Lei contra ‘Escola Sem Partido’ causa polêmica entre deputados: ‘não pode ter pressa’
Por - em 6 anos atrás 548
O projeto de lei encaminhada pelo governador Ricardo Coutinho (PSB) à Assembleia Legislativa da Paraíba que visa combater o programa Escola Sem Partido, movimento político que afirma representar pais e estudantes contrários ao que chamam de “doutrinação ideológica” nas instituições de ensino, causou grande polêmica na Casa nesta terça-feira (27).
A deputada oposicionista Camila Toscano (PSDB) afirmou que tem sido frequente a chegada de projetos com urgência. A tucana afirmou ser necessário haver mais conversas e debates para que os parlamentares possam conhecer a fundo o que pretendem as proposituras e sugeriu que seja realizada uma audiência pública sobre o tema.
“O governo quer aprovar a toque de caixa, mas nós entendemos que não pode ser assim. Já votamos em projetos em que os deputados não sabia nem o que eram. Falo em nome da oposição e o líder, Gervásio Maia (PSB) vem dizer que temos um prazo curto porque o ano está acabando, mas temos que dar um freio na forma de agir do governo porque é um assunto polêmico”, disse.
Frei Anastácio (PT) rebateu Camila e lembrou do reajuste concedido aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) que, em uma reação em cadeia, resultará em um aumento no salário dos parlamentares.
“Não é necessário haver audiência pública, é uma questão política e, se houver audiência, vou trazer trabalhadores para a Casa. Eu quero votar. Nem toda as legislaturas passaram pela sociedade paraibana. O aumento de salário dos ministros, por exemplo, ninguém quer trazer para o debate porque os grandes se favorecem com isso”, arrematou.
Yves Feitosa/Fernando Braz