Mandante de assassinato em Juru é condenado a mais de 23 anos de prisão
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O Conselho de Sentença da Comarca de Água Branca, Estado da Paraíba, condenou José Everaldo Leite da Silva, conhecido como “Zé Pomba”, a 23 anos e cinco meses de prisão por participar do homicídio de José Nildo Ricarte da Rocha como mandante da ação criminosa. Preso no Estado de São Paulo, o réu deverá cumprir a pena em regime inicial fechado e não poderá recorrer da sentença em liberdade. O julgamento começou por volta das 09h00 e terminou no início da noite da última quarta-feira, 13 de setembro.
De acordo com os autos, o crime ocorreu no dia 18 de setembro de 2021, na principal avenida da cidade de Juru, no Sertão da Paraíba. Para o Ministério Público da Comarca de Água Branca-PB, ficou constatado que Francisco Cristiano Barbosa, primo do réu, matou José Nildo com disparos de arma de fogo a mando do acusado José Everaldo. O crime ocorreu em frente a residência dos pais da vítima, que ainda chegou a ser socorrida mas veio a óbito no hospital da cidade.
Segundo a denúncia do Ministério Público, o homicídio foi qualificado pela torpeza e também pelo emprego de recurso que não oportunizou chance de defesa da vítima, pois o atirador aproveitou-se de um momento de distração para aproximar-se e efetuar os disparos.
Uma motocicleta Yamara, o capacete e as roupas usadas por Francisco Cristiano Barbosa no assassinato de José Nildo Ricarte, foram encontradas na residência dos pais do criminoso, em Manaíra-PB.
Em sede de diligência, o autor do homicídio, Francisco Cristiano Barbosa, foi localizado na residência de seus pais, em Manaíra-PB, e confessou o crime. No local, foram encontrados uma motocicleta, o capacete e roupas usadas quando da consumação do assassinato, fato atestado por câmeras de segurança.
A versão do acusado de ser um “assassino de aluguel” sobre a motivação do crime, foi que o intento se deu por uma dívida em razão de um plantio que a vítima possuia com o seu primo, José Everaldo, o “Zé Pomba”, e que ele, Cristiano, seria recompensado financeiramente pelo crime.
Julgado anteriormente pelo Conselho de Sentença da Comarca de Água Branca-PB, como autor da morte de José Nildo Eufrásio, o acusado também foi condenado a mais de 25 anos de prisão.
Durante os debates que antecederam a votação dos jurados na última quarta-feira, em discussão acalorada com o representante ministerial e seu assistente de acusação, o advogado de defesa de José Everaldo sustentou a tese de negativa de autoria intelectual, o que não foi aceito pelos integrantes do júri.
José Nildo Eufrásio da Rocha, vítima de assassinato ocorrido na cidade de Juru-PB, em 18 de setembro de 2021.
Em votação secreta, o Conselho de Sentença acatou a tese da acusação e não absolveu o réu, acolhendo as qualificadoras de motivo torpe e do recurso que dificultou a defesa da vítima. Assim, conforme decisão soberana dos jurados, o juiz presidente do júri condenou José Everaldo a 23 anos e 5 meses de reclusão, nas penas do art. 121, § 2º, I e IV, c.c. art. 29, ambos do Código Penal – CP, por ter sido o mesmo considerado o autor intelectual do crime.
Com Juru em Destaque