Dupla é presa por aplicar golpe em compra de empresa e causar prejuízos de R$ 200 mil
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Dois homens foram presos, na tarde deste sábado (8), suspeitos de participarem de esquema criminoso responsável por causar prejuízos superiores a R$ 200 mil no setor comercial, em João Pessoa. Segundo o delegado Lucas Sá, da Delegacia de Defraudações e Falsificações, a dupla usava cheques fraudulentos para realizar compras. Até a publicação desta matéria, outras duas pessoas suspeitas de atuação na atividade ilícita estavam foragidas.
De acordo com a Polícia Civil, a quadrilha foi identificada nessa sexta-feira (7), quando o proprietário de uma loja de materiais de construção situada no bairro de Mangabeira, Zona Sul da Capital, denunciou ter sido vítima de um golpe. Ele informou que colocou o estabelecimento à venda em um site de negociações por R$ 30 mil. A proposta era de que o comprador emitisse três cheques pré-datados, mas a vítima contou que foi convencida a entregar a administração da loja aos golpistas e só receber o montante após 45 dias.
Passado o prazo e diante da demora de receber o pagamento, a vítima resolveu comparecer pessoalmente à empresa para solucionar as pendências com os compradores. Porém, o proprietário encontrou o prédio fechado e não conseguiu mais contato com os golpistas. A suspeita de fraude foi confirmada pelo contador da loja de materiais de construção, que verificou existência de débitos superiores a R$ 53 mil em compras feitas com o CNPJ da empresa. A vítima também informou que foram roubados diversos objetos da loja, além de um talão de cheques em branco, que podem estar sendo repassados de forma ilegal.
Conforme o delegado Lucas Sá, a polícia identificou quatro suspeitos de integrar essa associação criminosa. O primeiro a ser preso, um jovem de 21 anos, confessou a participação no esquema. Ele foi preso em uma casa no bairro do Geisel e contou que já responde processos por estelionato. “Esse suspeito foi o responsável pela emissão dos cheques bancários utilizados na negociação inicial da empresa e em algumas negociações posteriores”, informou Lucas Sá.
Já o segundo preso, um homem de 28 anos, foi preso em uma casa no bairro do Bessa. De acordo com a Polícia Civil, ele foi o responsável por apresentar os pretensos compradores à vítima e também atuou como gerente da loja durante os dias em que os suspeitos comandaram a administração da empresa. Com ele, a polícia apreendeu um veículo Audi A4, com placas de Pernambuco e sem documentação.
Os outros dois suspeitos são pai e filho e não foram localizados nos endereços descobertos pela Delegacia de Defraudações e Falsificações. Eles são considerados foragidos.
Todos os envolvidos no esquema devem responder pelos crimes de estelionato e associação criminosa, cujas penas podem chegar a oito anos de reclusão.
Redação