Israel bombardeia campo de refugiados em Gaza; Hamas afirma que há dezenas de mortos

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Uma explosão em um campo para refugiados na cidade de Jabalia, no norte de Gaza, deixou 50 mortos e mais de 100 feridos. O número é do Ministério da Saúde de Gaza, comandado pelo grupo terrorista Hamas, e não foi confirmado de forma independente.

O porta-voz do Ministério do Interior de Gaza (também administrado pelo Hamas), Ayed al-Bazm, disse em entrevista coletiva que seis bombas atingiram blocos de apartamentos em uma área residencial do campo de refugiados.

O ministério da Saúde disse que a explosão foi causada por um ataque aéreo israelense.

Israel confirma o ataque

O coronel Richard Hecht, porta-voz do exército de Israel, afirmou que as forças armadas do país atacaram o campo de refugiados de Jabalia, no norte da Faixa de Gaza.

Os israelenses afirmaram que mataram “muitos terroristas do Hamas”, inclusive Ebrahim Biari, que comandava um batalhão do Hamas e que foi um dos líderes do ataque terrorista do dia 7 de outubro contra o território de Israel.

Segundo os israelenses, esse batalhão do Hamas também havia tomado controle de prédios civis na Cidade de Gaza.

O exército de Israel disse também que, depois do bombardeio, alguns túneis do Hamas foram destruídos.

Explosão em hospital

Dias atrás, uma explosão no hospital Ahli-Arab, na Cidade de Gaza, chocou o mundo e colocou a guerra entre Hamas e Israel em seu momento mais tenso desde o início dos conflitos. Centenas de pessoas morreram e as duas partes se acusaram mutuamente pelo ataque, apresentando diferentes versões do caso.

O presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas foi o primeiro a se manifestar. Abbas, que atualmente controle a Cisjordânia, acusou Israel e falou de um “genocídio” e uma “catástrofe humanitária”.

Em seguida, as Forças Armadas de Israel, após dizerem que investigariam o caso, apontaram como responsável a Jihad Islâmica, outro grupo armado que também atua dentro de Gaza. A Jihad Islâmica e o Hamas são aliados eventuais e também já rivalizaram. Ambos, no entanto, têm o mesmo objetivo final, que é a destruição do Estado de Israel.

Israel afirmou que foguetes da Jihad Islâmica que haviam sido disparados contra o território israelense erraram o alvo e atingiram o edifício do hospital.

O porta-voz da Jihad Islâmica, Daoud Shehab, negou a versão. Shehab afirmou que não havia operações das brigadas Al-Quds, o braço armado da Jihad Islâmica, naquela área da cidade de Gaza.

Após a acusação das autoridades israelenses, o líder do Hamas, Ismail Haniyeh, que vive no Catar, responsabilizou os Estados Unidos por “por acobertar as agressões de Israel”.

Já o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, falou de uma obra de “terroristas selvagens”, sem atribuir autoria.

Com G1

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