hackers ainda não foram identificados. No Brasil, houve ataque “em grande quantidade”, segundo o governo, derrubando a rede do INSS e levando companhias como a Petrobras a desligar os computadores de todos os funcionários. (Págs. 19 a 21)

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O Estado de S. Paulo

Manchete : Palocci troca defesa e decide fazer acordo de delação premiada

Petista substituiu advogado por especialista em colaboração; procuradores querem apurar suposta relação entre esquema na Petrobrás e sistema financeiro

Preso desde setembro de 2016, o ex-ministro Antonio Palocci resolveu fazer acordo de delação premiada com procuradores da Lava Jato. Os investigadores têm interesse em esclarecer, com a colaboração do petista, a suposta relação entre o esquema de corrupção que atuava na Petrobrás e o sistema financeiro. A possibilidade avançou ontem, depois que ele trocou os serviços do criminalista José Roberto Batochio, seu advogado havia 10 anos e contrário a esse tipo de acordo, pelos do escritório de Adriano Bretas, especialista em delação. Petistas acreditam que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva seja um dos alvos da colaboração. O ex-ministro é réu em ação penal por corrupção e lavagem de dinheiro. Também é suspeito de intermediar, de forma irregular, financiamentos para a JBS com o BNDES, participação investigada pela Operação Bullish, deflagrada ontem pela Polícia Federal. (Política A4 e A5 e Economia B4)

Mônica entrega documentos sobre Dilma na Lava Jato

Em delação premiada, a empresária Mônica Moura entregou ao MPF registro de suposto e-mail que ela disse ter usado para trocar mensagens com a presidente cassada Dilma Rousseff sobre o avanço da Lava Jato. Mulher e sócia do ex-marqueteiro do PT João Santana, Mônica afirmou na Lava Jato que criou uma conta “no computador da presidente”. (Política A6)

PF investiga fraude no BNDES com JBS

A PF investiga suspeitas de corrupção em financiamentos de R$ 8,1 bilhões do BNDES na JBS, dona da Friboi e da Seara. O ex-presidente do banco Luciano Coutinho disse que os investimentos foram regulares. (Economia B1 a B4)

Ciberataque atinge governos e empresas em 74 países

Computadores de empresas e governos de 74 países foram “sequestrados” ontem em um dos mais rápidos ciberataques já registrados. Disseminado como um vírus que rouba dados dos usuários, o ataque atingiu também o Brasil. Ministério Público de SP, Tribunal de Justiça e Itamaraty desligaram os sistemas. O INSS suspendeu atendimento e a Petrobrás teve de reiniciar a rede corporativa. (Economia B10)

Clínicas populares já oferecem ressonância (Metrópole A15)

João Domingos

A falta do marqueteiro

Ao se comportar como se estivesse num palanque, o ex-presidente Lula deixou de defender a si mesmo (Política a6)

Adriana Fernandes

Sem dinheiro para ‘Avançar’

O governo rebatizou o PAC com o nome “Avançar”. Mas a retomada do investimento vai andar muito devagar (Economia B7)

Notas&Informações

Inocência – Lula quer fazer acreditar que “forças antipopulares” decidiram se unir em descomunal conspiração para que ele não volte à Presidência. Haja fé para acreditar nisso (A3)

Bilhete premiado – Lula faturou politicamente com o pré-sal. A julgar pela Lava Jato, beneficiou-se de outros faturamentos (A3)

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Folha de S. Paulo

Manchete : Palocci decide negociar delação com a Lava Jato

Ex-ministro dos governos petistas, que deve citar relação com sistema financeiro do país, substituiu a sua defesa

O ex-ministro Antonio Palocci, que ocupou pastas importantes nos governos Lula e Dilma Rousseff, decidiu negociar acordo de delação premiada com os procuradores da Lava Jato, informa Mario Cesar Carvalho. Nesta sexta (12), por exigência da força-tarefa da operação, ele dispensou o advogado José Roberto Batochio, que fazia sua defesa. A negociação será conduzida pelos advogados Adriano Bretas e Tracy Reinaldet, de Curitiba. Após romper acerto inicial, o petista decidiu retomar as conversas nesta semana. Réu em dois processos no Paraná, Palocci teme que suas condenações ultrapassem 30 anos de prisão. Na quinta, o STF derrubou o sigilo dos depoimentos do marqueteiro João Santana e de sua mulher, Mônica Moura, também delatores. O potencial da delação de Palocci é considerado explosivo, já que ele era o principal interlocutor do PT junto a bancos e empresários e deve citar financiamentos feitos pelo BNDES. (Poder A4)

Dilma falava da Lava Jato usando e-mail secreto, afirma delatora

A empresária Mônica Moura e seu marido, o marqueteiro João Santana, afirmaram que a ex-presidente Dilma Rousseff criou e-mail com o nome de “Iolanda” para se comunicar secretamente com eles sobre a Lava Jato. As mensagens eram salvas na pasta “Rascunhos” da conta, cuja senha era compartilhada. Dilma disse que aversão é fantasiosa. (Poder A6)

Operação da PF investiga repasses do BNDES à JBS

A Polícia Federal deflagrou operação que investiga fraudes e irregularidades na concessão de apoio financeiros da BNDESPAr, subsidiária do BNDES, à JBS, maior produtora de carne do mundo. A J&F, dona da empresa, já ê investigada em outras ações. Wesley Batista foi levado a deporem SP. (Mercado A19)

BB cancela licitação cujo resultado a Folha antecipou

O Banco do Brasil decidiu revogar em definitivo a licitação para conta de publicidade, cujo resultado vazou e foi publicado antecipadamente, de maneira cifrada, pela Folha. Em comunicado, o banco afirma que investigações internas indicaram “conflito de interesse”, informa Daniela Lima. (Poder A8)

Mega-ataque hacker afeta 74 países, inclusive Brasil

Computadores de empresas e órgãos públicos em ao menos 74 países foram afetados nesta sexta (12), durante onda de ciberataques aparentemente coordenados. A ação usou brechas de proteção identificadas pelo governo dos EUA e que foram vazadas. A empresa espanhola Telefónica, o governo russo e o serviço de saúde do Reino Unido foram alvo. Nenhum grupo reivindicou a ação, que ê tratada como criminosa. Não há, por ora, suspeitas de envolvimento governamental. Em vários casos, os hackers exigiam pagamentos na moeda digital bitcoin, de difícil rastreamento. Os prejuízos não foram estimados. No Brasil, o ataque derrubou atendimentos do INSS e tirou sites do ar. (Mundo A12)

Editoriais

Leia “Imigração na prática”, sobre texto que facilita entrada de estrangeiros no país, e “A autonomia é azul”, acerca de prevenção do câncer de próstata. (Opinião a2).

Redação