Moraes diz que Eduardo intensificou ‘condutas ilícitas’, e STF fecha cerco contra asilo político de Bolsonaro

Por Por Sarah Américo - em 8 minutos atrás 1

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, disse, neste sábado (19) que o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro “intensificou as condutas ilícitas” por meio de postagens e ataques à Corte nas redes sociais. “Após a adoção de medidas investigativas de busca e apreensão domiciliar e pessoal, bem como e imposição de medidas cautelares em face de Jair Messias Bolsonaro, o investigado Eduardo Nantes Bolsonaro intensificou as condutas ilícitas objeto desta investigação, por meio de diversas postagens e ataques ao STF nas redes sociais”, disse Moraes no despacho, disponibilizado um dia depois de ter o visto de entrada nos EUA revogado pelo governo de Donald Trump.

“Diante do exposto, determino a juntada aos autos das postagens e entrevistas realizadas pelo investigado nos links acima referidos”, disse. As publicações do deputado licenciado, foram feitas após as medidas cautelares impostas por Moraes ao seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro, sendo uma delas o uso de tornozeleira eletrônica, por “atentado à soberania”, e a proibição de se aproximar de embaixadas e consulados ou manter contatos com embaixadores e quaisquer autoridades estrangeiras. A decisão fechou cerco contra o Bolsonaro e impossibilitou a possibilidade do ex-mandatário de tentar escapar de possível prisão pelo julgamento de golpe de Estado ao tentar um asilo político.

As medidas vêm em um momento de aproximação do deputado licenciado com os Estados Unidos. Na semana passada, o governo americano impôs tarifas de 50% sobre as importações brasileiras a partir de 1º de agosto. Na sexta-feira (18), após a decisão de Moraes contra Bolsonaro, o governo de Donald Trump revogou o visto do ministro do STF, de seus familiares e de “aliados no tribunal”. Segundo o secretário de Estado do governo Trump, Marco Rubio, a revogação foi motivada por supostos abusos de autoridade. Em publicação na rede social X, o secretário alegou que o ministro conduz uma “caça às bruxas política” contra Bolsonaro, violando direitos básicos e promovendo censura que, segundo ele, “alcança até os americanos”.

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