Após atirar em toda a família em Patos, adolescente ainda explicou ao pai, caído no chão, o motivo do atentado: “me pressionando por causa de nota”

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O menino de 13 anos disse ao pai que estava se sentindo pressionado por causa das notas baixas e que os pais não o deixavam fazer quase nada. As declarações foram dadas em depoimento.

Após atirar em toda a família em Patos, no Sertão paraibano, o adolescente ainda explicou ao pai, o sargento Benedito, que estava caído no chão, o motivo do atentado. O menino de 13 anos disse ao pai que estava se sentindo pressionado por causa das notas baixas e que os pais não o deixavam fazer quase nada. As declarações foram dadas em depoimento à Polícia Civil.

No último sábado (19), o adolescente atirou e matou a mãe, o irmão e deixou o pai ferido. O policial militar reformado está internado no Hospital de Trauma de Campina Grande desde o sábado com quadro estável, consciente, orientado e com lesão na medula, causada pela bala.

O depoimento do filho que matou mãe e irmão e deixou pai ferido foi revelado hoje. O delegado perguntou ao menino: “o que teu pai tava falando? E então o menor respondeu: “antes de eu dar um tiro ele falou: ‘solte essa arma’, e tal, ‘jogue essa arma no mato’. Aí depois que eu dei um tiro que ele tava lá, aí ele falou. Ele perguntou porque que eu fiz isso. Aí eu respondi. Por causa que eles viviam me pressionando por causa de nota. Porque eles não me deixavam praticar as outras atividades, não deixavam eu fazer quase nada e eu me sentia pressionado com isso. (sic)”.

O delegado perguntou se os pais batiam nele. “Sim. Às vezes sim. Quando eu tirava nota baixa já era motivo de eu apanhar ou ficar muito tempo [sem celular]… Já cheguei a ficar semana… muitas vezes só no sábado pra eu me comunicar com meus amigos.”

O adolescente revelou que foi colocado de castigo nos últimos dias. “Eu tava sendo muito ameaçado com isso. Já tinham tirado o meu celular várias e várias vezes.” E contou que ficou, mais uma vez, sem o celular dele “quando meu pai tinha saído para comprar remédio.”

“Hoje. Ele tirou seu celular hoje?”, questionou o delegado. “Sim”, respondeu o menino. Questionado por que tinha dito que entregou o celular ao irmão, o rapaz explicou que deu ao irmão o celular da mãe deles. “O seu tá onde, o seu celular?”, perguntou o delegado. “Tava no bolso da calça do meu pai, eu acho”, respondeu o adolescente.

Por Lucas Isídio | ClickPB

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