Principais Jornais do Brasil neste sábado 15 de junho

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15 de junho de 2019

O Globo

Manchete: Guedes critica, Maia reage ‘Governo é usina de crises’

Exclusão do regime de capitalização irrita o ministro da Economia

As modificações introduzidas no relatório da reforma da Previdência irritaram o ministro da Economia, Paulo Guedes, que disparou críticas contra a Câmara, acusando os deputados de terem “abortado a Nova Previdência”, em referência à exclusão do regime de capitalização, e cedido a lobbies de funcionários públicos. As declarações de Guedes foram rebatidas pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), para quem o governo se tornou “uma usina de crises’. Maia afirmou que a Câmara está “blindada” e exercerá o papel de bombeiro que normalmente cabe ao ministro da Economia. (Página 19)

Moro orientou MPF a rebater defesa de Lula, diz site

Ministro afirma que mensagens podem ter sido adulteradas

Novas conversas atribuídas ao ministro Sergio Moro e a procuradores da Lava-Jato mostram o então juiz orientando o MPF a divulgar nota rebatendo declarações da defesa do ex-presidente Lula, segundo o site Intercept. Para Moro, mensagens podem ter sido adulteradas ou editadas. (Página 8)

Greve afeta transportes e escolas públicas; Rio registra confrontos

Protesto contra a reforma da Previdência e outras pautas do governo prejudicou transporte. No Rio, houve confronto com PMs. (Página 20)

Bolsonaro demitirá presidente ‘sindicalista’ dos Correios

Juarez Aparecido Cunha será exonerado por se opor à privatização da empresa e ter tirado fotos com deputados do PT e do PSOL. (Página 6)

Absolvido, Adélio ficará internado (Página 11)

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O Estado de S. Paulo

Manchete: Guedes ataca texto de relator; governo fabrica crises, diz Maia

‘Abortaram a Nova Previdência’, disse ministro; ‘Se dependesse do governo, teríamos 50 votos’, rebateu deputado

O ministro Paulo Guedes (Economia) criticou o novo texto da reforma da Previdência, apresentado quinta-feira pelo relator Samuel Moreira (PSDB-SP). A proposta, segundo ele, atende o lobby dos servidores e inviabiliza o regime de capitalização. “Vou respeitar a decisão do Congresso, da Câmara. Agora, se aprovar a reforma do relator, que são R$ 860 bilhões após os cortes, abortaram a Nova Previdência”, disse. O ministro afirmou que esperava que apenas o BPC e a aposentadoria rural caíssem. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), saiu em defesa do novo texto. “O governo é uma usina de crises”, afirmou. “Vamos aprovar a Previdência. Nós blindamos a reforma das crises que são geradas todos os dias pelo governo. Hoje infelizmente foi meu amigo Paulo Guedes, numa crise desnecessária.” Maia afirmou que o Congresso “está comandando sozinho a articulação pela aprovação da reforma”. “Se dependêssemos da articulação do governo, teríamos 50 votos, e não a possibilidade de ter 350, como temos hoje.” (Economia/págs. B1 e B3)

Bolsonaro demite terceiro general em uma semana

Jair Bolsonaro anunciou ontem a demissão do presidente dos Correios; Juarez Aparecido de Paula Cunha. E o terceiro general exonerado em uma semana, depois de Santos Cruz (ex-Secretaria de Governo) e de Franklimberg de Freitas, demitido da Funai. De acordo com o presidente, Cunha “agiu como sindicalista” ao criticar no Congresso possível privatização dos Correios. Substituto não foi definido, (Política/pág. A4)

‘Jogador incompetente’

Secretário de Assuntos Fundiários, Luiz Nabhan Garcia diz que o ex-chefe da Funai foi demitido por incompetência, que os índios vivem como indigentes e que Raoni é “uma farsa”. (Pág. A10)

Moro fica no governo e na fila do STF, diz presidente

Jair Bolsonaro afirmou que é “zero” a possibilidade de demitir Sérgio Moro após o vazamento de supostas conversas com procuradores da Lava Jato. O presidente disse que mantém a promessa de indicá-lo para o STF. Segundo Bolsonaro, os diálogos não comprometem o ministro. “Ele não inventou nada, não inventou provas. Acredito nele.” Moro admitiu que pode ter cometido “descuido”, mas repetiu que nada fez de ilegal. (Política/pág. A12)

