Chefe da Guarda Municipal de Taperoá é preso acusado de pistolagem

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Expedito Calixto dos Santos, chefe da Guarda Municipal de Taperoá, no Cariri paraibano, está entre os presos da Operação Justiça Sangrenta, deflagrada na manhã desta segunda-feira (8) pela Polícia Civil (PC).

De acordo com a delegada da 23ª Delegacia Seccional de Juazeirinho, Mairam Moura, Expedito seria um dos pistoleiros acusados de assassinar a tiros os tratoristas, Jodeildo João de Souza, 56 anos e Francinaldo Gomes (Naldinho), na zona rural de Cubati, no Seridó paraibano, crimes ocorridos na tarde do dia 18 de abril.

O outro suposto pistoleiro preso, também de Taperoá, é José Maurício Alves Melquíades.

Ambos foram presos temporariamente por 30 dias, por determinação do juízo da Comarca de Soledade.

A delegada concedeu entrevista coletiva na Central de Polícia, em Campina Grande, no final da manhã desta segunda-feira, oportunidade em que deu detalhes da Operação, que ainda prendeu, Israel dos santos Dantas, conhecido como Rará, e seu irmão, Edson do Tomate, suspeito de ser o mandante dos assassinatos, além de Batista do caminhão pipa, de Cubati.

Onze mandados de busca e apreensão também foram cumpridos.

As vestimentas que Expedito usava no dia do crime, também foram alvo de apreensão em sua casa e, com Maurício, foi presa uma arma de fogo irregular, que será periciada para saber se foi uma das usadas no crime.

Também foram apreendidas duas caminhonetes, uma branca e outra vermelha.

As investigações apontam que Expedito e Maurício, chegaram ao local dos crimes caminhando e mataram os dois tratoristas que estavam cortando terra.

O alvo era Naldinho, que tempos atrás havia ingressado com uma ação trabalhista contra Edson do Tomate e ganhado uma indenização de R$ 40 mil e feito um acordo para receber cerca de R$ 20 mil.

Porem Jodeildo, que não tinha nada a ver com o peixe, foi atingido e morreu.

Outros dois que estavam no local, o tratorista conhecido como Cabeçudo e o secretário de agricultura de Cubati, estavam no local, mas fugiram e não foram atingidos pelos disparos.

Dra Mairan disse que, após cometerem os assassinatos, Expedito e Maurício, fugiram e embarcaram numa das caminhotes, que era dirigida por Edson do Tomate e estava a espera deles.

Em seguida, fugiu com destino a uma das fazendas do empresário, no município de Assunção, provavelmente para ir deixar os supostos pistoleiros em Taperoá.

Na fazenda, foram apreendidas duas espingardas e munição.

A camisa de cor azul que supostamente teria sido usada por Edson do Tomate no dia dos crimes e um aparelho onde ficam armazenadas imagens das câmeras de segurança de sua casa, em Soledade, também estão entre os objetivos apreendidos.

A delegada disse que as investigações continuam e, que, na verdade, trata-se de uma organização criminosa.

Ela disse que na continuação das investigações, é possível que as prisões temporárias possam se transformar em preventiva.

Durante os depoimentos, os presos exerceram o direito constitucional de manter-se em silêncio.

Heleno Lima

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