Catador de recicláveis cria engenhoca com restos de lixo que carrega celular sem usar energia em MS
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Celso Aristimunho, de 60 anos, é o catador de recicláveis que criou o “Batfusca”, um fusca 1968 todo reformado com materiais que encontrou no lixo. Em suas andanças por Campo Grande, ele encontrou muitos aparelhos eletrônicos que trouxe para casa a fim de desmontar e inventar outras coisas: “Aqui eu tenho aparelhos de som, liquidificadores, ventiladores e até instrumentos musicais. Não toco nenhum, mas reformo porque gosto de vê-los consertados” conta.
Ele vive em uma edícula, nos fundos da casa onde mora a irmã com a filha especial. O pouco espaço na casa não é impedimento para guardar esses objetos, que quando desmontados, dão origem a outros que ele mesmo cria e guarda. Nenhum deles foi comercializado.
Ao contar sobre essas invenções, Celso busca aquela que considera a melhor, e começa a demonstrar sua utilidade: girando uma manivela, uma lâmpada acende, e ao apertar um botão, acende outra com luz intermitente:
“Para fazer isso aqui usei restos de ventilador que encontrei na rua, as lâmpadas eu comprei no supermercado. É só girar assim, e ó! Elas acendem! Mas isso não é o melhor que esse aparelho faz!” explica, orgulhoso.
Inventor de MS acende lâmpadas com aparelho que usa restos de ventilador
Carregador de celular
A engenhoca, toda envolvida em fita isolante, tem um adaptador de tomada instalado na lateral. Celso coloca ali um carregador de celular, pluga no aparelho e me pede para segurar. Em seguida começa a girar a manivela e, em questão de segundos, aparece o sinal de bateria sendo carregada. Veja no vídeo:
Inventor sul-mato-grossense mostra que sua criação também carrega celular sem usar energia
Ele criou esse aparelho pensando nas pessoas que se perdem em locais de difícil acesso: “Fico pensando nesse pessoal que se perde no mato, nos lugares distantes ou mesmo em alto-mar. Pode salvar vidas, né?”.
Celso não pode criar outros objetos porque, esta semana, um incêndio destruiu todas as suas ferramentas e outras peças que usaria, inclusive, no batfusca. Mas ele não se abala: “Com o tempo vou catando tudo de novo, sempre tem alguém que não usa mais alguma coisa e joga ela no lixo. O que não serve para alguém pode ser um tesouro para mim” finaliza, esperançoso.
Redação com G1