Jornais do Brasil neste sábado 29 de abril

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29 de abril de 2017

O Globo

Manchete : Protesto de centrais afeta transportes e tem violência

Sindicalistas bloqueiam vias e estradas; no Rio, ônibus foram queimados

Temer lamenta ‘graves incidentes’ no Rio e reafirma compromisso com reformas

A greve geral convocada pelas centrais sindicais contra as reformas trabalhista e da Previdência teve manifestações em todos os estados e no Distrito Federal, mas os protestos afetaram principalmente os transportes, com bloqueios em estradas e vias de acesso ao centro de capitais, como a Ponte Rio-Niterói. Mascarados fizeram atos de violência e vandalismo, com depredação de bancos e lojas. No Rio, oito ônibus foram queimados e cinco pessoas ficaram feridas. O presidente Temer lamentou os bloqueios e reafirmou o compromisso com a “modernização da legislação”. (Págs. 21 a 24)

Desemprego já atinge 14 milhões

De acordo com o IBGE, taxa de 13,7% é a pior da série histórica que começou em 2012; no primeiro trimestre de 2016, estava em 10,9%

O país tem um contingente de 14,2 milhões de desempregados, o que representa 13,7% da força de trabalho, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad) divulgada ontem pelo IBGE. O número de pessoas trabalhando (88,9 milhões) e o de empregados com carteira assinada (33,4 milhões) são os menores da série histórica, iniciada em 2012. Só no primeiro trimestre de 2017, 1,3 milhão de tralhadores perderam vagas, sendo que 600 mil tinham carteira assinada. (Pág. 25)

Supremo manda soltar Eike

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo, determinou a libertação de Eike Batista, preso em Bangu 9 por suspeita de contratos fraudulentos com o governo do Rio na gestão Cabral. (Pág. 5)

Muito mais do que sobras

Documentos e delações na Lava-Jato contestam versão de Cabral de que comprou artigos de luxo com caixa 2 e sobras de campanha. (Pág. 3)

Renan e Jucá são alvos da PF

A PF fez busca ontem em dez endereços ligados aos senadores Romero Jucá e Renan e ao ex-presidente José Sarney. (Pág. 4)

Lula terá que devolver presentes (Pág. 6)

 

Violência no Rio – Dobram as mortes em confrontos

Em março, o número de mortos em confrontos entre policiais e criminosos quase dobrou no Estado do Rio: 120 contra 61 no mesmo mês do ano passado. (Pág. 9)

Colunas

MERVAL PEREIRA

Não houve adesão popular às causas prioritárias do protesto de sindicatos (Pág. 4)

MÍRIAM LEITÃO

Insatisfação com a crise econômica foi estímulo usado por líderes da greve (Pág. 22)

ANCELMO GOIS

Motoristas que fecharam a Ponte Rio-Niterói multados em R$ 5.800 (Pág. 14)

ZUENIR VENTURA

Cenas de violência no Rio são de uma cidade em guerra (Pág. 19)

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O Estado de S. Paulo

Manchete : Greve afeta transporte e comércio e termina com atos de vandalismo

Protestos começaram com paralisação de ônibus e metrô
Manifestantes entraram em confronto com a PM em SP e no Rio
Para centrais sindicais, foi a maior greve da história do País
Governo diz que movimento foi menor do que o esperado e não afetará as reformas

A greve geral convocada pelas centrais sindicais em protesto contra as reformas trabalhista e da Previdência afetou a rotina de cidades em todas as regiões do País. Com a adesão dos trabalhadores do setor de transportes, ruas ficaram vazias nos grandes centros urbanos. As centrais sindicais disseram que foi a maior greve já registrada no País. O governo afirmou que adesão ao movimento foi menor do que a esperada. A avaliação era de que as manifestações ficaram concentradas nos grandes centros urbanos. O ministro Moreira Franco (Secretaria- Geral da Presidência) considerou que o número de pessoas que foi às ruas deixou o Planalto animado para avançar com a agenda de reformas. Em São Paulo, manifestantes se reuniram no Largo da Batata e seguiram em passeata até a casa do presidente Michel Temer, no Alto de Pinheiros. A PM dispersou o protesto com bombas de efeito moral e de gás lacrimogêneo. No centro do Rio também houve confronto entre manifestantes e a polícia. (Economia B1 a B8)

