Delator revela como era o esquema de recebimento de propina da Educação
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Um novo trecho de delação premiada revela o papel de Maria Laura Caldas de Almeida Carneiro na organização criminosa denunciada pelo Ministério Público da Paraíba (MPPB), no âmbito da Operação Calvário.
No acordo de colaboração, o ex-assessor Leandro Nunes [foto], da então secretária de Administração Livânia Farias, afirmou que Maria Laura Caldas era a pessoa responsável por receber o pagamento de propina vinculada a contratos da área da Educação.
– Livânia era quem dividia. A gente não recebia junto. Cada um ficava com uma parte. Por exemplo: da Cruz Vermelha, quem recebia era eu, ela não recebia. Mas outras demandas, de outros contratos, ela recebia, que eram mais da Secretaria de Educação – disse.
A denúncia do MPPB aponta a ligação de Maria Laura Caldas com Livânia Farias.
No documento, a servidora da Procuradoria Geral do Estado (PGE) é descrita ainda como responsável pelo recolhimento de propina junto a Ivan Burity, ex-secretário executivo de Turismo.
Maria Laura era servidora da PGE quando teve a prisão decretada, em abril do ano passado, durante a quarta etapa da Operação Calvário.
Na ocasião, a servidora foi encaminhada para o Presídio Feminino Júlia Maranhão, em João Pessoa.
No depoimento, Leandro Nunes disse ainda que ela recebia valores entre R$ 300 mil e R$ 600 mil e que guardava o dinheiro dentro de um cofre em casa, mas que depois passou a guardar a propina dentro do guarda-roupa.
O áudio foi transmitido nesta quarta-feira (22) por uma emissora de rádio de João Pessoa.
A Operação Calvário foi desencadeada em dezembro de 2018. A investigação apura uma organização criminosa acusada de desviar recursos públicos nas áreas da Saúde e da Educação.
Redação