Governo do ES e PMs fecham acordo e paralisação termina; policiais voltam ao trabalho neste sábado
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Representantes dos policiais militares e do Governo do Estado chegaram a um acordo, na noite desta sexta-feira (10) em uma reunião sem a participação das mulheres dos PMs que ocuparam a frente dos batalhões no estado. O anuncio aconteceu no Palácio da Fonte Grande, no Centro de Vitória. Mulheres não participaram de reunião e dizem que não foram comunicadas.
O secretário de Estado de Direitos Humanos, Julio Pompeu, pediu a volta dos PMs. “Eu faço apelo para que os policiais voltem às suas atividades. O povo capixaba está cansado de ter medo. Chega. Chega”.
A reunião aconteceu nesta sexta-feira, sem a presença das mulheres que fazem o protesto na frente dos batalhões. A negociação terminou sem reajuste salarial para a categoria, mas ficou acertado que o Governo vai desistir das ações judiciais contra as associações, e formar uma comissão para regulamentar carga horária dos policiais.
O Espírito Santo ficou sem policiamento porque protestos de familiares impediram a saída de policiais militares dos Batalhões e Quartéis do Estado. A onda de violência causada pela falta de polícia nas ruas durou sete dias e registrou 127 homicídios, segundo o Sindicato dos Policiais Civis do Espírito Santo (Sindipol).
Participaram da mesa de negociação:
Governo
Eugênio Riccas – Secretário de Controle e Transparência
Julio Pompeu – Secretário de Direitos Humanos
José Carlos da Fonseca Júnior – Casa Civil
Paulo Roberto Ferreira – Secretário da Fazenda
Representantes das Associações
Rogério Fernandes Lima- Major da Polícia Militar, presidente da Assomes
Paulo Araújo de Oliveira – Capitão da Polícia Militar – Asses
Renato Martins Conceição – Sargento da Polícia Militar – ACS
Sérgio de Assis Lopes – Sargento dos Bombeiros Militares – ABMES
Mulheres
A mulheres de PMs dizem que o movimento é delas e que não foram comunicadas do acordo. Uma das manifestantes que ocupam a porta do Batalhão de Missões Especiais (BME), em Vitória, conversou com o G1 e negou que o ato tenha se encerrado após a reunião entre associações e Governo. Ela preferiu não se identificar na reportagem.
“Eles não podem fechar um acordo sendo que o movimento é das mulheres. Não tinha nenhuma de nós lá. A reunião tem que ser passada por nós da comissão. O movimento continua, agora é que começam as negociações, porque conseguimos mobilizar representantes do Governo Federal”, disse, referindo-se à vinda do ministro da Defesa, Raul Jungmann, para o estado neste sábado (11).