Ministério Público recomenda que brasileiros reiniciem roteadores
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O Ministério Público do Distrito Federal reforçou um alerta do FBI (a polícia americana), divulgado no mês passado. Segundo a recomendação dos promotores, todos os proprietários brasileiros de roteadores domésticos devem reiniciar os aparelhos.
A medida ajuda a interromper um malware (software que se infiltra em um computador de forma ilícita), que infectou pelo menos 500 mil equipamentos pelo mundo. O procedimento ainda ajuda na identificação potencial de roteadores infectados.
O Ministério Público ainda aconselha os brasileiros a desativarem as configurações de gerenciamento remoto e sugere a adoção de senhas fortes. Também é importante atualizar o software (firmware) do roteador. Os aparelhos infectados podem coletar dados pessoais, bloquear o tráfego de internet e direcionar os usuários para sites falsos de instituições bancárias e de e-commerce. O objetivo é cometer fraudes.
Em 25 de maio, o FBI emitiu alerta público sobre a infecção de roteadores pelo malware VPNFilter. A estimativa do grupo Cisco Talos, especializado em segurança cibernética, é de que os centenas de milhares de roteadores estejam em 54 países, que não tiveram os nomes revelados. De acordo com a Cisco, os equipamentos atacados seriam das marcas Linksys, MilkroTik, NETGEAR e TP-Lynk.
O Departamento de Justiça americano atribuiu o ataque a um grupo conhecido como “Sofacy”, também chamado de “apt28” ou “fancy bear”. O jornal The New York Times afirma que serviços de inteligência americanos e europeus acreditam que os suspeitos sejam coordenados pela agência de inteligência militar da Rússia.
No Brasil, desde setembro de 2017, o Ministério Público do Distrito Federal investiga fraudes bancárias, como estelionatos e furtos, cometidos por meio de roteadores infectados. Os promotores trabalham em parceria com a Delegacia Especial de Repressão aos Crimes Cibernéticos da Polícia Civil. A investigação é sigilosa.
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