Dois dias: Enterro e ‘mulas’ vão marcar mais uma paralisação da PF na Capital; ação acontece em todo o Brasil
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A partir desta terça-feira (25) os agentes federais estarão em greve nacional, e mulas (pessoas usadas para transportar drogas) serão colocadas em frente de algumas unidades da Polícia Federal em todo o país e na quarta-feira (26) os policiais vão literalmente ‘enxugar o gelo’. A concentração se inicia às 9 horas e os atos públicos acontecem às 10h00. A federação nacional e seus 27 sindicatos possuem 13, 3 mil policiais federais filiados.
De acordo com Deusimar Guedes Diretor de Comunicação Sinpef/PB Durante o ato público, os dirigentes sindicais vão repassar para a imprensa dados estatísticos inéditos que comprovam a queda de produtividade da Polícia Federal nacionalmente e regionalmente, algo não divulgado na imprensa brasileira até hoje.
Em Brasília, cidade com maior quantidade de policiais federais no país, ocorrerá o enterro da Segurança Pública Brasileira em frente ao Ministério da Justiça, com solenidade marcada para as 10h00.
Deusimar Guedes deixou claro que serviços essenciais serão mantidos, pois o objetivo é conscientizar a população e não prejudicá-la. E com criatividade, o objetivo é chamar a atenção da Sociedade para o sucateamento da PF, visível na mudança do perfil de atuação da instituição, e agora comprovada com dados estatísticos produzidos pelo próprio órgão.
Na década passada, grandes organizações criminosas eram desmanteladas. Mas nos últimos anos, com o sucateamento do órgão, a maioria dos presos são “mulas”, uma gíria para pequenos traficantes. E infelizmente o ministério da justiça tem se empenhado para disfarçar o abandono da instituição.
Os policiais reclamam de uma espécie de boicote à Polícia Federal, e dizem estar sendo punidos pelas operações anticorrupção que atingiram líderes políticos ligados ao atual governo.
Hoje, o ministro da Justiça precisa ser avisado com antecedência sobre as investigações que atingem políticos, ocorre uma queda absurda nos investimentos do órgão, e competências da PF são entregues à Força Nacional e ao Exército.
A cada ano mais de 250 agentes federais abandonam a PF. São servidores capacitados e experientes, com as mais diversas formações acadêmicas exigidas para o cargo. Metade se aposenta precocemente, assim que completa as condições, e a outra metade migra para outras carreiras públicas prestigiadas pelo Governo, com o dobro de salário e sem o risco de vida inerente à função policial.
Na tarde de hoje (25), será divulgado um novo release que conterá novas denúncias, até então desconhecidas da imprensa, com novas diretrizes do movimento da quarta-feira (26).
Assessoria