
Sem Lula, sindicatos realizam ato de 1º de Maio em São Paulo com sorteio de carros e público reduzido
Por Por Carolina Ferreira/Estadão/Saulo Pereira GuimarãesDo UOL/São Paulo - em 1 minuto atrás 1
Com ausência do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), centrais sindicais realizam ato em comemoração ao Dia do Trabalhador neste momento na Praça Campo de Bagatelle, em frente ao Aeroporto Campo de Marte nesta quinta-feira (1º), na zona norte da cidade de São Paulo. Representando o governo federal, comparece ao evento o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, que chegou por volta das 11h30.
O ato de 1º de Maio organizado nesta quinta (1º de Maio) pelas centrais sindicais na zona norte de São Paulo reuniu um público abaixo do esperado apesar do sorteio de dez carros.
O que aconteceu
Organizadores estimam comparecimento de “milhares de pessoas” ao evento. De acordo com eles, não é possível cravar o número exato de trabalhadores presentes. Do palco, era possível ver áreas não-ocupadas mais ao fundo do gramado do Campo de Bagatelle, na zona norte, onde o ato aconteceu. Edições anteriores já chegaram a reunir 900 mil pessoas.
Liderança estima público maior do que no ano passado, mas inferior ao verificado antes da pandemia. Segundo Ricardo Patah, presidente da UGT (União Geral dos Trabalhado. a situação era esperada e há um trabalho em curso por parte das centrais para recuperar o apelo anterior. Em 2024, o ato realizado em Itaquera, na zona leste com a presença do presidente Lula (PT) atraiu cerca de 2.000 pessoas e foi considerado um fiasco.
A organização do evento é da Força Sindical, CSB (Central dos Sindicatos Brasileiros), CTB (Central dos Trabalhadores(as) do Brasil), UGT (União Geral dos Trabalhadores) e Nova Central Sindical de Trabalhadores e Pública – Central do Servidor. A CUT participa como convidada, tanto na capital paulista quanto em ato no município de São Bernardo.
As principais reivindicações do ato são redução da jornada sem redução salarial, menos juros, mais empregos, igualdade salarial entre homens e mulheres, aposentadoria digna (ROBERTO SUNGI/ATO PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO)
Todos os presidentes de centrais sindicais que subiram ao palco até o momento, como Sérgio Nobre, o Miguel Torres, Antônio Neto têm defendido a atenção em torno das pautas que tramitam no Congresso Nacional. Sobretudo, a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 8/25 que propõe a redução da jornada de trabalho, de modo a acabar com a escala 6×1. O tema da isenção do Imposto de Renda para Pessoa Física (IRPF) para quem ganha até R$ 5 mil também foi mencionado.
Na noite de ontem, o presidente Lula falou sobre a jornada de trabalho atual durante o pronunciamento oficial pelo Dia do Trabalhador. A declaração foi uma prévia do tom do evento de hoje. “Está na hora do Brasil dar esse passo, ouvindo todos os setores da sociedade, para permitir um equilíbrio entre a vida profissional e o bem-estar de trabalhadores e trabalhadoras”, disse. Apesar da grande quantidade de espaços vazios, há vários shows previstos. Entre os artistas convidados estão o Grupo Pixote, Sampa Crew e Nando Moreno.