Principais Jornais do Brasil nesta quarta feira 29 de maio

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29 de maio de 2019

O Globo

Manchete: Presidentes dos três Poderes prometem firmar pacto

Bolsonaro quer acelerar reformas e medidas de combate ao crime
Dois dias após os atos favoráveis ao governo, em que Legislativo e Judiciário foram criticados, o presidente Jair Bolsonaro se reuniu com os presidentes do STF, Dias Toffoli; da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP). Em café da manhã no Alvorada, os chefes dos Poderes discutiram um pacto para acelerar a aprovação de pautas de interesse do governo. Além das reformas da Previdência e tributária, Bolsonaro quer medidas para combater o crime organizado e a corrupção. A meta é assinar o pacto até 10 de junho. (Página 6)

Petrobras: STF pode travar privatizações de US$ 32 bilhões

O Supremo Tribunal Federal incluiu em sua pauta de julgamentos de amanhã duas ações que podem afetar a venda de ativos da Petrobras, avaliados no mercado em US$ 32,3 bilhões. No caso principal, o STF decidirá se as privatizações de estatais têm que passar pelo Congresso, como determinou liminar do ministro Ricardo Lewandowski. (Página 27)

Manaus transfere 29 detentos para presídios federais

Após a morte de 55 detentos em presídios de Manaus, 29 presos ligados a facção criminosa local irão para unidades federais. “São cabeças de facção ou mandantes”, disse o governador do Amazonas, Wilson Lima. A Justiça determinou que contratos de gestão dos presídios com empresas privadas não sejam renovados. (Páginas 11 e 12)

Com apoio de Moro, Senado aprova Coaf na Economia

O Senado aprovou ontem à noite a medida provisória da reforma administrativa, que reduziu para 22 o número de ministérios. O presidente Bolsonaro e o ministro Sergio Moro fizeram apelo para que o texto que passou na Câmara não fosse alterado, mantendo a transferência do Coaf da pasta da Justiça para a da Economia. (Página 8)

Maia quer antecipar votação da reforma

Presidente da Câmara pediu a relator da reforma da Previdência, Samuel Moreira, que apresente texto na comissão especial antes de 15 de junho. (Página 6)

Estado registra 77 casos de H1N1, com 20 mortes

Neste ano, o Estado do Rio já registrou 77casos de pessoas infectadas pelo vírus H1N1, com 20 mortes. Especialistas avaliam que, nesse ritmo, o número de óbitos pela gripe pode ser maior que o de 2018, quando 30 pessoas morreram. A vacina contra a doença está disponível nos postos de saúde até 15 de junho. (Página 33)

Enem: Exame de acesso à universidade tem menor número de inscritos desde 2010 (Página 34)

Merval Pereira

Judiciário não pode fazer pactos sobre assuntos que vai julgar (Página 2)

Elio Gaspari

A banda golpista encolheu, mas o golpismo ainda está no ar (Página 3)

Míriam Leitão

Incerteza política alimenta a volatilidade do dólar (Página 28)

Editorial

Não faz sentido pacto entre os poderes (Página 2)

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O Estado de S. Paulo

Manchete: Após protestos, Poderes ensaiam ‘pacto por reformas’

Presidentes da República, da Câmara, do Senado e do STF querem lançar propostas em 10 de junho; Congresso mostra ceticismo

Dois dias após manifestações de rua que defenderam o governo e criticaram o Congresso e o Judiciário, o presidente Jair Bolsonaro e os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia, do Senado, Davi Alcolumbre, e do STF, Dias Toffoli, esboçaram as linhas gerais de um “Pacto pelo Brasil”.
O objetivo é lançar o documento – um conjunto de medidas para tirar o País “do fundo do poço”, segundo o ministro Paulo Guedes (Economia) – em 10 de junho. Com tom genérico, o pacto fala em reforma da Previdência, modernização do sistema tributário, desburocratização administrativa, repactuação federativa e combate à corrupção. Bolsonaro disse não querer conflito na relação entre os Poderes. Fora do Planalto, Dias Toffoli é o maior entusiasta da proposta. Maia disse que vai consultar deputados antes de assinar o documento. Na Câmara, líderes demonstraram ceticismo. (Política/pág. A4)

Senado confirma que Moro perde o Coaf

Senadores aprovaram ontem a retirada do Coaf – órgão que investiga transações financeiras – das mãos de Sérgio Moro (Justiça) e passaram para Paulo Guedes (Economia). A votação ocorreu após apelo de Jair Bolsonaro para que a medida provisória da reforma administrativa, que reduz o número de ministérios de 29 para 22,fosse aprovada como veio da Câmara, sem alterações. O texto-base da MP foi aceito por 70 votos a 4. O resultado é considerado uma vitória para o governo. (Política/pág. A10)

Apesar da crise, venda de imóveis cresce 10%

Apesar da paralisia da economia, o mercado imobiliário vendeu quase 10% mais imóveis no País no primeiro trimestre do ano, em comparação com 2018. Por causa da demanda reprimida, o setor, no entanto, esperava alta de 15%. De janeiro a março, foram comercializados 28,7 mil imóveis, ante 26,1 mil nos mesmos meses de 2018. Neste período, foram lançadas 14,7 mil unidades, alta de 4,2%. Em São Paulo, foram vendidas 6,79 mil unidades, alta de 17%. (Economia/ Págs. B1 e B5)

