Principais Jornais do Brasil nesta sexta-feira 05 de julho
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O Globo
Manchete: Reforma avança na Câmara, mas PMs mantêm privilégios
Vantagem teve aval de Bolsonaro, derrotado no ‘lobby’ pró-policiais federais
Por ampla maioria (36 votos a 13), a Comissão Especial da reforma da Previdência aprovou o texto-base apresentado pelo deputado Samuel Moreira (PSDB-SP), mantendo os pontos essenciais e ametade ganho fiscal de cerca de R$ 1 trilhão. Com a ajuda do lobby exercido pelo presidente Jair Bolsonaro, os policiais militares e bombeiros foram beneficiados com a inclusão de destaque que mantém seus privilégios: eles poderão se aposentar sem idade mínima e com 30 anos de contribuição. A medida representa um abalo para o caixa dos estados. A pressão não funcionou, no entanto, em favor dos policiais federais, como também era desejo do presidente. A Bolsa bateu novo recorde, e o dólar fechou a R$ 3,79. (PÁGINAS 17 e 18)
Guedes: após Previdência, foco será privatizações e tributária
O ministro Paulo Guedes disse que, aprovada a reforma da Previdência, o governo terá como foco as privatizações e a reforma tributária. (PÁGINA 18)
Em busca de base, governo oferece regalias
Para acelerar a formação de uma base aliada, o Planalto está oferecendo a parlamentares uma série de programas de cinco ministérios para que eles indiquem municípios a serem beneficiados. Ao tomar posse na Secretaria de Governo, o ministro Luiz Eduardo Ramos mostrou pouca familiaridade com os congressistas. (PÁGINA 4)
Operação prende 45 da milícia que apavora Itaboraí
Milícia extremamente violenta que domina Itaboraí e é ligada a Orlando Curicica começou a ser desarticulada ontem pela Polícia Civil. Entre os 45 presos estava a mãe de Renatinho Problema, chefe do bando que teria matado mais de cem pessoas. O faturamento mensal com cobrança de taxas chegava a R$ 500 mil. (PÁGINA 10)
Cabral confessa compra de votos para Olimpíada
O ex-governador Sérgio Cabral revelou à Justiça um esquema de compra de votos para que o Rio sediasse os Jogos de 2016. Ele disse que o ex-presidente do COB Carlos Arthur Nuzman lhe indicou um intermediário para fazer o acerto, que resultou na compra de oito ou nove delegados do COI por US$ 2 milhões. (PÁGINA 28)
Candidato de Kirchner visita Lula, e Bolsonaro reitera apoio a Macri (PÁGINA 22)
Com índice em alta, Rio é o 6° pior estado em mortalidade materna (PÁGINA 24)
Colunistas
MÍRIAM LEITÃO
Lados opostos se unem em defesa de privilégios (PÁGINA 18)
MERVAL PEREIRA
Bolsonaro precisa aprender o peso da palavra de um presidente (PÁGINA 2)
Editorial
Demonstração de força das corporações (PÁGINA 2)
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O Estado de S. Paulo
Manchete: Previdência passa em comissão, mas lobbies pressionam por alterações
Por 36 votos a 13, a Comissão Especial da Câmara que analisa a reforma da Previdência aprovou ontem texto-base apresentado pelo relator, Samuel Moreira (PSDB-SP). A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) estabelece idade mínima de 65 anos para homens e 62 para mulheres, com tempo mínimo de contribuição de 20 e 15 anos, respectivamente. Pelo texto, a aposentadoria por tempo de contribuição acaba. Sob forte lobby de algumas categorias, as novas regras ainda podem ser modificadas – deputados analisavam, até a noite de ontem, alterações apresentadas pelas bancadas. Bolsonaro e lideranças do governo costuraram acordo que beneficia PMs e bombeiros, mas deixa de fora agentes das Polícias Federal, Rodoviária Federal, Legislativa e guardas municipais. A PEC segue para votação na Câmara, onde precisa de 308 votos e ainda pode ser modificada. A inclusão de Estados e municípios é um dos pontos que devem ser discutidos, agora em plenário. O ministro da Economia, Paulo Guedes, espera que texto seja votado antes do recesso, no dia 18. (ECONOMIA / PÁGS. B1, B3 a B5)
Colunistas
Eliane Cantanhêde
Por que policiais são diferentes de médicos? Simples. São base e amigões de Bolsonaro. (POLÍTICA / PÁG. A8)
Celso Ming
Novidade mais importante do processo da reforma é a amplitude do acordo político obtido. (ECONOMIA / PÁG. B2)
Dedução com médico pode acabar no IR
