Meirelles deixa em aberto um eventual retorno da CPMF
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O novo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, deixou em aberto a questão de uma eventual volta da CPMF – o chamado imposto do cheque. Em entrevista coletiva no fim da manhã desta sexta-feira (13), ele não foi taxativo. Ao ser perguntado sobre o tributo que voltou a ser assunto no fim do governo Dilma, Meirelles disse que a trabalha com a meta de reduzir a carga tributária.
“Caso seja necessário um tributo, ele será aplicado. Mas certamente de forma temporária, ele deverá ser proposto já de forma temporária”, disse, não se referindo diretamente ao imposto.
Ainda na entrevista, o ministro disse que não sabe quanto tempo levará para saber qual a real situação das contas públicas. “Sou o primeiro a querer saber”, brincou. “Vamos procurar trabalhar intensamente, mas quando divulgarmos resultados ter segurança sobre eles.”
Luta contra a CPMF vai continuar?
A recriação da CPMF foi um dos assuntos mais comentados – e combatidos – pela oposição e pelos setores produtivos, principalmente a indústria nacional. O símbolo máximo contra a adição de novos tributos é o pato gigante da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo).
Parte da campanha “Não vou pagar o pato”, que figurou grandes anúncios de páginas duplas nos maiores veículos da imprensa do País, o inflável foi referência nos protestos que levaram milhões às ruas pelo impeachment de Dilma Rousseff.
A dúvida agora é se o presidente da federação, Paulo Skaf, e símbolos opositores do governo do PT, como o senador Aécio Neves (PSDB-MG), vão continuar a combater o “imposto do cheque”. Ambos apoiadores da gestão de Temer, em diversas oportunidades já classificaram a CPMF como uma saída “absurda”.
Sem nome para o Banco Central
A nomeação para a presidência do Banco Central também foi assunto para o novo titular da Fazenda. No entanto, Meirelles não quis adiantar o nome escolhido para o órgão no governo interino de Michel Temer e disse que a decisão só sairá na próxima segunda-feira (16).
Ex-presidente do BC, o ministro não quis comentar o desempenho do atual presidente, Alexandre Tombini, inclusive fazendo suspense sobre a saída ou permanência dele no órgão. “Não estou dizendo que o [Alexandre] Tombini fica ou sai. Disse que vou anunciar o nome para o Banco Central na segunda-feira”.
Ig