Jornais do Brasil Nessa Quarta Feira 06 de Janeiro
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06 de janeiro de 2016
O Globo
Manchete: Acordo entre prefeitura e estado não resolve crise
Pezão passa dois hospitais, mas fica com UPAs, que pesam no orçamento
Município assume Albert Schweitzer e Rocha Faria, ambos na Zona Oeste e que têm despesas de R$ 500 milhões anuais. Mas unidades de atenção básica, responsabilizadas pelo inchaço da rede, ainda são desafio este ano
A prefeitura fechou acordo para assumir os hospitais Albert Schweitzer, em Realengo, e Rocha Faria, em Campo Grande, hoje da rede estadual. Com isso, o governador Pezão se livrará de despesas de R$ 500 milhões anuais. Mas o estado não conseguiu negociar a transferência das UPAs, que custaram R$ 740 milhões em 2015 e inflaram as contas do setor. Os gastos extras terão impacto sobre a rede da prefeitura, que também tem falhas. Ontem, a espera por um médico no Souza Aguiar, principal emergência do Rio, chegava a 18 horas. (Pág. 8 e 9)
Enquanto isso…
Publicidade terá R$ 120 milhões (Pág. 9)
Elio Gaspari
Teleférico expõe as conexões da elite. (Pág. 12)
Oposição assume e tenta encurralar Maduro
Dominada pela primeira vez em 17 anos pela oposição ao chavismo, a Assembleia Nacional (AN) eleita em dezembro tomou posse ontem na Venezuela com a promessa do novo líder da Casa, Henry Ramos Allup, de buscar em seis meses uma solução constitucional para tirar o presidente Nicolás Maduro do poder. Três deputados oposicionistas não tomaram posse por ordem da Justiça, a pedido dos chavistas. O novo presidente da Assembleia disse que Maduro não governará mais por decreto. (Pág. 21, Merval Pereira e Míriam Leitão)
PF pediu verba a Moro para Lava-Jato
O juiz Sérgio Moro autorizou a liberação de R$ 172 mil, ano passado, para a PF do Paraná pagar contas de luz e de manutenção de carros usados na Lava-Jato. A verba fora recuperada em outra investigação. O Ministério da Justiça afirmou, porém, que não faltaram recursos para a operação. (Pág. 3)
Hora de reforma trabalhista
Sem folga de caixa para dar incentivos ao setor produtivo, o governo estuda reforma trabalhista para ampliar negociações entre patrões e empregados, reduzir custos e estimular a retomada de investimentos, informa MARTHA BECK. (Pág. 15)
Sob crítica, MEC mudará currículo
O MEC vai mudar o novo currículo nacional da educação básica após sugestões de consulta pública. As propostas para mudança de conteúdo em História foram alvo de críticas de especialistas, que veem nelas viés ideológico. (Pág. 6)
Haddad cobra verbas de Dilma
O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, aposta do PT para a reeleição, foi a Brasília cobrar R$ 400 milhões do governo e pediu prioridade para São Paulo. “Este ano é o ano dos prefeitos”, disse ele. (Pág 5)
Mudanças em Vacinas
O Ministério da Saúde vai alterar as imunizações contra HPV, pólio, meningite e pneumonia. (Pág. 20)
Combate à sepse
Descoberta proteína com potencial de inibir síndrome que afeta 25% dos pacientes em UTIs. (Pág. 20)
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O Estado de S. Paulo
Manchete: Oposição assume Legislativo e já fala em saída de Maduro
Novo presidente da Assembleia Nacional da Venezuela diz que tentará pôr fim a governo chavista em seis meses
Acabou em confusão a primeira sessão da Assembleia Nacional da Venezuela controlada pela oposição desde a chegada do chavismo ao poder, em 1999. Deputados chavistas a abandonaram após discussão e empurra-empurra, sob alegação de desrespeito ao regimento. Os ânimos se exaltaram quando o líder do Primero Justicia, Julio Borges, tentou pôr na agenda a votação de anistia para presos políticos. O novo presidente do Legislativo, Henry Ramos Allup, declarou o fim das leis habilitantes, usadas pelo chavismo para governar por decreto, e disse que a oposição tentará abreviar o governo de Nicolás Maduro. “Em seis meses, se decidirá a saída constitucional, democrática, pacífica e eleitoral para o fim deste governo”, afirmou, referindo-se à possibilidade de convocar um referendo. (Internacional Págs. A7 e A8)
