Comentarista diz que Brasil é governado por uma ditadura togada que comanda a nação com mão de ferro
Por - em 3 anos atrás 223
Projeção espelhada é quando se atribui uma ação ou intenção pessoal a outros. Por uma estética supostamente autoritária do presidente Bolsonaro, o chamam de ditador e antidemocrático, além de outras coisinhas mais como genocida, racista, nazista, fascista. Isso socialmente nos meios esquerdistas é normal: colocar-se como potencial vítima de um carrasco imaginário para poder massacrá-lo à vontade sem poder sofrer represália. Oportunamente, o nosso Supremo Tribunal Federal captou esta onda. Já chamou Bolsonaro de genocida, nazista, fascista, desgoverno, autoritário. E agora quer derrubá-lo. Golpe por projeção espelhada. O agressor da projeção, o STF, tem sistematicamente atropelado suas funções em nome desta desconfiança de um governo a quem ele atribui as intenções e ações mais nefastas de um déspota. A saber: tem prendido pessoas sem processo, tem tolhido os poderes do presidente pela desconfiança de abuso de poder, tem cortado liberdades constitucionais básicas do cidadão (como o direito de ir e vir, direito ao trabalho e direito à reunião). Tudo porque o presidente ousou falar destas liberdades constitucionais e essenciais dos cidadãos em época de pandemia.
Na prática, somos hoje no Brasil governados por uma ditadura togada que, por projeção espelhada de seu autoritarismo no presidente, comanda a nação com mão de ferro. A última página desta história da tirania judiciária se deu com a discussão das eleições eletrônicas brasileiras. Todos sabem que só Brasil, Butão e Bangladesh usam urnas eletrônicas sem possibilidade de recontagem e aferição de votos. O presidente, em seus tempos de parlamentar, sempre se colocou a favor de eleições mais transparentes, com inclusão de voto impresso. O então deputado federal Jair Bolsonaro contava com apoio de personagens políticos de todas as esferas ideológicas. Era um consenso. PSDB, PDT, Rodrigo Maia, Kim Kataguiri, o próprio TSE, todos criam que o voto impresso, somado à urna eletrônica, era um projeto que garantiria maior lisura.
Agora, em apoio à projeção espelhada do Supremo Tribunal Ditatorial, todos creem que o projeto é uma manobra do projetado ditador Bolsonaro para melar as eleições. Todos, claro, mudaram de ideia, em torno do patrulhamento da projeção espelhada do STF. A democracia do ódio a Bolsonaro prevalece sobre qualquer argumento democrático mais preciso. A patologia, quando coletivizada, se transforma em saúde mental. Quem pensa diferente é tachado de insano. Projeção espelhada coletivizada. Aconteceu no nazismo e no comunismo. Você projeta um ditador opressor e apoia um verdadeiro ditador e opressor em nome do combate à opressão.
Mas, voltando. Bolsonaro foi além do discurso em prol de eleições limpas: provou que as urnas são violáveis. Exibiu um processo da Polícia Federal que diz que um hacker viajou seis meses pelo sistema do TSE, entre abril e novembro de 2018, antes e depois das eleições, podendo ter invadido o software que interfere na contabilização dos votos. O TSE, que é um puxadinho do STF, sumiu com as marcas destas viagens pelo sistema. Luís Roberto Barroso, presidente do TSE, teria dito que as urnas eletrônicas seriam invioláveis. Não eram. Não são. Mas o puxadinho do STF , que faz oposição ao presidente, quer torná-lo inelegível por querer transparência nas eleições. Botaram o presidente num inquérito que pode tirar sua candidatura e o condenar a 46 anos de prisão por ter dito uma simples verdade: a de que as urnas eletrônicas são violáveis; que a eleição totalmente virtual é insegura, inauditável, fraudável. Barroso, que mentiu sobre a inviolabilidade das urnas, quer prender e tirar Bolsonaro do pleito de 2022 por dizer a verdade sobre a mentira que proferiu. Projeção espelhada.
Barroso disse que Bolsonaro atropela a democracia e o processa por mentir que urnas são violáveis. Inquérito da Polícia prova que urnas são violáveis. Mas quem deve pagar por ter dito a verdade sobre as eleições precárias no Brasil é Bolsonaro. Projeção espelhada. De fato, não há provas de que o nosso sistema eleitoral tem fraudes. Sabe por quê? Porque o sistema não é auditável, não deixa rastros. É como um assassinato em que o assassino some com o corpo. “Cadê a prova, cadê o corpo, o voto?”, pergunta o advogado do criminoso (ou o do TSE). “Você viola a democracia, dizendo e provando que o sistema eleitoral é falho, violável, fraudável não é auditável”, berra Barroso. “Você deve ser preso e tornado inelegível por isso”, berram os soldados e juízes probos da projeção espelhada, que projetam em Bolsonaro a ditadura persecutória que eles exercem de fato.
Comentaristas Adrilles Jorge