Mesmo sem Bolsonaro Atos pelo Brasil reúnem multidões pelo impeachment de Moraes

Por Por Aline Rechmann/Gazeta do Povo - em 12 minutos atrás 1

Dezenas de milhares de manifestantes saíram às ruas neste domingo (3) para dar apoio ao impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e para pedir a queda do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não pôde participar dos atos porque está cumprindo medidas cautelares impostas por Moraes. Lideranças de oposição comemoraram o grande comparecimento de público aos atos.Atos fora Moraes e Lula

“Todos os eventos estão bombando, Brasília, Bahia, Belo Horizonte. Todos os estados brasileiros. Jamais esperei que hoje tivéssemos tanta gente para nos prestigiar”, afirmou presidente do PL, Valdemar da Costa Neto em discurso para uma multidão na Avenida Paulista, em São Paulo.

“Eu participo das manifestações desde a primeira. Eu nunca vi a Paulista tão lotada quanto está hoje”, disse em discurso o deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), líder do PL na Câmara. “Alexandre de Moraes você vai pagar essa conta aqui na terra e vai pagar lá na eternidade com Deus”, afirmou.

Ele também deixou um recado aos Partidos Progressistas, União Brasil, PSD e Podemos. “Eu sei que nesses partidos tem muitos patriotas. Tá na hora de largar a canoa furada do ‘descondenado’ e vir para a oposição de vez. A esses partidos eu digo: não adianta largar a canoa furada em março do ano que vem. É agora, é em agosto. Abandonem o desgoverno e vamos fazer oposição para mudar o Brasil em 2026″, disse o líder.

O ato em São Paulo do movimento “Reaja Brasil” foi organizado pelo pastor Silas Malafaia. Cartazes e placas criticavam os ministros do STF e o presidente da Câmara Hugo Motta (Republicanos-PB) e os classificavam como “Inimigos da Nação”. As mensagens também pressionavam pela anistia aos presos do 8 de janeiro de 2023.

Em seu discurso, o deputado Paulo Bilynskyj (PL-SP) se dirigiu ao público perguntando qual a semelhança entre Moraes e o Primeiro Comando da Capital (PCC). “Ambos são sancionados pelos Estados Unidos, pela Lei Magnitsky”, disse. O deputado também pediu por anistia para os condenados pelos atos de 8 de janeiro.

Michelle BolsonaroMoraes foi criticado por diversos oradores por ter feito um ato obsceno ao comparecer em um jogo de futebol no estádio do Corinthians nesta semana. A ofensa foi captada por um fotógrao do jornal Estado de S.Paulo e não ficou claro se era direcionada a torcedores. Em São Paulo, a multidão ecoou o brado “Fora Xandão!” e “Lula ladrão, seu lugar é na prisão!”.

As maiores concentrações de pessoas ocorreram em São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Brasília, Goiânia (GO), Belém (PA) e Salvador (BA). Organizadores confirmaram a realização de 30 atos.

O ex-presidente Jair Bolsonaro agradeceu a presença de manifestantes no Rio de Janeiro e Belo Horizonte, por meio de chamadas por telefone celular, mas não discursou. O deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) participou brevemente dos atos em São Paulo e em Belo Horizonte (MG) por meio de uma ligação de vídeo e áudio.

O deputado estadual por São Paulo, Lucas Bove (PL) lembrou e lamentou o falecimento do jornalista J.R. Guzzo.

O ato na Avenida Paulista marcou a convocação para novas manifestações. O deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) e o pastor Silas Malafaia anunciaram, sem dar maiores detalhes, que a próxima manifestação será no 7 de setembro. “Avisa lá que aqui não acabou. A próxima vai ser no dia da independência. Um grito à liberdade. Brasil nas ruas e o povo no poder”, disse Nikolas em seu discurso.

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