Gilmar Mendes manda soltar Eike Batista

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, mandou soltar o empresário Eike Batista, preso em Bangu por lavagem de dinheiro e corrupção. A decisão suspende a prisão preventiva, mas mantém medidas como uso da tornozeleira eletrônica. (Política A4)

Brasil tem 14 milhões de desempregados

A taxa de desemprego saltou para a marca recorde de 13,7% no trimestre encerrado em março, segundo dados do IBGE. No período, 1,8 milhão de trabalhadores perderam o emprego. O País já tem 14,2 milhões de pessoas à procura de uma vaga no mercado. (Economia B9)

Dono da Andrade vai depor sobre propina (Política A6)

Análises

Adriana Fernandes – Faca no peito

É cedo para Planalto e governistas subestimarem o poder de mobilização da greve geral e protestos. O certo é que aumenta a pressão contra a reforma da Previdência. (B4)

Carlos Melo – Paralisação vai ter impacto nas reformas

Uma coisa é a greve, outra, a adesão a ela. A greve foi um sucesso; parou cidades. Em São Paulo, decretou feriado. Porém, a adesão a ela não saberemos qual foi. (B5)

Murillo de Aragão – Manifestações e reformas

As manifestações não lograram atingir seu objetivo, que era o de paralisar o País de forma ampla em protesto contras as reformas encaminhadas pelo governo. (B8)

Notas&Informações

Greve compulsória – Os acontecimentos de ontem serviram para mostrar que, embora haja uma insatisfação generalizada com o governo, a representatividade dos organizadores da balbúrdia travestida de “greve geral” é pífia (A3)

Mercado de trabalho ainda piora – Se havia esperança de rápida melhora no mercado de trabalho, ela foi desfeita. Agora são 14,2 milhões sem ocupação (A3)

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Folha de S. Paulo

Manchete : Greve atinge transportes e escolas em dia de confronto

Atos de rua contra reformas de Temer foram pontuais; aeroportos funcionaram normalmente

A greve geral liderada por centrais sindicais e movimentos sociais de esquerda contra as reformas trabalhista e da Previdência propostas pelo governo Temer paralisou parcialmente as principais capitais do país. Em algumas cidades, como Curitiba, Salvador e Recife, ônibus não circularam. Noutras, caso de São Paulo, Rio e Brasília, a circulação foi restrita. Metrô e trens funcionaram parcialmente na maior parte das cidades. Bancários e professores pararam em várias capitais. Não houve aulas em colégios particulares tradicionais de São Paulo, como Equipe, Santa Cruz e Palmares. Os aeroportos funcionaram sem grandes transtornos e, no comércio, a adesão foi parcial. Grandes empresas disseram ter tido um expediente quase normal. Apesar da calmaria na maior parte do dia, houve confrontos entre PM e manifestantes e depredações no Rio e em São Paulo, inclusive nos arredores da casa do presidente Michel Temer. Na estimativa de organizadores, entre 35 e 40 milhões de trabalhadores pararam em todo o país —o que seria, dizem, a maior greve geral da história. O governo deu à greve caráter de manifestação política e minimizou a adesão. (Mercado A17)

Index – Greve Geral

Temer parabeniza Doria por atitudes contra paralisação (Ilustrada C2)

Principais capitais do país acordam em clima de feriado (Mercado A24)

André Singer

A base da sociedade mostrou o começo de uma reação ( Opinião A2)

Demétrio Magnoli

Aqui não se buscam direitos sociais, mas o dinheiro, e já! (Poder A6)

Gilmar Mendes manda soltar empresário Eike Batista

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo, mandou soltar o empresário Eike Batista, preso no Rio desde janeiro em um desdobramento da Operação Lava Jato. Para o magistrado, o perigo à ordem pública ou ao processo pode ser reduzido por outras medidas que não a prisão. Eike é suspeito de lavar R$ 16,5 milhões em um esquema de pagamento de propinas ao ex-governador Sérgio Cabral. (Poder A6)

Falta atenção à indústria, afirma liderança do setor de máquinas (Mercado A27)

Editoriais

Leia “A greve e as reformas”, sobre protestos contra governo Temer, e “Trump, cem dias”, acerca de início do mandato do presidente dos EUA. (Opinião A2).

Redação