Base aliada de Temer reage à saída de ministros candidatos até dezembro

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efraim pecLideranças de partidos da base aliada reagiram negativamente nesta terça-feira, 14, à decisão do presidente Michel Temer de obrigar todos os ministros que serão candidatos nas eleições de 2018 a deixarem os cargos até dezembro deste ano. O argumento contrário a linha de corte planejada por Temer é de que a saída antecipada é prejudicial, porque acontecerá no momento em que os titulares das pastas estão colhendo os resultados positivos de suas ações.

O líder do DEM na Câmara, deputado Efraim Filho (PB), externou a reclamação feita por outras lideranças nos bastidores. “Não é o sentimento da base, que pretende dar continuidade às ações já iniciadas nos ministérios. Será uma quebra de rito desnecessária e prejudicial, no momento em que estamos colhendo os frutos de uma agenda em desenvolvimento”, disse ao Estado.

A definição de Temer, se levada adiante pelo presidente, prejudica principalmente aqueles ministros que não possuem mandatos, entre eles, Gilberto Kassab (Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações) e Marcos Pereira (Indústria, Comércio Exterior e Serviços). Sem os cargos no primeiro escalão do governo, ficarão sem foro privilegiado por pelo menos um ano e, portanto, voltarão a serem julgados pela primeira instância.

De acordo com o parlamentar paraibano, o DEM defende que o ministro da Educação, Mendonça Filho, continue no cargo até o início de abril do próximo ano, prazo limite exigido pela legislação eleitoral para que ministros que disputarão o pleito de outubro se desincompatibilizem dos cargos. Deputado federal licenciado por Pernambuco, Mendonça deve tentar reeleição ou o governo de Pernambuco.

Estadão