30% dos brasileiros tem ansiedade ou depressão e psiquiatra alerta: “quanto mais demora a buscar ajuda, menos vai responder ao tratamento”
Por Por Camila Bezerra - em 13 minutos atrás 1
O médico psiquiatra João Luiz Gadelha fez um alerta para os cuidados com a saúde mental e a necessidade de buscar tratamento assim que os primeiros sintomas de um transtorno sejam percebidos. Em entrevista, o psiquiatra detalhou que no Brasil pós-pandemia cerca de 30% da população já é diagnosticada com depressão ou ansiedade.
Além desse percentual, existem muitos pacientes que convivem com algum transtorno sem o tratamento adequado ou sequer sem diagnóstico e sem sequer um atendimento inicial.
João Luiz Gadelha chama atenção para o fato de que “quanto mais você protela e tem esse preconceito, dificulta o tratamento. E um dado importante: quanto mais você demora pra buscar ajuda e, se necessário, tomar medicação, menos você vai responder ao tratamento”.
Ainda de acordo com o médico psiquiatra, é necessária atenção para o tempo de busca por ajuda. Quanto mais rápido a busca por um especialista, melhor para o paciente. “As pessoas têm que entender que os neurônios morrem. E a ansiedade, a depressão, mata neurônios, e se você passar muito tempo sem dormir, ou num estado depressivo, aquele processo é mais intenso. Vai ficar cada vez mais difícil de conseguir ter uma resposta se ficar demorando a buscar ajuda”, enfatizou João Luiz Gadelha.
Além dos prejuízos para a vida pessoal que o transtorno pode acarretar, o médico destaca ainda que a capacidade laboral é afetada. Segundo João Luiz Gadelha, “a cada seis anos que a gente tem de incapacidade laboral no trabalho, um é por conta de depressão”.
Para o psiquiatra o passo mais importante é buscar ajuda profissional com brevidade. “Não protele, não demore, não espere. Porque esse sofrimento, que é algo que muitas vezes está aí no seu dia-a-dia e que, muitas vezes você até consegue fazer algumas coisas, mas isso pode acabar complicando e gerando incapacidade”, aconselha.
Veja a entrevista com o jornalista Clilson Junior;