Govemo reduz pedido de verba suplementar em R$ 102 bi

Em busca de aprovação de crédito suplementar de R$ 248,9 bilhões para pagar despesas, o governo propôs ao Congresso a redução do pedido para R$ 146,7 bilhões. Os restantes R$ 102,2 bilhões seriam obtidos em outras fontes após mudança na Lei Orçamentária de 2019. A chamada “regra de ouro” do Orçamento impede que o governo contraia dívida para pagar gastos correntes – como aposentadorias, benefícios assistenciais, Bolsa Família e subsídios agrícolas. (Economia/pág. B7)

Cumbica terá monotrilho entre trem e aeroporto

A GRU Airport, concessionária do Aeroporto de Cumbica, em Guaru-lhos, fará um monotrilho ligando o terminal à Linha 13-Jade da CPTM, num total de 2,6 km. As obras devem durar até 2021, ao custo de R$ 175 milhões, (Metrópole/ pág. A16)

AM investiga se racha entre facções levou a massacre

A polícia apura se o fim de uma aliança entre as organizações criminosas Família do Norte (FDN) e Comando Vermelho (CV), do Rio, tem relação com o massacre de 55 detentos em quatro unidades prisionais do Amazonas. As execuções de membros da FDN ocorreram no momento em que as duas facções disputam pontos de venda de droga e rotas de escoamento de cocaína. Presos acusados de liderar os massacres foram transferidos para presídios federais. (Metrópole/Pág. A15)

AGU defende ação da polícia em universidade (Metrópole / Pág. A15)

Vera Magalhães

Maia e Alcolumbre encontraram Bolsonaro, sorriram para fotos e voltaram certos de que não há confiança de parte a parte. (Política/ pág. A8)

Monica de Bolle

Diagnóstico preliminar de que a economia brasileira flerta com a estagnação secular não parece descabido. (Economia/ pág. B2)

Notas & Informações

Um pacto enganador
Com a proposta, o presidente da República mais uma vez jogou sobre o Congresso e a Justiça uma responsabilidade que é da chefia do Executivo. (Pág. A3)

Salvara MP do saneamento
É necessária sua urgente aprovação, para que se comece a atacar logo o problema, (Pág. A3)

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Folha de S. Paulo

Manchete: Bolsonaro discute com Poderes novo ‘pacto republicano’

Depois de manifestações, presidente propõe texto sobre reformas estruturais, visto com ceticismo até por aliados

Jair Bolsonaro discutiu ontem com os presidentes de STF, Câmara e Senado a assinatura de um pacto com metas em resposta às reivindicações do final de semana. Rodrigo Maia (Câmara), Davi Alcolumbre (Senado) e José Dias Toffoli (STF) debateram com o presidente um “terceiro pacto republicano pela realização de macrorreformas estruturais”. Onyx Lorenzoni (Casa Civil) disse que a ideia é assinar um documento final com os compromissos assumidos por Executivo, Legislativo e Judiciário no dia 10 de junho, no Palácio do Planalto. Os resultados são vistos com ceticismo até por aliados. Maia deixou claro que ainda irá se reunir com líderes partidários para decidir sobre a adesão ao acordo. “Preciso pelo menos da maioria para assinar”, disse o presidente da Câmara, que negou rusgas com o governo nos últimos meses. O primeiro pacto entre Poderes foi firmado em 2004, no governo Lula, “por um Judiciário mais rápido e republicano”. O segundo, em 2009, falava em “um sistema de Justiça mais acessível, ágil e efetivo”. (Poder A8)

Sem acordo, medida sobre saneamento deve caducar

Por falta de acordo, medida que cria novo marco regulatório para o setor de saneamento básico deverá perder a validade. Rodrigo Maia tentou articular consenso com governadores para votar um novo texto hoje, mas não teve sucesso. Congresso tem projeto de lei sobre o tema, que governo pode encampar.
MP do pente-fino da Previdência também deve caducar. (Mercado A17)

Briga interna de facção motivou mortes no AM

Disputa interna da facção Família do Norte estaria por trás das 55 mortes em presídios de Manaus, segundo fontes de segurança pública. O racha opõe dois líderes do grupo, ambos mantidos em presídios federais longe do estado do Amazonas. (Cotidiano B4)

Justiça manda bloquear bens de Aécio Neves em até R$ 128 milhões (Página A12)

Impasse sobre Fundo Amazônia continua após reunião com ministro (Página B5)

Delfim Netto

Igualdade é dar água e esgoto a todos, e rápido
É lamentável observar as dificuldades de aprovação do marco regulatório do saneamento. São produto do poder das corporações que controlam o setor sem controle para cumprir seus objetivos. (Opinião A2)

Editorial (A2)

Estatais no tapetão
Acerca de decisões do STF que afetam privatizações.

Massacre em Manaus
Sobre conflitos em presídios que fizeram 55 mortos.

Redação