O governo estuda a troca das deduções médicas pela redução de 8% em todas as atuais alíquotas do Imposto de Renda da Pessoa Física. Segundo o Ministério da Fazenda, a mudança poderá beneficiar mais contribuintes. (ECONOMIA / PÁG. B6)
Família quer PF na escolta de Bolsonaro
Após o caso da droga encontrada em avião da FAB, os filhos de Jair Bolsonaro querem que a escolta oficial passe do Exército para a Polícia Federal. O general Augusto Heleno, do GSI, disse que proposta “não tem fundamento”. (POLÍTICA / PÁG. A4)
Chavismo mata 14 por dia, diz ONU
Relatório informa que 5.287 pessoas foram assassinadas por agentes de segurança na Venezuela em 2018. Neste ano, já houve 1,5 mil mortes. (INTERNACIONAL / PÁG. A13)
Notas&Informações
O preço da paralisação
TCU estima que, dos mais de 38 mil contratos de obras públicas, cerca de 14 mil estão parados, um inaceitável desperdício de dinheiro. (PÁG. A3)
Reconstruindo o potencial
A capacidade produtiva do Brasil expandiu-se em maio, condição essencial para crescimento firme, de vários anos. (PÁG. A3)
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Folha de S. Paulo
Manchete : Comissão aprova texto-base da reforma da Previdência
Benefício para policiais encampado por Bolsonaro pode ser discutido no plenário
Por 36 votos a 13, a reforma da Previdência foi aprovada ontem pela comissão especial da Câmara. A votação, porém, entrou pela noite para que fossem avaliados os destaques — análise de partes específicas do texto. Após a conclusão dos trabalhos na comissão, a reforma seguirá para apreciação do plenário da Casa. A data de votação não foi definida. O governo avalia que não estão garantidos os 308 votos necessários para aprovação. Com a ajuda do PSL, partido de Jair Bolsonaro, a comissão rejeitou afrouxar as regras de aposentadoria para categorias da segurança pública, contrariando os apelos do presidente por medidas mais brandas. A expectativa entre os que defendem os benefícios é que a discussão seja retomada em plenário. (Mercado A17)
Governo destrava obras do PAC após negociação com congressistas (Mercado A19)
Principais destaques do relatório da reforma
Policiais federais
Barrada idade mínima de 52 anos para mulher; mantidos 55 anos para homem e mulher
Professores
Rejeitada idade mínima de 50 anos para mulher e 55 para homem; mantêm-se 57 para professoras e 60 para professores
PMs e bombeiros
Não se igualam às Forças Armadas e cada estado decide regras da categoria
Para ministro, Amazônia tem ‘desmatamento relativo zero’
“Temos um desmatamento que, em números inteiros, já é zero, é 0,2. Então não estamos longe do desmatamento ilegal zero”, disse. O percentual citado por Ricardo Salles representa área superior à do Distrito Federal. (Ambiente B5)
Hospitais públicos de SP atuam sem atestado contra incêndio
Só 3 dos 34 hospitais e pronto-socorros municipais têm o AVCB (Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros), documento obrigatório. Na rede estadual, apenas 9 dos 30 hospitais estão como atestado em dia. (Cotidiano B1)
Cabral admite que comprou votos do COI por Olimpíada
O ex-governador disse em depoimento que o ex-prefeito Eduardo Paes e o ex-presidente Lula sabiam da propina, mas que não participaram da negociação. Alexander Popov e Sergei Bubka teriam vendido votos para o Rio ser sede dos Jogos de 2016. (Esporte B6)
Defesa de Lula diz que empreiteiro fabricou versão (Poder A12)
Relatório da ONU cita esquadrões da morte na Venezuela
As forças de segurança estão usando esquadrões da morte para assassinar opositores, além de falsificarem situações que deem a entender que vítimas resistiram à prisão, afirma relatório do Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos. (Mundo A14)
Doria interfere em conselhos com participação social
De modo mais discreto que o do governo federal, gestão João Doria modificou a composição de conselhos de meio ambiente e do patrimônio histórico. Há ainda um projeto em tramitação na Assembleia para alterar o Condepe (direitos humanos). (Poder A4)
Ruy Castro
Bolsonaro ficará bem como rainha da Inglaterra? (A2)
Editoriais
O pacto que importa
Sobre ideia de entendimento entre os Poderes. (A2)
Confusão generalizada
A respeito de nova ofensiva de Carlos Bolsonaro. (A2).
Redação