Trump concede primeira entrevista após vitória sobre Biden e diz que considera tirar EUA da Otan
Por *Reportagem produzida com auxílio de IA - em 38 segundos atrás 1
Em sua primeira entrevista após vencer as eleições americanas, o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou à NBC que considera retirar o país da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte). A permanência dos EUA na aliança militar ocidental, segundo Trump, dependerá de um “acordo justo”, incluindo o cumprimento dos compromissos financeiros por parte dos aliados e um tratamento mais equilibrado em questões de defesa e comércio.
Trump criticou duramente os países europeus membros da Otan por não alcançarem a meta de investir 2% do PIB em defesa, um compromisso voluntário estabelecido pela aliança. Ele acusou os aliados de dependerem excessivamente do orçamento militar dos EUA, que lideram os gastos na Otan, e de “tirar vantagem” dos americanos. “Eu disse: ‘Não vou proteger vocês a menos que paguem’. E eles começaram a pagar”, afirmou, referindo-se ao aumento de investimentos de alguns países após sua pressão durante seu primeiro mandato.
A expressão “pagar as contas” usada por Trump refere-se ao compromisso dos países-membros de contribuírem proporcionalmente para a aliança, garantindo que os custos da defesa mútua não recaiam desproporcionalmente sobre os EUA. O republicano também sinalizou a possibilidade de reduzir o apoio militar à Ucrânia, maior beneficiária da ajuda americana na guerra contra a Rússia. Questionado sobre o tema, ele declarou que cortes são “possíveis”.
Essa postura preocupa a Ucrânia e aliados europeus, que temem que um eventual enfraquecimento da ajuda militar possa favorecer a Rússia. Trump, no entanto, defendeu negociações para um cessar-fogo imediato e sugeriu que a China poderia atuar como mediadora. Em publicação na Truth Social, ele apelou ao presidente russo Vladimir Putin para que negocie a paz, mencionando que a Ucrânia estaria disposta a fazer um acordo. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, reagiu dizendo que só aceita uma paz “justa e forte”, capaz de impedir novos ataques russos no futuro.
Mudanças nas políticas migratórias
Além das questões internacionais, Trump reforçou sua intenção de endurecer as políticas migratórias dos Estados Unidos. Entre suas propostas, destacou a possibilidade de acabar com o direito à cidadania por nascimento, que atualmente garante a nacionalidade a qualquer pessoa nascida em solo americano, independentemente da situação migratória dos pais. Segundo Trump, essa mudança poderia ser implementada por meio de uma ação executiva, o que geraria amplo debate jurídico e político. A medida impactaria diretamente comunidades imigrantes e seus descendentes, que formam uma parcela significativa da população americana.
Trump também reiterou seu compromisso em deportar pessoas em situação irregular no país, uma promessa que marcou sua campanha e reflete sua abordagem rigorosa sobre imigração. Para ele, essas ações são essenciais para proteger a economia e a segurança dos Estados Unidos.
Desafios globais e domésticos
Trump também se reuniu recentemente com o secretário-geral da Otan, Mark Rutte, para discutir temas como a crescente cooperação entre Rússia, Coreia do Norte, China e Irã, além do apoio indireto desses países à Rússia na guerra contra a Ucrânia.