Buba Germano faz críticas ao governo federal por não dispor de regras para os investimentos

Por - em 11 anos atrás 560

 

Dentre os Estados nordestinos, a Paraíba tem o segundo menor investimento em obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2). De acordo com o 8º balanço do programa, o total de investimentos no Estado, no período 2011/2013, atingiu R$ 6,4 bilhões, ganhando apenas do Piauí, que computou R$ 6,2 bilhões. Na região, o maior volume de investimentos ficou com o Estado de Pernambuco, com R$ 63,5 bilhões. Em seguida vem a Bahia, com R$ 46,2 bilhões e depois o Ceará, com R$ 21,3 bilhões.

O Rio Grande do Norte ficou com R$ 20,8 bilhões, o Maranhão com R$ 15,1 bilhões, Sergipe, R$ 9,2 bilhões e Alagoas, R$ 8,2 bilhões.

Na Paraíba, existem 1.548 ações previstas no PAC 2, sendo que apenas 217 (14%) foram concluídas. Já as obras em andamento, no total de 531, correspondem a 34,3%. Em todo o país, o PAC 2 já concluiu 69% do previsto. Esse resultado é 25,6% superior em relação ao último balanço, quando o volume de ações concluídas era de R$ 388,7 bilhões. “Com os investimentos, o Brasil se torna um dos países com o maior volume de grandes obras em andamento”, diz o relatório.

O Ministério do Planejamento informou que o valor dos investimentos depende da necessidade de cada Estado. A Secretaria do PAC na Paraíba, no entanto, destacou que os investimentos aumentaram no governo de Ricardo Coutinho. No governo passado, através do PAC 1, a Paraíba recebeu R$ 250 milhões, enquanto que no PAC 2, na administração do socialista, os investimentos já passam dos R$ 6 bilhões. Para o presidente da Federação das Associações de Municípios da Paraíba (Famup), Buba Germano, o fato de a Paraíba não receber mais recursos é consequência da falta de união da classe política. “Infelizmente essa é a realidade”, afirmou ele ao lembrar que nos outros Estados as querelas políticas são deixadas de lado na hora de trazer benefícios para o Estado.

Buba criticou ainda o governo federal por não dispor de regras para os investimentos. “Existe uma política equivocada de desenvolvimento regional”.

As 1.548 ações previstas para a Paraíba estão distribuídas nos seguintes eixos: Água e Luz para Todos (196), Transportes (21), Energia (15), Comunidade Cidadã (734), Minha Casa, Minha Vida (158) e Cidade Melhor (424). O programa que mais liberou recursos para o Estado nos últimos 2 anos foi o Minha Casa, Minha Vida, no total de R$ 3,046 bilhões.

Um dos eixos com maior volume de obras é o Comunidade Cidadã, que prevê ações de ampliação na cobertura de serviços comunitários nas áreas de saúde, educação e cultura. Fazem parte desse eixo as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), as Unidades Básicas de Saúde (UBS), Creches e Pré-Escolas, Quadras Esportivas nas Escolas e Praças dos Esportes e da Cultura. São 478 empreendimentos de Unidades Básicas de Saúde nos mais diversos municípios do Estado.

As Unidades Básicas de Saúde (UBS) fazem parte da Política Nacional de Urgência e Emergência, lançada pelo Ministério da Saúde em 2003, estruturando e organizando a rede de urgência e emergência no país, para integrar a atenção às urgências. A atenção primária é constituída pelas Unidades Básicas de Saúde (UBS) e Equipes de Saúde da Família, enquanto o nível intermediário de atenção fica a encargo do Samu 192 (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), das Unidades de Pronto Atendimento (UPA), e o atendimento de média e alta complexidade é feito nos hospitais.

Ainda de acordo com o levantamento do PAC 2, existem 35 ações na área de Recursos Hídricos. São obras de abastecimento de água, irrigação, estudos, projetos e revitalização para ampliar a infraestrutura de abastecimento de água, garantindo o acesso à água e o desenvolvimento sustentável no Nordeste Setentrional. Dentre as obras em andamento estão a Vertente Litorânea, a adutora Aroeiras, a Barragem Pitombeiras e o Projeto de Integração do Rio São Francisco com as Bacias do Nordeste Setentrional – Eixo Leste – PB/PE.

Lenilson Guedes

    Sem tags.