Em João Pessoa presidente da Câmara Dinho Dowsley é alvo de mandado da Polícia Federal

Por Por Redação, Joaquim Neto/ClickPB - em 1 mês atrás 8

A Polícia Federal deflagrou na manhã desta sexta-feira (18) uma nova operação contra aliciamento violento de eleitores em João Pessoa. Tal aliciamento ocorreria, segundo a PF, por meio de relação entre agentes públicos e pessoas ligadas a facções criminosas. Estão sendo cumpridos mandados contra ao menos sete investigados na capital paraibana. Segundo informações, um dos alvos dos mandados da operação ‘Livre Arbítrio’ é o vereador Dinho Dowsley (PSD).

A informação foi confirmada pela Polícia Federal. Dinho é vereador reeleito e presidente da Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP). Segundo informações obtidas pela reportagem, contra ele foram cumpridos três mandados de busca e apreensão.

Além dos mandados contra Dinho, foram cumpridos mandados contra Taciana Batista do Nascimento (responsável por uma Organização Não Governamental no bairro São José), Pollyanna Monteiro Dantas Dos Santos (segundo a PF, esposa de Kenny Rogeus, considerado líder de facção criminosa) e contra o conselheiro tutelar Josevaldo Gomes (da região praia). Estes, exceto o presidente da Câmara de João Pessoa, já tinham sido alvo da PF na operação ‘Território Livre’, que também investiga a influência do tráfico de drogas nas eleições.

Saiba mais sobre a Operação Livre Arbítrio

A operação é desenvolvida pela Polícia Federal em parceria com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO). A investigação aponta que, por meio de ameaças, controle de território e coação para o voto, os investigados teriam exercido influência no pleito eleitoral.

Os crimes investigados são: constituição de organização criminosa, uso de violência para coagir o voto, ameaça, lavagem de dinheiro e peculato, dentre outros.

“As diligências hoje realizadas visam obtenção de provas de materialidade e autoria que reforcem os elementos já colhidos durante a investigação policial, objetivando a responsabilização dos envolvidos pelos crimes eleitorais praticados”, informou a PF em nota à imprensa.

Investigados vão usar tornozeleira

A Polícia Federal informou à imprensa que entre as medidas cautelares impostas aos investigados na operação ‘Livre Arbítrio’, entre eles o vereador Dinho Dowsley, está o uso de tornozeleira eletrônica para monitoramento.

Sobre as operações contra aliciamento de eleitores

Como tem acompanhado o ClickPB, as operações contra aliciamento de eleitores têm como foco o pleito de 2024. A Polícia Federal investiga possíveis relações entre agentes públicos e o crime organizado, especificamente o tráfico de drogas.

Ao longo da operação ‘Território Livre’, por exemplo, figuras importantes da política paraibana foram alvos de mandados de busca, apreensão e até mesmo prisão, como a vereadora Raissa Lacerda (PSB) e a primeira-dama de João Pessoa, Lauremília Lucena.

Nota do vereador Dinho Dowsley

Em nota, o vereador Dowsley afirmou que apoia as investigações da Polícia Federal e que se colocou, desde o início à disposição para explicações. Veja íntegra da nota:

“Tenho sido alvo, nos últimos dias, de ilações maliciosas envolvendo meu nome com motivos meramente eleitoreiros. Tenho 20 anos de vida pública, com cinco mandatos dedicados à população de João Pessoa, sem nenhum processo, denúncia ou indiciamento. Sempre fui bem votado nos bairros da capital e tive meu trabalho referendado pela força da aprovação popular.

No que se refere à atuação da Polícia Federal, relacionada à operação Território Livre, deixo claro que apoio à investigação e esclareço que me coloquei desde o início à disposição para explicações sobre eventuais citações levianas ao meu nome. Confio na Justiça dos homens e de Deus e estou certo de que ficará patente a minha inocência, já que não há qualquer envolvimento meu nos fatos investigados.

Vereador Dinho Dowsley”

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