Dólar sobe para R$ 6,19 após divulgação de dados de inflação e emprego no Brasil

Por *Reportagem produzida com auxílio de IA - em 15 minutos atrás 1

O dólar comercial fechou a sexta-feira (27) com alta de 0,21%, cotado a R$ 6,19, acumulando valorização de 2% na semana. A moeda chegou a atingir R$ 6,213 no início da tarde, mas desacelerou no final da sessão, impactada pela baixa liquidez típica do final do ano. O aumento refletiu a cautela do mercado em relação à política fiscal do governo Lula e a divulgação de novos indicadores econômicos. Entre eles, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), considerado a prévia oficial da inflação, subiu 0,34% em dezembro, abaixo da expectativa de 0,46%. O acumulado de 2024 foi de 4,71%, superando o teto da meta de 4,5%.

Já o mercado de trabalho apresentou resultados positivos. A taxa de desemprego caiu para 6,1% no trimestre encerrado em novembro, o menor nível desde o início da série histórica em 2012, conforme a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad). Apesar disso, o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) apontou a criação de 106.625 vagas formais de trabalho em novembro, número inferior às projeções de 129.500 vagas.

Enquanto o dólar avançava, o Ibovespa recuou 0,66%, fechando aos 120.269 pontos. No mercado de juros, as taxas de contratos futuros de prazo mais longo registraram alta, acompanhando os rendimentos dos títulos do Tesouro dos Estados Unidos. O mercado permanece atento às medidas de ajuste fiscal do governo. Apesar da aprovação do pacote de corte de gastos pelo Congresso, alterações no texto original reduziram a economia esperada em R$ 62 bilhões até 2030.

A persistente incerteza fiscal continua impulsionando a volatilidade do câmbio. Mesmo com intervenções do Banco Central, como o leilão de US$ 3 bilhões na quinta-feira (26), o dólar manteve sua trajetória de alta, atingindo o acumulado de US$ 30,77 bilhões em intervenções nas últimas semanas. Os próximos movimentos de política monetária e econômica serão cruciais para definir os rumos do mercado em 2025, com expectativa de novos ajustes na taxa Selic nas reuniões do Copom (Comitê de Política Monetária).

    Sem tags.