Delegado da Polícia Civil confirma que prefeito de Jacaraú passa a ser alvo de investigação no assassinato do vereador Peron Filho
Por Redação com Fonte83 - em 26 segundos atrás 1
Nesta terça-feira (18), o delegado seccional da Polícia Civil em Mamanguape, Sylvio Rabelo, confirmou que o prefeito de Jacaraú, Márcio Aurélio, passou oficialmente a ser alvo de investigação no assassinato do vereador Peron Filho. A inclusão do gestor entre os investigados provocou a remessa do inquérito ao Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB), em razão do foro privilegiado.
O delegado revelou que, 25 dias após a morte do vereador, a Polícia Civil descobriu—por meio de denúncia anônima—uma reunião envolvendo o prefeito, os dois secretários presos e outros investigados. Segundo ele, o encontro ocorreu em um local que não tinha qualquer relação com repartição pública, o que acendeu o alerta da equipe de investigação. “Achamos estranho que essa reunião tenha acontecido num local que foge ao normal. Não era prédio público, nem residência oficial. Nos aprofundamos e coletamos elementos que justificam o envio do procedimento ao TJ”, disse.
Sylvio Rabelo destacou que os secretários Jeferson Carvalho e Antônio Fernandes, apontados como suspeitos de encomendar o assassinato, participaram do encontro com o prefeito. Ambos estão presos desde a operação policial realizada dias após o crime, e são investigados por envolvimento com pistolagem e destruição de provas, incluindo desaparecimento de celulares e de dispositivos de gravação de câmeras de segurança.
Ao ser questionado se o prefeito passa a ser investigado formalmente, o delegado foi direto: “O prefeito pode ser investigado, sim. É por isso que o procedimento subiu para o segundo grau. Não afirmamos que ele participou do crime, mas é estranho esse encontro mais de 20 dias depois da morte do vereador.”
Rabelo explicou ainda que o Ministério Público e o Judiciário concordaram com a remessa ao Tribunal de Justiça, por se tratar de um crime comum envolvendo autoridade com foro privilegiado. Ele informou que a Polícia Civil continuará na condução das investigações na região de Mamanguape, agora sob supervisão dos desembargadores do TJPB.
