Venda de cachaça aumenta com pior expectativa econômica, diz estudo

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cachaça jpeNesse período, o estudo mostrou que as vendas de cachaça chegaram ao seu maior nível, no mesmo período em que o índice acumulava queda de 11,8% em relação ao mesmo mês do ano anterior.

Por nota, o diretor do Ibope DTM comparou o resultado ao “Índice do Batom”, que aconteceu na recessão nos Estados Unidos, no início dos anos 2000. “Ele percebeu que as vendas de batom dispararam, pois em tempos de incerteza financeira, em vez das consumidoras comprarem um artigo de luxo de maior custo que lhes proporcionasse uma sensação de bem estar, optaram por produtos mais baratos, como os cosméticos”, comentou.

A análise do Ibope DTM revela ainda que bebidas alcóolicas, junto com frutas, legumes e verduras, foram os únicos, dentre sete categorias de produtos vendidos em mercado, que tiveram aumento no desembolso do brasileiro na comparação de 2015 com o ano anterior.

Enquanto a quantidade de itens comprados caiu 4,6%, o valor médio gasto com alcoólicos subiu 1,1% e a ida ao mercado para comprá-los aumentou 4,4%.

Classe alta era a mais pessimista
O Índice da Cachaça, como foi batizado pelo PeopleScope, dividiu a população brasileira em 13 macrosegmentos e 42 segmentos para concluir que, quanto mais pessimista é um grupo social, maior a propensão de sair para beber ou ir a bares e restaurantes.

Essa tendência ficou mais evidente entre as classes mais altas, especialmente na categoria “elite metropolitana”, composta por domicílios com uma das maiores rendas médias e famílias pequenas que residem em apartamentos localizados em bairros nobres, diz o estudo.

Outro grupo propenso a frequentar a bares ou sair para beber – e com a segunda pior expectativa em relação à economia – é o que “vive em mansões”, segmento com a maior quantidade de leitores de jornais dominicais e maior proporção de domicílios com empregadas domésticas.

Entre a população conhecida como “legado estabelecido”, com alta proporção de idosos que vivem em apartamentos com um ou dois moradores em bairros nobres de grandes metrópoles, está a segunda confiança mais baixa nas questões econômicas e a maior propensão a sair para beber ou ir a bares e restaurantes.

Redação