Brasil adota tom crítico e pede ‘respeito’ ao resultado da eleição
Numa mudança de tom em relação à Venezuela, o Itamaraty divulgou nota ontem cobrando do presidente Nicolás Maduro “pleno respeito” ao resultado da eleição parlamentar.“Não há lugar, na América do Sul do século 21,para soluções políticas fora da institucionalidade.” (PÁG. A8)
Após pressão, Cardozo garante verba à Lava Jato
O ministro José Eduardo Cardozo (Justiça) negou a possibilidade de que o corte de orçamento afete investigações da Polícia Federal (PF) na Operação Lava Jato, mas admitiu que buscará solução contra o contingenciamento previsto em R$ 133 milhões. Segundo ele, a PF tem sido “total prioridade” da pasta. “Esse é o compromisso que temos e todos conhecem. Jamais faltará verba para a Lava Jato ou qualquer outra operação ou projeto estratégico da PF.”Na semana passada, a Associação Nacional dos Delegados da PF afirmou que a redução de verba pode afetar, entre outros, gastos com diárias e passagens de policiais. (Política Pág.A4)
Delator cita ex-ministro
Carlos Alexandre de Souza Rocha afirmou em delação premiada ter ouvido do doleiro Alberto Youssef que parte do laboratório Labogen seria assumida por Alexandre Padilha, então ministro da Saúde, que nega a informação. (Pág. A4)
Haddad cobra R$ 400 milhões da União e mais investimentos
Em encontro com o ministro Jaques Wagner(Casa Civil),o prefeito Fernando Haddad (PT) cobrou do governo o reembolso de R$ 400 milhões que, segundo ele, foram investidos em obras do PAC. Haddad também pediu a construção de mais unidades do Minha Casa Minha Vida e prioridade à renegociação da dívida da cidade. Wagner teria evitado se comprometer com a liberação dos recursos. (Política Pág.A6)
Petrobrás quer só seis sondas da Sete Brasil
Criada para construir e fretar sondas e plataformas de exploração de petróleo em alto-mar,a Sete Brasil tenta evitar a quebra com a manutenção de pelo menos 15 encomendas pela Petrobrás. Mas, paralisada pelo envolvimento no escândalo da Operação Lava Jato,a empresa só tem garantia de contratação de seis embarcações. (Economia Pág. B1)
Para indústria, PAC é receber atrasados
Para a indústria da construção civil, receber quase R$7 bilhões em pagamentos atrasados de obras públicas já seria “um novo PAC”,suficiente para dar fôlego às construtoras. (Política Pág. A6)
Gasto de SP com ônibus cresce 17%
A Prefeitura de São Paulo repassou, em 2015, R$ 300 milhões mais do que em 2014 para as empresas de ônibus, mas o total de passageiros caiu 1%.O subsídio foi de R$2 bilhões no ano passado, ante R$ 1,7 bilhão em 2014.A Prefeitura diz que o aumento dos custos reflete políticas de incentivos tarifários. (Metrópole Pág. A11)
Eliane Cantanhêde
Estocando vento
O grande risco do “novo PAC” é virar mais uma peça de marketing, dessas que fazem barulho ao serem lançadas para serem esquecidas logo depois. (Política Pág. A6)
Roberto DaMatta
As coisas mudam, Roberto…
Aqui, como quem “cuida” do sistema é o “governo” e não cada um de nós, esquecemos como os muito ricos podem contribuir para essa crise. (Caderno2 Pág. C6)
Notas & Informações
Jogo de cena
Falação de Jaques Wagner parece diferente dos faniquitos da ala “ideológica” do PT. Mas não é. (Pág. A3)
Um superávit sem brilho
Nem a melhora das contas externas, até agora o único efeito positivo da recessão, justifica muito otimismo. (Pág. A3)