Juiz sugeriu nota ao MPF, diz site

Segundo novos trechos de supostos diálogos divulgados pelo The Intercept, o juiz Sérgio Moro teria pedido a procuradores da Lava Jato que rebatessem ataques feitos pela defesa do ex-presidente Lula. (Pág. A12)

Aviso por telefone

Ao saber das críticas, Maia ligou para Guedes, informa José Fucs: “Vou ter de defender o Congresso”. “Então defenda”, respondeu o ministro. (Pág. B3)

Entrevista: Samuel Moreira, relator

‘Fui até o limite do possível’
Deputado disse ter abdicado de convicções próprias em favor da construção de um texto com apoio das lideranças no Congresso. (Pág. B4)

Greve contra reforma tem efeito limitado

Convocada por centrais sindicais, a greve geral contra a reforma da Previdência teve atos em quase todos os Estados. Mas, sem a adesão maciça do setor de transporte, os efeitos foram limitados. Em SP e no Rio, houve violência e prisões. (Metrópole/ pág. A26)

MP acaba com prazo de cadastro ambiental rural (Metrópole / PÁG. A28)

Juiz absolve Adélio, mas manda interná-lo

Autor da facada em Bolsonaro, em setembro de 2018, Adélio Bispo de Oliveira foi absolvido na ação penal, mas teve a prisão convertida em internação, por ser considerado inimputável. Bolsonaro vai recorrer da decisão. (Política/ pág. A14)

Notas & Informações

Economia ladeira abaixo
Com mais um recuo do índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), diminui a esperança de um segundo trimestre melhor do que o primeiro. (Pág. A3)

Desinformação e má-fé
Ensino superior público é caro, mas isso não permite que as universidades públicas sejam acusadas de improdutivas. (Pág. A3)

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Folha de S. Paulo

Manchete: Guedes critica relatório, e Maia cita ‘usina de crises’

Ministro reclama de alterações feitas pelos deputados em texto da Previdência

Criticas do ministro da Economia, Paulo Guedes, ao relatório da reforma da Previdência apresentado à comissão especial da Câmara e causaram mal-estar entre deputados.

“Eu acho que houve um recuo que pode abortar a nova Previdência”, afirmou Guedes sobre o texto de autoria do deputado Samuel Moreira (PSDB-SP).

O documento, divulgado na quinta, manteve pilares considerados importantes pelo governo, como a idade mínima. O texto excluiu, no entanto, a capitalização, considerada crucial pela equipe econômica.

Para Guedes, os congressistas cederam ao lobby dos servidores e não mostraram compromisso com as novas gerações.

A reação do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), foi imediata. Ele afirmou que Guedes foi injusto e que o governo Jair Bolsonaro (PSL) virou uma “usina de crises”.

“Acho que o ministro Paulo Guedes não está sendo justo com o Parlamento, que tem comandado sozinho a articulação para aprovação da Previdência”, afirmou.

Líderes do PRB e do DEM também criticaram a fala

de Guedes. (Mercado A25 e A27)

Presidente dos Correios é demitido em café da manhã

Em café da manhã com jornalistas, ontem, Jair Bolsonaro (PSL) afirmou que demitirá o general Juarez Cunha, presidente dos Correios, por um suposto “ comportamento sindicalista”. Declarou ainda não acreditar que o governo vá perder a “batalha da Previdência” e voltou a prometer um evangélico no Supremo, que criminalizou a homofobia. (Pág. A32 e B2)

Foi descuido, afirma Moro sobre pistas no caso Lula

O ministro da Justiça disse que foi um “descuido” repassar pistas de apuração contra o ex-presidente Lula ao procurador Deltan Dallagnol. “Eu recebi aquela informação e passei pelo aplicativo. Mas não tem nenhuma anormalidade, não havia ação penal em curso.” As informações não foram formalizadas nos autos do inquérito, como prevê a lei. (Poder A4)

Inimputável, Adélio Bispo é absolvido, mas ficará preso (Pág. A7)

 

Violência marca dia de paralisação nas principais capitais

Tiro de borracha no rosto de um manifestante, pessoas atropeladas, prisões, depredações e hostilidade à imprensa marcaram o dia de greve geral nas principais capitais do país. Em São Paulo, trens e ônibus funcionaram, mas muitos veículos ficaram lotados devido à paralisação no metrô. (Mercado A28)

Editorial (A2)

Vivendo em perigo
Sobre propensão de Bolsonaro a acirrar conflitos.

Fraqueza global
Acerca de incertezas quanto à expansão econômica.

Redação