Frentista participou de assalto que terminou com morte de empresário

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assassinos de marconeDono de postos de combustíveis foi morto em troca de tiros em banco. Funcionário teria repassado informações para assaltantes

Um frentista do posto de combustíveis do empresário Marcone Morais, morto na segunda-feira (11) durante uma troca de tiros em uma agênciabancária no bairro do Bessa, em João Pessoa, teria sido a pessoa responsável por passar informações privilegiadas para os suspeitos do latrocínio, segundo a Polícia Civil. De acordo com o superintendente regional da Polícia Civil, Marcos Paulo Vilela, o frentista e outras duas pessoas foram presas suspeitas do crime. Um homem está foragido e a polícia suspeita da participação de outras duas pessoas.

A delegada Júlia Valeska explicou, durante uma entrevista coletiva na Central de Polícia Civil de João Pessoa, na manhã desta quarta-feira, que o homem foi preso na noite da terça-feira (12), quando chegava no posto para trabalhar. Após a prisão ele confessou a participação no assalto e disse que teria passado as informações de que a vítima estaria indo ao banco com um malote com R$ 300 mil. Segundo a delegada, o mentor do crime teria sido o suspeito que morreu na ação.

As imagens de câmeras de segurançada agência bancária em que o crime aconteceu mostram o momento em que ele foi abordado por três homens. Nas imagens, divulgadas pela polícia, Marcone desce do carro e, quando passava pela porta da agência, é abordado por um homem e os dois lutam. O empresário consegue reagir, atira e mata o agressor. Outro agressor atira no empresário e foge em seguida.

Segundo a delegada Julia Valeska, pelas imagens internas do banco, ficou claro que a vítima estava sendo seguida, e que era um alvo previamente definido. Na tarde da terça-feira (12), dois suspeitos do crime foram presos pela polícia e a solução do crime se deu após a polícia receber várias denúncias anônimas por meio do número 197.

O delegado Marcos Paulo também explicou que a polícia descartou definitivamente a possibilidade do crime estar relacionado a uma denúncia que a vítima fez, em 2007, de um suposto esquema de cartelização dos preços de combustíveis na capital paraibana, que envolveria empresários da Paraíba e de Pernambuco. A investigação fez parte da operação da Polícia Federal que ficou conhecida como ‘274’, em referência ao valor cobrado pelo litro de gasolina, R$ 2,74, em praticamente todos os postos da capital no período.

Durante o velório do empresário, o advogado de Marcone Morais, Aécio Farias, destacou que a família defende que os suspeitos da morte são os mesmos que teriam abordado a vítima duas vezes nos últimos meses, sendo que ele reagiu nas duas ocasiões. “Ele era frequentemente perseguido, tanto é que ele andava armado e na ação (que terminou com a morte do empresário) ele revidou a agressão”, disse. A polícia também descartou a possibilidade de vingança ou perseguição no crime.

Marcone Morais foi atingido por dois tiros no tórax e chegou a ser socorrido para o hospital de Emergência e Trauma da capital, mas não resistiu aos ferimentos e morreu. Os corpos do empresário e do suspeito foram levados para a Gemol, onde foram periciados.

G1 PB