Estudantes do IFPB criam aplicativo para mapear casos de assédio

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aplicativo assedioUm protótipo de aplicativo para smartphones voltado para o mapeamento dos casos de assédio e abuso sexual foi desenvolvido por estudantes do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba (IFPB). O projeto está em fase de conclusão e quando estiver disponível, vai permitir às vítimas utilizarem o celular para registrar os casos e ajudar a polícia na investigação.

O aplicativo, chamado de “Eva”, foi idealizado por Simony César, que é estudante de design gráfico do IFPB em Cabedelo, na Região Metropolitana de João Pessoa. Segundo a jovem, os usuários do programa terão acesso, em tempo real, a dados sobre os crimes. “Se você tem o aplicativo e está em um raio ‘x’ próximo a uma vítima, você recebe uma notificação, dizendo que naquele ônibus próximo a você está tendo um assédio, por exemplo”, diz Simony.

Outro recurso que deve estar presente no Eva, quando concluído, é o banco de dados para os usuários terem acesso a perfis com fotos e locais onde os crimes acontecem, facilitando a identificação dos agressores. “Esta funcionalidade só está disponível pro perfil da pessoa que presenciou o assédio. Aí você pode fazer um vídeo, tirar uma foto e fazer um upload disso. Uma vez estando no banco de dados, a gente filtrando isso, pode até mapear maníacos que atuam em diversos trechos da cidade”, comenta a desenvolvedora.

O projeto dos estudantes ainda não foi lançado, mas a ideia já recebeu um prêmio, no final de junho, em um evento internacional que aconteceu em Pernambuco. “Essa mesma situação que nós temos no Brasil, de violência contra a mulher, acontece em todo o mundo. Então é um projeto que pode ter repercussão internacional. Como o evento aconteceu simultâneamente em quatro países, com certeza contribui para a amplitude do projeto”, disse o professor e organizador do evento Vinnie de Oliveira.

Apesar de ainda não estar disponível, o projeto já recebeu o sinal positivo para a viabilização nas lojas dos smartphones. Segundo a estudante desenvolvedora, o retorno por parte da população, nas redes sociais, aponta que o Eva pode ajudar no combate a violência contra a mulher. “A gente consegue ver o desejo nas redes sociais. Quando saiu as primeiras notícias, as pessoas já perguntavam quando ia estar disponível. Já é gratificante só daí, de ver a aceitação que já tem mesmo sem o Eva estar pronto”, conclui Simony.

Redação