‘Número de mortes na Semana Santa batem o carnaval’ afirma Cel. que pede respeito pelo feriado
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O comandante da Polícia Militar da Paraíba, Coronel Euller Chaves, comentou em entrevista ao programa Rádio Verdade da Arapuan FM, desta quarta-feira (23), que historicamente a sexta-feira santa tem se mostrado mais violenta que o período do carnaval. Ele pediu que as pessoas encarem o feriado como santo realmente e comentou os dados de homicídios divulgados pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) recentemente.
“É um processo lento, gradual, mas progressivo a favor da sociedade paraibana. A Paraíba já esteve no segundo pior lugar do país perdendo apenas para Alagos, hoje é o 9°”, afirmou o coronel acrescentando que a tendência para os dados de 2015 é que fique em 11° ou 12° no Brasil.
O coronel afirmou que a Polícia se esforça e está no caminho certo. Ele citou ainda o crescimento populacional e que os índices de violência cresceram de forma absurda e a Paraíba e Alagoas foram os únicos que conseguiram diminuir. Chaves também citou outro levantamento, este feito pela Fecomércio que avalia o sentimento dos turistas em relação a vinda à João Pessoa e a aprovação supera 70% nos índices ótimo e bom e se incluir regular chega a 90% no item segurança pública na região metropolitana.
A operação Semana Santa que começou as 13h30, conta com 500 homens e 90 viaturas em toda a Paraíba. “Nos últimos anos a sexta-feira é uma onda de morte terrível, pedimos que encarem realmente como santa e disciplinem o uso de bebida alcoólica. Discussões domésticas em casa ou com vizinhos produzem violência humana, acabando com vidas com a perda da consciência e do direcionamento do que pode acontecer com aqueles atos muitas vezes desnecessários”, afirmou.
O coronel revelou que os números de mortes na semana santa batem o carnaval, em todo o país. “ Clamamos enquanto policiais, mas enquanto cidadãos também que as pessoas tentem buscar equilíbrio, não misturem bebida com direção e que tenham um descanso responsável, importante para todos nós”, disse.
Chaves também lembrou que é preciso ter uma visão da violência humana mais ampla e lembrou um encontro com secretários de segurança, onde constataram que se dá maior importância para o combate ao mosquito Aedes Aegipty do que ao enfrentamento à violência. “É preciso que a nação brasileira acorde para essa realidade, estabelecer uma cultura de paz concreta. Senão vamos trabalhar mais, prender mais”, concluiu.
Marília Domingues