
Nikolas Ferreira questiona vazamentos da PF e desafia: ‘Queria ver conversa do Lula com ministros’
Por Redação com JPan - em 9 segundos atrás 1
Em meio à repercussão do indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e de seu filho, o deputado Eduardo Bolsonaro, pela Polícia Federal (PF), o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) questionou a seletividade e o momento dos vazamentos da investigação. Durante entrevista ao programa Pânico, Nikolas sugeriu que a divulgação das conversas é uma manobra política e lançou um desafio: “Eu queria ver o que sairia do conteúdo de um vazamento de uma conversa do Lula com seus ministros”.
A declaração do deputado foi uma resposta direta ao relatório da PF, que revelou mensagens e áudios recuperados dos celulares de Bolsonaro em conversas com o filho Eduardo e com o pastor Silas Malafaia. Para Ferreira, a divulgação desses dados serve como uma “cortina de fumaça” para desviar o foco de derrotas políticas do governo. “Logo no dia que eles sofreram uma derrota gigantesca na CPMI do INSS, em que a gente tomou a presidência e a relatoria”, contextualizou, insinuando que o vazamento foi estratégico.
O indiciamento da Polícia Federal, entregue ao Supremo Tribunal Federal (STF), acusa pai e filho de obstrução de Justiça na investigação sobre uma suposta trama golpista. O relatório detalha que, mesmo sob medida cautelar que o proibia, o ex-presidente continuou a produzir e propagar mensagens em redes sociais com a ajuda de aliados, como o pastor Silas Malafaia.
A PF recuperou dados que mostram Malafaia pedindo a Bolsonaro para “disparar” vídeos, além de identificar o uso de contas bancárias das esposas para movimentar recursos. O documento também aponta que o ex-ministro Walter Braga Netto violou uma medida cautelar ao contatar Bolsonaro um dia após a proibição ter sido determinada pelo ministro Alexandre de Moraes. Durante a entrevista, Nikolas Ferreira minimizou o teor das conversas vazadas, classificando os atritos entre os envolvidos como “relacionamento familiar” e um sinal de que “cada um tem independência”. “É ele com o pai dele. Eu não estou na posição de ser analista de conversa privada dos outros”, afirmou.
O deputado insistiu na tese de seletividade, questionando por que apenas um lado do espectro político tem suas informações expostas. “Por que isso foi vazado? Porque é engraçado, né? Não se vaza material de filmagens de corruptos”, disse, cobrando a mesma transparência em investigações que envolvem o governo atual e o Judiciário. “Quem que deixou isso vazar? Quem está tomando conta do inquérito é o responsável, que é o ministro Alexandre de Moraes”, completou.
Olhando para o futuro, Ferreira reforçou a convocação para as manifestações de 7 de Setembro, que, segundo ele, servirão para mostrar a força da direita. O parlamentar admitiu que a oposição é minoria no Congresso e, por isso, precisa de articulação para avançar pautas importantes, mas reafirmou seu compromisso com o campo conservador. “A gente tem que trabalhar com as cartas que tem na mesa”, concluiu.
Veja a entrevista do Nikolas Ferreira;