Após aumento de casos, Prefeituras no Litoral, Agreste e Sertão decidem não realizar shows; números acendem alerta em João Pessoa
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A Prefeitura de Rio Tinto, no Litoral Norte da Paraíba, publicou nessa quarta-feira (26) um novo decreto com medidas de prevenção sanitária. De acordo com a publicação, a gestão municipal proibiu a realização de festas dançantes, shows e vaquejadas em ambientes públicos ou privados que provoquem aglomeração de pessoas. A determinação ocorre após o aumento de casos de síndromes gripais e suas mutações, a exemplo da H2N3 (Influenza) e Ômicron (Covid). A decisão segue até o dia 15 de fevereiro de 2022.
Outro município que seguiu a orientação é Uiraúna, localizado no Sertão paraibano, que publicou um novo decreto com protocolos sanitários mais exigentes para as próximas semanas. O novo decreto, válido até o dia 10 de fevereiro, contém medidas restritivas mais duras em relação à realização de eventos com aglomeração e de endurecimento dos protocolos sanitários para entrada e permanência em ambientes em que naturalmente as pessoas ficam sem máscaras, como bares e restaurantes.
Por sua vez, o Ministério Público da Paraíba (MPPB) recomendou nesta quinta (27), que a Prefeitura de Juazeirinho, no Agreste paraibano, não autorize a realização de shows no município. De acordo com a publicação, a não realização acontece, no caso deste município, por ele não possuir órgãos municipais de controle sanitário, ou não se articule previamente com órgão estaduais com capacidade técnica para avaliar o local do evento antes e durante o show.
Casos sobem e acendem alerta na Capital
João Pessoa deve seguir a mesma tendência em seu próximo decreto e também proibir a realização de eventos públicos e privados. Nesta quinta (27), a gestão municipal, através da Secretaria de Saúde, determinou a reativação de mais sete leitos exclusivos para o tratamento de pessoas com Covid. O aumento de leitos vem após o crescimento no número de casos da doença devido à variante Ômicron.
Com o acréscimo de vagas, o Hospital Prontovida passa a contar com 20 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e outros 11 de enfermaria. De acordo com o diretor técnico do hospital, André Lima, até a tarde desta quinta-feira (27), 13 vagas de UTI estão ocupadas, enquanto seis leitos de enfermaria já contavam com pacientes.
A secretaria de Saúde, Margareth Diniz, explicou ainda que o percentual de positivos na Capital paraibana está em média 40%, porém, em alguns locais de testagem, eles chegam a 60%. “Isso é muito, um quantitativo significativo e temos que alertar que, uma vez positivo, a pessoa deve seguir todos os protocolos de isolamento”, disse.
Quanto a Taxa de transmissibilidade (RT), a secretária afirmou que está em 2,24 (quando 100 pessoas contaminam 224), o que é muito alta, mas que nos últimos dias chegou a 4.
“Baixamos, mas o ideal é menor de 1 (quando 100 pessoas contaminam menos de 100). A ômicron tem alta transmissibilidade e quando tem em casa alguém que testou positivo, mais na frente a maioria das pessoas vai também testar positivo. Os cuidados devem ser tomados para que não aumentar a procura nas Unidades de Pronto Atendimento, hospitais e UBS”, completou.
Redação com PB.com