Governo admite privatizar PBGás, mas diz que assunto não está em pauta

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pb gasO jornal O Globo trouxe hoje como manchete a venda de distribuidoras estaduais de gás natural que seria o novo alvo do programa de desestatização do BNDES. De acordo com a publicação, o BNDES já contaria com o aval de sete dos 22 estados com estatais do setor: Pernambuco, Espírito Santo, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul, Paraíba e Rio Grande do Norte. O banco prepara a contratação de estudos técnicos para definir o modelo de privatização das empresas, e os leilões poderão ocorrer no terceiro trimestre de 2018. Para especialistas, a entrada de investidores privados pode ajudar a massificar o consumo de gás, disponível hoje em apenas 440 dos 5.570 municípios brasileiros. 

O jornalista Luís Tôrres, secretário de Comunicação Institucional do Governo da Paraíba, disse que o assunto não está em pauta na gestão estadual, mas também não está fora de cogitação: “Diferentemente da água, o governo compreende que alguns outros serviços podem supor discussão sobre privatização, como a PBGas, que ja possui participação privada. Porém, não há, por ora, nada decidido e definido sobre o tema referente à PBgás”.
 
A reportagem de O Globo, ainda na manhã de hoje, retirou a menção à Paraíba como um dos estados que teriam dado o aval para a privatização.
 
Hoje, com exceção de duas distribuidoras no Rio (Ceg e Ceg-Rio) e duas em São Paulo (Comgás e Gas Natural Fenosa), as demais 22 distribuidoras no país têm controle estatal. Na maior parte delas, os governos estaduais detém 51% das ações com direito a voto. O restante ou está nas mãos da Gaspetro (sociedade entre Petrobras e a japonesa Mitsui) ou está dividido entre ela e sócios minoritários privados. A própria Mitsui, além da participação via Gaspetro, está presente diretamente em algumas distribuidoras.
 
Na Paraíba, são 14 municípios atendidos pelo gás natural. O Governo tem 51% das ações da PBGás, enquanto a Gaspetro e a Mitsui respondem pelo restante (24,5% cada uma).
Redação