
Em Campina Grande atendimentos a vítimas de acidentes de moto crescem mais de 30% no 1º semestre de 2025
Por Redação com G1PB - em 2 minutos atrás 1
Um relatório da Polícia Rodoviária Federal realizado em Campina Grande e região, em aproximadamente 500 quilômetros de rodovias, aponta que motociclistas são os mais afetados nos acidentes de trânsito.
“A gente verifica de forma clara que os motociclistas são os mais vulneráveis. Há uma desproporcionalidade muito grande entre sinistros (acidentes) que envolvem motocicletas e a gravidade das vítimas”, afirmou Fabiano Lacerda, da PRF.
O estudo mostra que cidades como Queimadas, Lagoa Seca e Alagoa Nova registraram 56% dos acidentes com motos. E as BRs 104 e 230 concentram o maior número de ocorrências. Entre 2006 e 2022, o número de motocicletas cresceu 9,9%, enquanto o de automóveis caiu mais de 11%.
E os números têm rostos. O jovem Samuel Catanam ainda se recupera de um acidente de moto sofrido junto com uma amiga, na zona rural de Sousa, Sertão da Paraíba. A condutora perdeu o controle da direção e bateu o veículo. Ele teve traumatismo craniano e ficou dias internado no Hospital de Trauma de Campina Grande.
A mãe dele, Francisca Catanam, lembra do momento em que os médicos não acreditavam na recuperação. “Ele olhou pra mim e disse ‘não tem jeito, o caso do seu filho’. E ali acabou meu mundo”.
Custos para o sistema de saúde
Além das vidas impactadas, os acidentes de moto também representam altos custos para o sistema público.
O diretor do Hospital de Trauma, Sebastião Viana, explica que uma diária em enfermaria custa cerca de R$ 700 e, em Unidade de Terapia Intensiva (UTI), o valor chega a R$ 1.900.
“Existem cirurgias ortopédicas desde a colocação de um simples pino, que varia a partir de R$ 800, mas também, se for uma fratura patológica, podemos chegar até R$ 60 mil”, disse.