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Folha de S. Paulo
Manchete: Em posse, oposição diz que abreviará governo Maduro
Com maioria oposicionista, os novos parlamentares da Assembleia Nacional da Venezuela tomaram posse nesta terça (5) com a promessa de abreviar o governo chavista de Nicolás Maduro. A intenção, expressa pelo presidente da Casa eleito, Henry Ramos Allup, acirra a disputa política no país. “Buscaremos, num prazo de seis meses, uma saída constitucional, democrática, pacífica e eleitoral para a interrupção deste governo”, disse Allup, sob gritos e aplausos do plenário. Ele se referia à possibilidade de convocar em fevereiro um referendo revogatório do mandato de Maduro. A oposição também cogita emendar a Constituição e convocar a Constituinte. Para isso, no entanto, precisa recuperar a maioria de dois terços que a Justiça pôs em xeque na semana passada ao anular, sob acusação de compra de votos, a eleição de três dos 112 deputados antichavistas. A cerimônia de posse foi marcada por confusão e gritaria, relata Samy Adghirni, de Caracas. Opositores afirmaram terem sido agredidos por policiais na entrada, e chavistas chegaram a abandonar a sessão. (Mundo A8)
Análise
Brasil rompe passividade e cobra de país vizinho respeito à democracia, escreve Clóvis Rossi. (A8)
Para especialistas, haverá gargalo no setor imobiliário
A crise no setor imobiliário, avaliam especialistas, será longa e deve criar um gargalo entre oferta e procura no longo prazo, quando a renda melhorar e o crédito voltar. A consequência será uma nova onda de valorização nos preços dos imóveis, que em 2015 caíram —as vendas no ano foram as piores desde 2004. (Mercado A13)
Crise afeta Minas, e salários serão pagos com atraso
Terceira maior economia entre os Estados, Minas Gerais atrasará os salários de dezembro do funcionalismo e não sabe como pagará os de janeiro, fevereiro e março. A gestão Fernando Pimentel (PT) alega estar em “dificuldades financeiras”, e os pagamentos que deveriam ser feitos até sexta (8) ocorrerão só no dia 13.(Poder A4)
China intervém no mercado, e dólar recua no Brasil (Mercado A15)
Governo anuncia novo calendário de vacinação no SUS
O Calendário Nacional de Vacinação, adotado na rede pública, terá mudanças neste ano em seis vacinas já ofertadas no SUS. Serão alterados intervalo entre aplicações das doses e ampliadas faixas etárias. (Cotidiano B3)
Senado constrói no plenário banheiro para as mulheres
Por reivindicação da bancada de mulheres do Senado, que tem 12 representantes (15%do total de senadores), o plenário da Casa terá um banheiro feminino. A um custo de R$35,8 mil, a obra deverá ser concluída até a retomada dos trabalhos, no dia 1º de fevereiro. Até o ano passado, as senadoras precisavam recorrer ao banheiro da lanchonete adjacente. (Poder A6)
Hélio Schwartsman
Corrida elemental tem enredo digno de romance policial
Quando pensamos em ciência e Guerra Fria, além da corrida espacial, um teatro de operações particularmente interessante desde a Guerra Fria é o da tabela periódica. As disputas começaram nos anos 1940 e se prolongaram para além do fim da União Soviética, com reviravoltas dignas de um romance policial. (opinião A2)
Alexandre Rands Barros
Taxar exportação de produto básico pode salvar Previdência
Entre 2000 e 2014,a exportação de produtos que vêm principalmente da agropecuária e da mineração subiram de 22,8%para 48,9%do total. Uma forma de reduzir o deficit da Previdência seria impor taxa de contribuição ao sistema rural de 15% sobre a exportação do setor. (Opinião A3)
Editoriais
Leia “Do doce para o azedo”, sobre mal-estar entre PT e governo, e “Estratégia perigosa”, acerca de rompimento das relações entre Arábia Saudita e Irã. (Opinião A2).
Redação com Radiobrás