A lamentação do justo
Por - em 8 anos atrás 837
Os laços perversos da vida são capazes de amarrar esperanças de tantos, e destruir da alegria muitos sonhos programados por nossos defeitos.
Apesar da terra está cheia de bondade, em determinados setores encontramos alguém que vibra com as desgraças alheias e faz da miséria serenata diária.
Nos momentos mais difíceis da caminhada somos capazes de mostrar os lábios que mentem e língua enganadora que enterra em vida a vida de muitos.
Se pudéssemos viver de acordo com nossa consciência, teríamos um mundo repleto de esperanças, cachoeiras de alegrias a despejarem em rios de bondade.
A misericórdia do Senhor se acha farta de desprezo, dos que contemplam a dor como estivesse a deliciar uma imagem de uma mulher desnuda.
O caminho que andamos possuem constantemente as armadilhas ocultas com a finalidade de que seus arquitetos se deliciem da miséria, e das penúrias de um triste e solitário.
O inimigo não aceita a arte de perdoar, pois é capaz de guardar sob sete chaves a semente do mal para que ocorra sua germinação na primeira oportunidade.
A justiça se esconde da verdade, poucos possuem o caráter de levantar a bandeira com a finalidade de libertar das injustiças , os justos que se acham presos.
As vitimas são apresentadas como a carta magna da degradação do homem, pois o coração que se desperta para vaidade, contempla a desgraça e impõe o holocausto.
Todos perdem tempo em acreditar na força da ciência, destituindo da verdade a força de Deus,mas não acreditam que em provérbios podemos encontrar:o Rei tudo escondeu, compete as seus súditos encontrarem.
O mundo se perde com a rotação da terra, pois a cada segundo há uma agressão familiar, os filhos agridem os pais e a morte por sua potencialidade leva jovens em plena maturação.
Não buscamos florescer dias de forma justa, não buscamos a paz em abundância até que aos nossos olhos venha a cessar o haver do nascer do sol.
Devemos nos curvar as benesses do Senhor e realizarmos o direito de acudir o necessitado, piedade para o fraco, pois haveremos de redimir as fraquezas da nossa alma.
Já cansamos de tantas lágrimas, já não suportamos tantos sofrimentos, quando na realidade o que esperamos é um mundo onde a paz se torne luminosidade na consciência dos que sufocam a vida.
Não façamos do nosso dia um lástima, pois a noite em nosso leito a mente se perde na vergonha de si mesmo e em decorrência de tudo isto é o pesadelo permanente.
Chega de violência, chega de lágrimas, vamos juntos plantar para que floresça a beleza da bondade, onde antes eram campos destruídos por nossas vaidades.
Cantemos a glória do Senhor, em versos sinceros e não em estrofes que não condizem com a nossa sinceridade, por serem moldadas em arranjos das nossas incertezas.
Rafael Holanda