João coloca crise no PSB alheia à gestão, nega desfiliação e diz que o diálogo com o Progressista pode ocorrer

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O governador João Azevêdo (PSB) não deixou de comentar sobre política durante o contato com a imprensa, nesta segunda-feira (30), no Palácio da Redenção, durante a solenidade de assinatura do protocolo de intenções para estimular o empreendedorismo com contratos de concessão de crédito do Empreender. Questionado sobre a crise envolvendo o comando do Partido Socialista Brasileiro (PSB) na Paraíba, Azevêdo voltou a afirmar que o seu foco está em administrar o Estado.

Segundo João, o problema do PSB é comum e recorrente em várias legendas, mas que precisa ser resolvido internamente. Ele também informou que já assinou e entregou aos seus advogados a carta renúncia da Comissão Provisória nomeada pela Executiva Nacional, onde foi nomeado na vice-presidência, tendo o ex-governador Ricardo Coutinho (PSB) na presidência.

O governador também negou que tenha pedido desfiliação do PSB, tampouco, conversado com lideranças de outras legendas sobre a possibilidade de ingressar em um novo partido.

“Eu não anunciei saída do PSB para ninguém, se alguém publicou isso foi uma opinião pessoal, não é minha. Eu não sinalizei saída de partido. Sempre tenho dito que o ciclo precisa se fechar, as coisas precisam acontecer. A partir da nomeação da nova comissão, a partir da nomeação da nova diretoria, isso é que vai determinar se eu fico no partido ou se saio do partido. Você não pode definir agora uma situação diante de conjecturas, é preciso esperar que as coisas aconteçam”, disse.

PROGRESSISTAS

Questionado sobre o interesse de lideranças do Progressista (antigo PP) em conversar e integrar a base de sustentação ao governo, João Azevêdo foi direto e disse que está aberto a conversar com qualquer liderança, parlamentar ou prefeito, seja da base ou não, desde que solicite uma audiência.

“Eu converso com qualquer partido, não há problema algum, recebo diversos prefeitos seja da oposição ou não, até porque quando vou a Brasília, quero ser recebido por todos os ministros, isso é uma obrigação constitucional e republicana que nós temos. Da mesma forma que eu recebo os partidos da base, eu recebo o PP ou qualquer outro, porque eu sei separar reunião técnica, reunião republicana ou reunião administrativa de reunião política. O fato de você receber um deputado de oposição não significa que você está fazendo acordo político com aquele deputado. Muitas vezes eles trazem pleitos dos seus municípios”, frisou.

Por Ângelo Medeiros