Meirelles diz que crise é grande, mas vê retomada nos próximos trimestres
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O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, declarou nesta quarta-feira (8) que a economia brasileira passa, atualmente, por uma crise intensa, que pode ser maior que a grande depressão dos anos 30, mas acrescentou que, com a aprovação pelo Congresso de medidas propostas pelo governo, é possível uma retomada do crescimento nos próximos trimestres “um pouco mais forte”.
“Quando medidas forem aprovadas, não tenho dúvidas que chegaremos nos próximos trimestres a retomar um crescimento do Brasil de uma forma e ritmo que podem surpreender”, disse Meirelles durante cerimônia no Palácio do Planalto em que o presidente em exercício, Michel Temer, recebeu apoio de 200 empresários.
“Sou cauteloso. Gosto de prometer menos e entergar mais. Mas é possível que tenhamos uma retomada um pouco mais forte porque estamos confiantes na capacidade de aprovação [das medidas econômicas] no Congresso”, completou o ministro.
Segundo Meirelles, essa medida não visa resolver a situação das contas públicas no próximo semestre, mas sim para os próximos anos.
As medidas econômica anunciadas pelo governo visam reverter o déficit (gastos superiores à arrecadação) nas contas públicas, que vem aumentando desde 2014. Para este ano, a estimativa é de que o rombo possa atingir R$ 170,5 bilhões.
“O processo começa a ser revertido quando o governo sinaliza que controla as próprias contas. Sinaliza isso de uma forma forte, com a diminuição o números de ministérios, com a redução de cargos comissionados e começa a cortar na própria carne, além das medidas estruturais de longo prazo”, disse.
Ele também afirmou que o governo prioriza, no Congresso Nacional, a tramitação do projeto de governança das empresas estatais e dos fundos de pensão, e que essas alterações são necessárias não somente para que os fundos gerem retorno para seus cotistas, mas também para que sejam “bem administrados”.
Meirelles avaliou que os recursos administrados pelos fundos de pensão são “preciosos” para o crescimento do país.
O ministro apontou que o processo de concessões também é importante para a retomada do crescimento, com geração de empregos.
“As medidas continuam, o trabalho é intenso, a equipe econômica trabalha dia e noite, na Fazenda, no BNDES, naPetrobras e nos demais ministérios”, disse ele.
O ministro lembrou ainda que o governo também pretende propor mudanças na Previdência Social, cujo déficit vem aumentando fortemente ano a ano.
G1